Vivian era só uma estudante de mestrado tentando ganhar a vida como garçonete em eventos de luxo enquanto ajudava com o bar recém-inaugurado de sua amiga. Mas quando conhece um cara misterioso, Ícaro, num dos eventos sociais para a alta sociedade, Vivian fica com aquela sensação de que já o conhece de algum lugar. Dois anos depois, Vivian conhece um guitarrista misterioso da banda que toca no bar onde trabalha, e que usa máscara cobrindo o rosto. Ele parece instigá-la a querer muito mais do que apenas uma música. Vivian sente o coração bater pelos dois estranhos de personalidades opostas, mas mal sabia ela de que eles estavam mais próximos do que ela poderia sonhar.
- Mais rápido, Vivian, hoje a casa está lotada!
Marisa estava sempre estressada, nada novo sob o sol. Mas naquele dia, em especial, ela exercia uma grande pressão nos funcionários do buffet. Eu sentia que ela gostava especialmente de me atormentar, por eu ser a mais baixinha da equipe, e a mais lenta, segundo ela.
A festa fina que acontecia num imenso salão de bailes recepcionava grandes figurões políticos e até algumas famílias reais. Imagina só isso, eu servindo o jantar para gente imponente e podre de rica, que nem olharia na minha cara. Pensando bem, seria melhor assim.
O que mais importava era o bom dinheiro que eu conseguiria ao final daquela festa, o suficiente para pagar os dois meses de aluguel atrasado.
Eu suava enquanto corria de um lado a outro com uma travessa de arroz em mãos, enquanto minha amiga, Ângela, segurava o prato principal, uma grande travessa de lombo temperado com mostarda e mel. O cheiro me fez derreter na mesma hora, o estômago roncou em antecipação.
Calma, pensei. Daqui a pouco essa loucura acaba e a gente senta para comer o que sobrar do jantar. Era o único "luxo" que a organização do evento nos permitia ter.
- Vivi, acho que foi tudo - suspirou Ângela. - Graças ao bom Deus, vou poder me sentar!
E dizendo isso, ela correu de volta para a cozinha, deixando-me a sós num canto do salão. Agora seria a vez da segunda equipe recolher os pratos para serem lavados, a nossa havia cumprido sua missão naquela noite. Meus braços cansados esbarraram numa garrafa de vinho aberta pela metade, quase a derrubei no chão, mas meus reflexos eram excelentes, por mais que Marisa zombasse de mim.
Era um bom vinho, eu conhecia aquele muito bem, um vinho chileno, bastante exclusivo. Eu o experimentara uma vez, quando conheci Santiago, anos antes. Ele era um dos meus favoritos, e continuaria presente em minha vida se não fosse tão caro.
Disfarçadamente, peguei uma taça de vidro e a preenchi de vinho até a borda. Ninguém prestou atenção em mim, o que era esperado, já que eu vestia roupas de garçonete de luxo. Pessoas dessa classe só se interessam por elas mesmas e seu ciclo social.
Depois de praticamente engolir o vinho numa virada só, abri uma das portas duplas, que davam para uma grande sacada com um jardim do tipo francês. O ar frio da noite me cumprimentou e eu fechei os olhos, respirando fundo. Era uma noite agradável de início verão na grande Londres. E aquela noite era apenas o começo do caos.
Meu aguardado verão seria só trabalho para conseguir me manter no mestrado e pagar as contas em dias quando as aulas do segundo ano começassem. Eu teria de abrir mão de muita coisa, como as viagens que havia previsto para conhecer algumas cidades de Portugal, Espanha e França. Itália, também, era o meu maior sonho.
Como uma brasileira que sempre sonhou em ir mais longe, viajar era a maior conquista da minha vida. Meu trunfo. Uma realização maior que casar ou ter filhos. Minha família nunca entendeu essa tara, mas não seria eu a ter de explicar. Eu só queria viver a minha vida.
E ali estava eu, na grande sacada, apreciando a visão do belo jardim silencioso abaixo, quando ouvi alguém espirrar.
- Saúde - eu disse, automaticamente.
