Caminho lentamente em direção ao banheiro, cercada por uma nuvem de desânimo. Meus passos pesados ecoam no silêncio, refletindo a resignação que tomou conta do meu coração. Minhas mãos pendem ao lado do corpo, sem forças para enfrentar mais uma noite de solidão.
"Já desisti, Ômega", murmuro, quase inaudivelmente, enquanto minhas palavras se perdem no ar. "O laço lunar é apenas uma lenda, uma fantasia criada para nos manter esperançosas."
Minha Ômega interior sussurra protestos, uma voz suave e insistente que tenta reacender a chama da esperança. Mas eu ignoro, cerrando os dentes e franzindo a testa em um misto de frustração e auto compaixão.
Ao entrar no banheiro, fecho a porta atrás de mim e me encaro no espelho. Meus olhos refletem a exaustão e a dúvida. A pele pálida, os círculos escuros sob os olhos. Suspiro fundo, sentindo o peso da solitude.
Começo a preparar a banheira, adicionando óleo essencial de lavanda para acalmar minha mente turbulenta. A água quente corre, criando uma névoa que envolve o ambiente. Minha Ômega interior continua sussurrando palavras de esperança, mas eu mal a ouço, perdida em meus pensamentos.
Enquanto mergulho na água quente e aromatizada, sinto um arrepio interior. Minha Ômega interior, antes suave e encorajadora, agora fervilha de indignação. Sua voz, antes um sussurro, agora é um rugido silencioso.
"Como você pode desistir tão facilmente?" ela protesta. "Seu alfa está lá fora, esperando. Você não pode abandonar a esperança!"
Sinto um calafrio, surpresa com a intensidade da reação da minha Ômega. Seus pensamentos turbilhonam em minha mente, uma mistura de raiva, tristeza e desespero.
"Tentei por tanto tempo", respondo mentalmente, tentando acalmá-la. "Nada parece funcionar."
"Isso não é desculpa!" minha Ômega retruca. "Você precisa continuar buscando, confiar no laço lunar."
Sinto-me dividida, minha mente racional em conflito com a intuition da minha Ômega. A água quente não alivia mais minha tensão.
Suspiro totalmente frustada e começo a ignorar minha ômega interior que rosna em protestos enquanto a ignoro, termino meu banho e visto minhas camisola rosa fraco um pouco transparente, caminho até minha cama e seco o cabelo com o secador antes de guardar tudo e deitar-me para dormir em minha cama grande com cobertores confortáveis esquecendo a janela aberta.
A noite foi tranquila e sem perturbação com os sons da noite e a janela aberta fazendo algumas folhas de árvores aleatórias entrar e se espalhar pelo quarto todo de Emma enquanto ela nem notava diante seu sono tranquilo.
Acordo cedo, ainda sonolenta, e caminho descalça hacia a cozinha. A camisola rosa transparente ondula ao meu redor, sem que eu me dê conta. Ao entrar na cozinha, passo por duas pessoas, provavelmente minha mãe e meu irmão, que me olham surpresos.
"Bom dia, Emma", diz minha mãe, tentando conter um sorriso.
"Hum, bom dia", respondo, distrata, pegando o leite da geladeira.
Meu irmão ri baixinho. "Você está... bem aconchegante hoje."
Sinto meu rosto aquecer. "Oh, não importa!" digo rapidamente, servindo o leite tentando esconder o rosto corado fingindo não me importar com o comentário do meu irmão.
Minha Ômega interior sussurra: "Você deveria se vestir melhor. Nunca se sabe quem pode aparecer."