Baixar App hot
Início / Fantasia / O Amanhecer Da Feiticeira 2 - Sacrifício
O Amanhecer Da Feiticeira 2 - Sacrifício

O Amanhecer Da Feiticeira 2 - Sacrifício

5.0
11 Capítulo
100 Leituras
Ler agora

Sinopse

Índice

Em um mundo onde a magia e a escuridão colidem, Jordana enfrenta uma jornada de autoconhecimento ao abraçar seu lado sombrio, desencadeando uma antiga profecia das bruxas. Enquanto isso, o tão aguardado casamento da princesa dos súcubos, Grace, se aproxima, mas sua lealdade é posta à prova quando confrontada com a escolha entre seu destino e o amor por Danica, desencadeando uma possível guerra com as fadas. Enquanto isso, o passado turbulento de James ressurge das sombras, trazendo à tona memórias que ele acreditava estar enterradas. Entre alianças mágicas, batalhas iminentes e segredos antigos, cada personagem se vê confrontado com escolhas que moldarão o destino de todos.

Capítulo 1 Fúria

Brittany usou a cópia da chave para abrir a porta de sua antiga casa. Iris ligara para ela, implorando por ajuda. Brittany perguntara o que estava acontecendo, mas ouvira apenas um grito como resposta, antes de a ligação cair. Imediatamente, Brittany pegou a chave do carro de Michelle e saiu sem ao menos dizer para onde ia.

Brittany empurrou a porta e esta se abriu com um rangido.

— Iris? Mamãe? — Chamou Brittany e viu um vulto branco se movendo no escuro. Tateou a mão na parede em busca do interruptor. Quando acendeu a luz se deparou com uma cena assustadora; sua mãe estava caída aos pés da escada em uma poça de sangue. Alguém a havia esfaqueado até a morte. Tinha pegadas de sangue por toda parte, e tudo estava revirado e quebrado.

Brittany gritou e quando recuou, tropeçou em alguma coisa e caiu, foi quando percebeu que tinha alguém atrás da cortina. Levantou-se ligeiro e encarou a janela com medo. Ouviu alguém chorando baixinho.

— Iris? — Brittany aproximou-se da janela, devagar e puxou a cortina. Iris estava ali, agachada, chorando. Estava toda suja de sangue e com hematomas por todo o corpo.

— Meu deus! Iris, o que aconteceu aqui?

— Não sei! Eva surtou e tentou me matar! Eu tive de fazer isso… Era ela ou eu. Sinto muito. — Iris soltou a faca que estava segurando.

Brittany recuou, chorando. O que acontecera ali? Aquilo só podia ser um pesadelo. Não estava acontecendo mesmo, estava?

Algumas horas antes…

Enquanto James se apressou para iniciar a cerimônia de coroação, quando todos os vampiros deveriam ajoelhar-se perante ele e jurar lealdade; Celeste reuniu as bruxas de seu Clã e pediu para que elas ficassem preparadas, caso houvesse um ataque.

† † †

Kátia não encontrou Jordana e se viu forçada a parar e explicar aos amigos dela o que estava acontecendo. Todos estavam muito aflitos. Mereciam uma explicação.

— Nos diga, o que quer com a Jordana? – Pediu Emma nervosa.

— Jordana é minha filha! — Falou Kátia.

— Como é? — Falou Kentin arregalando os olhos.

— Vocês sabem onde posso encontrá-la? Ela está em perigo! Preciso protegê-la da minha irmã! — Falou Kátia.

— Quem é sua irmã? — Perguntou Emma.

— Briana. — Respondeu Kátia.

† † †

Anselmo e Mary Ann estavam no maior amasso no banco de trás do carro dele quando Christopher apareceu do nada e bateu feito doido no vidro do carro.

— É o Chris? O que ele quer? — Disse Mary Ann num sussurro.

— Eu não sei. Encher o saco? — Falou Anselmo e bufou. — Fica quieta? Ele não pode nos ver. Os vidros são escuros.

— Tem razão, não os vejo, mas os ouço! — Falou Christopher.

— Vai embora, seu chato! Você sabe quantos tapas eu levei até convencer essa garota vir até aqui? Não sabe! — Falou Anselmo abrindo o vidro do carro.

— Cala essa boca! — Disse Mary Ann constrangida e empurrou Anselmo. Abriu a porta e saiu do carro, ajeitando seu vestido. — O que aconteceu, Chris?