Na penumbra, pude notar que era um homem. Alto, com ombros largos e cabelos compridos o suficiente para esconder as orelhas. Não consegui ver seu rosto de imediato, no entanto, mas vi que tinha um cigarro apagado em mãos.
- Precisa de um isqueiro, senhor? - perguntei, sempre prestativa.
Em dois passos, o homem de terno azul escuro bem apessoado se tornou mais nítido em meu campo de visão. Consegui distinguir suas cores. Ele tinha os olhos escuros, num azul tão profundo quanto o oceano, e os cabelos dourados lhe conferiam um brilho ensolarado, como se ele fosse um anjo ou algo parecido.
Seus traços fortes e angulosos me ajudavam a deduzir a sua idade, talvez algo próximo da minha, vinte e sete ou vinte e oito anos. Não tinha barba, seu rosto estava livre de pelos e parecia tão macio e perfeito...
Pisquei os olhos, com força, e os desviei para o jardim. Apoiei-me na amurada e fingi estar ocupada demais conferindo cada detalhe das plantas e da iluminação parca.
- Noite difícil? - Foi a vez dele de perguntar.
A última coisa de que precisava era puxar conversa com o desconhecido do cigarro apagado, eu só fui até ali para me desligar um pouco. O problema era que deixar alguém no vácuo não fazia parte da minha personalidade.
- Sim, foi um tanto agitada - eu sorri, educadamente. - E sinto muito pela sua.
O estranho ergueu uma sobrancelha, curioso.
- A minha?
Ele também apoiou os cotovelos na amurada, ficando um tanto inclinado para frente. Era alto. Se bem que todo mundo ficava alto perto de mim. Ele tirou o cigarro apagado da boca e ficou brincando de passá-lo entre os dedos.
- É, imagino que seja entediante só ficar sentado e ouvindo música clássica - eu disse.
O que estava acontecendo comigo? Não, Vivian, aquele não era o lugar, muito menos a hora, para ficar de conversinha com um estranho. Ainda que o cara fosse tão bonito quanto um dos galãs dos filmes de comédia que eu assistia.
Ele tinha uma presença e charmes que nem todo homem detinha. Se pudesse apostar, diria que era um nepobaby de algum político.
- Você é boa - ele riu, e o som parecia sinos. - Vim para cá para fugir um pouco desse circo.
- Circo? Uma ótima definição.
Arrisquei olhar para o lado, para conferi-lo, só não imaginava que seus olhos de oceano estariam vidrados nos meus.
- Meu nome é Ícaro.
Seria certo eu dizer o meu nome também? Eu era apenas a garçonete do evento, ele me esqueceria no momento em que cruzasse aquela porta e voltasse para o seu mundinho.
- Não vai me dizer o seu? - perguntou, achando graça em minha hesitação. - Se não contar, eu tenho meios de conseguir, sabe?
- É Vivian - respondi, de pronto.
Senti um choque elétrico quando ele pegou na minha mão, erguendo-a da amurada para levar até os seus lábios.
- É um prazer conhecê-la, bela Vivian.
- De bela com certeza não tenho nada - eu sorri, totalmente envergonhada.
Ora, quem poderia se achar bonita com uma calça e blusa preta folgada demais e um avental também escuro? E não importa se foram feitos com tecidos finos, o resultado era o mesmo: eu estava abaixo dele. Não era como uma das garotas elegantes com seus vestidos de milhares de libras, que dançavam lá dentro.
Eu fui até a sacada para ficar sozinha, e ao invés disso me permiti ser envolvida pelo charme de Ícaro.
- Você não deve ter um espelho em casa. Ou pensa muito pouco de si - ele franziu o lábio, apreensivo. - Espero que consiga ver o que eu vejo.
- Uma garçonete cansada e descabelada? - Tentei fazer graça.
- Ou uma mulher batalhadora que teve de aturar ricaços mimados por uma noite inteira - ele sorriu. - Eu não desejaria isso nem ao meu pior inimigo.
Eu soltei uma gargalhada do fundo da garganta. Ele tinha razão, não era fácil, mas aqui estava eu. Viva.
E em breve com quinhentas libras no bolso para pagar o aluguel no dia seguinte. Era por causa desses eventos, mesmo que pontuais, que eu conseguia pagar a faculdade e me manter em Londres. Não era uma cidade barata para se morar, mas fora o único lugar do qual sonhei começar a minha vida.
