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Nossos planos

Nossos planos

4.8
23 Capítulo
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Sinopse

Índice

"É que meu coração te escolheu morô? é quando ele escolhe eu vou aonde ele quer"

Capítulo 1 Conhecendo a vida dá Agata

Ágata | Narrando

— Ágata piranha me vê um açaí aí. - chegou falando a crislayne.

Uma amiga minha piroquinha da cabeça.

Levantei da cadeira que eu tava sentada mexendo no celular e fui preparar o açaí dessa garota.

Minha mãe tem uma barraquinha de açaí aqui no morro, aí fico aqui pra ela.

Maior verdade quando dizem, tu pode amar uma coisa mas quando começa a vender enjoa e açaí coisa que eu era apaixonada não me enche os olhos mais.

Trabalho desde dos meus treze anos, sempre ajudei minha mãe arrumar dinheiro e com as coisas de casa, sei que a luta dela é grande, mãe solteira que faz de tudo para me criar, quando percebi parei de dar problemas para ela, ela quase não tem queixa nenhuma minha, tanto de escola como outras coisas.

Minha melhor amiga é ela e eu sei que ainda a encherei de alegria e orgulho, nossa relação é muito muito boa.

— de quanto cachorra? - ela fez menção pro copao de vinte. — ta com dinheiro ein.

— de vinte, fodase é dinheiro do alex. - eu ri. — papo reto, ô garoto mão de vaca, pedi cinco reais pra eu comprar açaí não quis me dar, roubei os vintes.

Alex é irmão dela, meu parceiro também, eles são maior comédia.

— ele vai querer te matar quando souber garota. - dei o copao dela já pronto, sabia tudo que ela gostava.

— minha mãe que deu a ele, então é meu também ué. - deu de ombros, foi só ela dar a primeira colherada, pro alex aparecer sem camisa e virado no capeta.

— sabia que tu tava aqui, sua desgraçada pode se preparar pra correr. - berrou pegando um pedaço de madeira, crislayne arregalou os olhos e correu com o açaí na mão.

— Tia Déliaaaaaaaa. - gritou e logo minha mãe apareceu no portão e ela correu pra trás dela.

— esse encapetado quer me bater, faz o exorcismo dele.

— que isso menino, quer bater na tua irmã por que? - falou minha mãe, enquanto eu ria filmando a cena do alex com a madeira e a cris se protegendo atrás da minha mãe pra eu postar nos status.

— essa filha da puta robou meus vinte reais tia. - alex também considerava abeça minha mãe.

— ia levar a novinha pra comer.

— com vinte reais meu filho? só ela ia comer mesmo né e você ficar olhando, se você não sabe as coisas aumentou muito, bonito. - debochou a crislayne.

— deixa de ser assim garota. - falo rindo.

— que ilusão a dele. - ele ja ia avançar pra cima dela quando minha mãe impede. — da o dinheiro a ele Ágata. - revirei os olhos pegando os vinte no caixa.

— toma garoto, meu presente do teu aniversário. — que isso tia, tu é 10! - agarrou minha mae. — convidada número 1 da resenha que eu vou fazer ein.

— oque que eu vou fazer em resenha alex? passei da idade. - minha mãe falou.

— dançar creuu até o chão. - falou a cryslayne e ganhou um tapa meu na perna.

— divide esse açaí comigo. - ela me deu o copo. — e respeita minha mãe que ela é da igreja.

— ela só é da igreja porque paquera o pastor, tu num sabia?

— cryslaineeee quem vai te dar madeirada agora sou eu, garota arretada. - brigou minha mãe e eu cai na gargalhada.

— pode tirar o couro dela tia, educar essa garota, minha mãe vai ligar não, vai agradecer. - alex falou e olhou pra minha cara.

— vai brotar na minha resenha mais tarde né?

— estarei presente bebê! - respondi fazendo o dois pra ele.

Minha base é minha mãe, mato e morro pela minha dona encrenca. Minha vida é bem humilde sabe? e eu sou feliz pra caramba, não trocaria por nada, na nossa casinha simples só não pode faltar amor!

(...) Movimento no açaí hoje nem foi tão bom, mas deu para tirar uma graninha, é sempre assim, um dia bom outro péssimo mas nunca podemos desistir da luta diária.

Estava cansada e exausta mas mesmo assim iria para a resenha de aniversário do meu amigo alex.

Ele e cryslane são pura piada e gastação me fazem rir demais, é bom demais ter eles como amigos.

Abri a porta de casa vendo minha mãe com joelho no chão orando com a televisão.

— e ela faz a igreja delah! - ela abri os olhos e me deu língua m.

— eu estou orando garota, me respeita m, quanto tempo você não ora em? pode botando o joelho nesse chão também. - mandou e eu fiz um pouco de desfeita.

— ai mãe to toda cansada.

— cansaço não pode vencer Deus, coloque o joelho nesse chão e ore por ser saudável, ter um teto um trabalho e um alimento na mesa. - ela conseguiu me convencer.

O pastor na televisão começou a oração e eu comecei a orar junto, pedindo paz e harmonia e agradecendo a Deus por tudo.

— fiz macarrão com feijão, vai comer. - falou e eu levantei indo botar minha comida estava cheia de fome.

Quando acabei de jantar, entrei no banho para me arrumar para a resenha.

Coloquei uma calça e uma blusa soltinha, estava nem calor e nem frio, invés de bonita optei por está confortável.

Única maquiagem que eu fiz foi passar um rímel para dar volume nos meus cílios e um lápis no olho, um batom clarinho e uma argola na orelha.

Dei um beijo na minha mãe ouvindo ela falar que era para eu está em casa antes das duas da manhã.

Sai fechando a porta e pegando a chave da porta.

Caminhei pelas ruas e becos até chegar na casa deles, aonde seria a resenha. O morro estava em pura paz, crianças na rua brincando, povo bebendo na porta de casa, estava um clima agradável naquela noite dava para sentir. Eu andava pelo morro falando com alguns conhecidos, nasci e cresci ali, mesmo com toda violência sofrida nessa favela eu tive uma infância e uma adolescência feliz não tenho do que reclamar.

Apenas Adomino o tráfico, eu não conheci meu pai por conta dessa vida, ele foi morto em uma troca de tiros com a polícia.

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