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A cidade que sonhava sozinha

A cidade que sonhava sozinha

5.0
9 Capítulo
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Sinopse

Índice

Em um mundo onde as cidades possuem consciência própria, existe uma metrópole chamada oníria, a única capaz de sonhar. Seus habitantes vivem vidas duplas: uma no mundo real e outra dentro dos sonhos da cidade que muda a cada noite mais oníria começa a esquecer seus próprios sonhos, a realidade a fantasia se misturam trazendo caos o mistério. O protagonista Elias um arquiteto que constrói prédios dentro dos sonhos de oníria, percebe que algo está errado. Junto com uma misteriosa bibliotecária que guarda os "diários da cidade" ele embarca em uma jornada para descobrir o que acontece quando uma cidade para de sonhar-o que acontece com aqueles que vivem dentro dela

Capítulo 1 A biblioteca dos sonhos

A manhã seguinte trouxe consigo uma leve névoa que pairou sobre Oniria, como se a cidade estivesse tentando esconder algo. Elias acordou com uma sensação de inquietação, como se o desaparecimento da parte da torre nos sonhos ainda o perseguisse. Ele decidiu que precisava de respostas e sabia exatamente onde procurá-las: a Biblioteca dos Sonhos.

A Biblioteca dos Sonhos era um lugar lendário em Oniria, conhecido por abrigar os "Diários da Cidade" – registros de todos os sonhos que a cidade já tivera. Era um lugar silencioso e misterioso, onde poucos se aventuravam. Elias nunca havia sentido a necessidade de ir até lá antes, mas agora, com a estranheza que ocorrera, ele sabia que era o único lugar onde poderia encontrar alguma pista.

Ele caminhou pelas ruas de Oniria, passando por prédios que pareciam sussurrar segredos uns para os outros. A névoa tornava tudo mais sombrio, mais pesado. Quando finalmente chegou à biblioteca, ele parou por um momento, olhando para sua fachada imponente. O prédio era uma mistura de estilos arquitetônicos, como se tivesse sido construído em diferentes sonhos ao longo dos séculos. Suas portas eram altas e ornamentadas, com gravuras que pareciam se mover quando olhadas de relance.

Elias entrou e foi recebido por um silêncio quase absoluto. O interior da biblioteca era vasto, com estantes que se estendiam até onde os olhos podiam ver. Livros de todos os tamanhos e cores enfileiravam-se nas prateleiras, e no centro do salão principal havia uma escada espiral que levava a andares superiores.

Foi então que ele a viu: uma mulher de cabelos escuros e olhos profundos, vestindo um vestido longo e simples. Ela estava organizando alguns livros em uma estante próxima e parecia notar sua presença imediatamente.

- Você está perdido? - perguntou ela, com uma voz suave, mas firme.

- Não exatamente - respondeu Elias, aproximando-se. - Eu sou Elias, um arquiteto. Preciso de ajuda.

A mulher estudou-o por um momento, como se estivesse tentando decifrá-lo.

- Eu sou Lira - disse ela finalmente. - A bibliotecária. O que você procura?

- Algo está errado com os sonhos de Oniria - explicou Elias, hesitante. - Eu construo dentro deles, e ontem parte do meu trabalho simplesmente desapareceu. Ninguém mais parece notar, mas eu sei que algo está acontecendo.

Lira franziu a testa, como se o que ele dissesse a perturbasse.

- Você não é o primeiro a relatar algo assim - disse ela, baixando a voz. - Nos últimos dias, vários habitantes vieram aqui, falando sobre sonhos fragmentados, memórias perdidas. Acho que é melhor você vir comigo.

Ela o levou até uma sala no fundo da biblioteca, onde uma grande mesa estava coberta por livros abertos e mapas antigos. No centro da mesa, havia um livro em particular que chamou a atenção de Elias. Era grande, com uma capa de couro desgastado e páginas amareladas.

- Este é um dos Diários da Cidade - explicou Lira, abrindo o livro com cuidado. - Ele registra os sonhos de Oniria ao longo dos séculos. Mas algo estranho está acontecendo. Algumas páginas estão... em branco.

Elias olhou para o livro e viu que ela estava certa. Várias páginas estavam completamente vazias, como se os sonhos tivessem sido apagados.

- O que isso significa? - perguntou ele, sentindo um frio percorrer sua espinha.

- Significa que Oniria está esquecendo seus próprios sonhos - respondeu Lira, com uma expressão sombria. - E se ela continuar assim, não sei o que acontecerá com aqueles que vivem dentro dela.

Elias olhou para ela, sentindo o peso das palavras. Ele sabia que precisava descobrir o que estava causando isso – e rápido.

- O que podemos fazer? - perguntou ele, determinado.

Lira fechou o livro lentamente e olhou para ele nos olhos.

- Precisamos entrar nos sonhos de Oniria e descobrir a verdade. Mas cuidado, Elias. Quando a realidade e os sonhos se misturam, nem tudo é o que parece.

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