E eu faria valer a pena.
- Diga-me, Vivian, de onde é?
- Meu sotaque me denunciou?
Ele deu de ombros.
- Quase. Ainda não cheguei a conclusão de onde veio.
- Suponho que o melhor a ser feito é manter o mistério - eu disse, em tom de flerte. - Deixa tudo mais interessante, não?
- Não faça isso comigo, bela Vivian - ele pôs a mão sobre o coração, num gesto teatral. - Eu sou curioso por natureza. Não é à toa que sou pesquisador.
Aquilo me chamou a atenção. Pensei que o cara fosse dizer que trabalhava na empresa do pai, ou qualquer coisa do tipo.
- Você é um acadêmico?
- Me ofende essa sua expressão de surpresa.
- Por isso que fala tão direitinho - constatei, mais para mim do que para ele.
Eu estava divertindo-o, aparentemente.
- Minha tese de doutorado é sobre humanidades. História da arte, período Renascentista ao Modernismo.
- Isso é bem interessante, Ícaro - eu disse, sincera. - Eu adoro artes.
- E você, o que faz?
- Bom, eu estou indo para o segundo ano de mestrado na Universidade de Londres. Marketing.
Ele passou um bom tempo me encarando, como se tentasse ler através de mim. Para ser honesta, não sei se conseguiria sustentar aquela intensidade por muito tempo. Ícaro tinha uma aura forte, e seu jeito de falar era sensual, ainda que não fosse a sua intenção.
Enquanto ele me observava, senti um calor abaixo do ventre, no ponto muito específico entre minhas pernas.
Mordi o lábio, tentando não afundar naqueles olhos de oceano, mas a atração era inevitável.
- Com todo o respeito, bela Vivian, mas sua boca é muito provocante.
Engoli em seco.
- Ah, é?
Eu parecia uma boba. Aquele cara provavelmente falava assim com todas. E se eu me deixasse levar por sua lábia mansa, seria só mais uma em sua lista.
Apesar de ser pobre, ainda tinha o meu orgulho.
- Espero que se olhe no espelho quando chegar, Vivian - ele sussurrou, ainda me encarando. - E que pense em mim. Nesse momento peculiar que foi o nosso encontro.
Era isso. Eu tinha que dar no pé naquele instante.
- Eu preciso ir...
Ao dar o primeiro passo, fui interceptada por sua mão larga e forte. Estranhamente calejada, principalmente na ponta dos dedos. Fiquei estupefata com o atrevimento, meu coração ficou a dar marteladas no peito com o contato quente entre nossa pele, muito mais intenso que minutos atrás, quando ele pegou a minha mão e encostou os lábios macios.
Havia uma força descomunal na maneira em que me segurava e me olhava.
- Eu tenho a sensação de que nos conhecemos - disse ele, estreitando os olhos. - Já trabalhou em outras festas além dessa?
- Sim - assenti, rapidamente. - Deve ser isso.
Ele não parecia tão convencido disso, mas assentiu.
- Deve ter sido. Mas eu nunca esqueço um rosto, muito menos um tão lindo quanto o seu.
- Meu rosto é bem comum, vai ver você se confundiu e...
- Não há nada de comum em seus olhos verdes, em contraste com sua pele marrom - e ao dizer isso, passeou os olhos por meus
cabelos cacheados, presos no alto. - Estou a imaginar seu cabelo solto, completamente livre.
Mais um passo e ficou perto demais, tão perto a ponto de eu sentir sua respiração roçar em meu rosto.
- Quero tanto enfiar meus dedos por eles.
Eu me afastei, por mais difícil que fosse. Era como se um ímã nos unisse.
- Eu preciso ir.
Consegui me desvencilhar de seu aperto firme, porém suave, e corri de volta para o salão. Tratei de me esconder na primeira porta que encontrei, até que a minha respiração voltasse ao normal.
- O que acabou de acontecer?
Meu coração o reconhecia, mas não fazia ideia de onde. Assim como ele parecia me conhecer.
Droga, o que havia de errado comigo?
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