João Pedro Alencar, herdeiro de uma poderosa dinastia cafeeira, sempre teve um coração generoso. Seus olhos se fixavam em Isabella, a mais bela das "protegidas" acolhidas em sua fazenda, dispostas a tudo por um sorriso dela. Ele era seu "capacho", disposto a qualquer coisa por um olhar de aprovação. Mas numa fatídica noite de lua cheia, o mundo de João Pedro ruiu. Ele ouviu Isabella, a mulher que ele idolatrava, sussurrar palavras de amor a Leonardo, seu "irmão de criação". "Eu te amo, Leo," ela disse, com uma paixão que João Pedro nunca conheceu. A "frieza" dela não era um desafio, era desprezo. Seu coração pertencia a outro. Ele descobriu que todas as "protegidas" o zombavam, o consideravam um "bobo" e o usavam como mero "provedor", enquanto disputavam a atenção de Leonardo. O ultraje não parou aí: Isabella, a quem ele amava, chegou a sabotar seu cavalo, causando-lhe um acidente grave, e fingiu cuidado no hospital, vangloriando-se de sua crueldade. A humilhação atingiu o ápice em um leilão de caridade, onde ela bloqueou seus cartões, comprou um relógio exclusivo e o entregou a Leonardo, expondo-o ao ridículo público. Como o amor cego pôde transformá-lo num fantoche tão desprezível? A dor e o nojo de ser enganado e humilhado por aqueles a quem ofereceu tudo eram insuportáveis, mas não comparáveis ao vídeo em que Isabella prometia a Leonardo que seu corpo e alma seriam sempre dele, mesmo após o casamento "de fachada" com João Pedro. A ingenuidade de João Pedro morreu. A partir daquele momento, a compaixão foi substituída por uma sede insaciável de vingança. Ele estava de volta, e todos pagariam pelo que fizeram.