— Celeste está convocando todas as bruxas para uma reunião urgente! Parece que a Coisa está aqui!— Falou Christopher.

— O quê?! Droga. —Anselmo saiu do carro e bateu a porta. — O que é que essa coisa maldita tem de aparecer justamente agora? É muito azar mesmo!

— Onde a Celeste está? — Perguntou Mary Ann.

— Em casa. — Respondeu Christopher.

† † †

Kátia foi para a biblioteca com Emma, Kentin, Harriet e Jeremy, e contou-lhes sobre Jordana e a profecia relacionada a ela.

— Mas… Ela não pode ser destinada a isso. Ela não é má! — Falou Emma se recusando a aceitar tudo o que ouvira. — Sei que não!

— Sim, a Jordana é uma boa pessoa! — Falou Kentin também se recusando a acreditar que sua namorada fosse capaz de qualquer maldade.

— Ela seria incapaz de machucar quem quer que fosse… — Harriet também a defendeu.

Jeremy era o único que não conhecia Jordana o suficiente para julgá-la, por isso, se manteve calado.

— Ninguém foge de seu próprio destino, mas acredito que haja uma escolha para Erin… Talvez, ela possa escolher ser boa, mas temos de encontrá-la e falar com ela, antes de Briana. — Falou Kátia.

† † †

Enquanto Jordana caminhava pelas ruas quase desertas, parecia Carrie, a estranha. Estava tão furiosa, que fazia as lâmpadas dos postes atrás de si estourarem, trazendo a escuridão por onde passava.

O céu estava fechado, anunciando que uma tempestade se aproximava. Também ventava muito e as árvores balançavam violentamente.

Alguns carros estacionados no meio-fio se ergueram do chão e foram lançados para longe, amassando-se e explodindo. Latas de lixo também foram arremessadas para longe.

Ódio…ÓDIO…ÓDIO era tudo o que ela sentia porque mentiram para ela. Toda a vida dela foi uma mentira! Ela não era ninguém! Ela não tinha nada! Por que deveria se importar com qualquer coisa que fosse?

† † †

Grace abriu a porta de seu carro e pediu para o porteiro ajudá-la levar Danica até sua cobertura.

— Minha amiga sempre exagera na bebida! — Falou Grace sorrindo nervosamente.— Eu sei como é, senhorita. Também costumava cair de bêbado quando era mais jovem. — Falou o porteiro e deu um risinho discreto. Pegou Danica e saiu carregando-a, seguindo Grace até o apartamento dela.

Grace abriu a porta e acendeu a luz.

— Por favor? Por aqui.

O porteiro seguiu Grace até o quarto.

— Na cama… — Falou Grace apontando para ela.

O porteiro colocou Danica na cama e se virou para ir embora.

— Espere? — Pediu Grace abrindo sua bolsa e pegando sua carteira.

— Não precisa, senhorita. — O homem de quarenta e poucos anos, alto, musculoso e com cara de nerd disse.

— Não, eu faço questão. Por favor? Aceite. Você é um cara legal, Ian. — Falou Grace sorrindo e se aproximou dele e colocou uma nota de cem em sua mão.

— Sabe meu nome, senhorita? — Ian perguntou surpreso. Grace sempre o chamava de Peter, Paul, Mário, enfim, qualquer nome, mas nunca o seu, mas dessa vez, ela acertara, e ainda lhe dera uma gorjeta. Aí tinha. Mas quem era ele para se meter? Melhor voltar ao trabalho e se fazer de cego, surdo e mudo. — Muito obrigado, senhorita. Tenha uma boa-noite.

Ele saiu em seguida, com um sorriso na cara, imaginando como seu filhinho, Bobby ficaria feliz quando ele lhe levasse ao parque de diversões.

Grace acompanhou Ian até a porta e assim que ele se foi, ela trancou a porta na chave. Voltou para o quarto. Tirou seus sapatos e deitou-se ao lado de Danica.

— O que eu vou fazer com você, Danica? Não quero enfrentar minha família e nem o rei dos vampiros, mas, também… Não quero desistir de você. — Falou Grace a abraçando.

† † †

Lizzie não queria se separar de Bianca, mesmo ela estando morta, e não parava de chorar. Henry, infelizmente, foi obrigado a assistir a cerimônia de coroação do rei. Amanda permaneceu ao lado de Lizzie, tentando consolá-la de todas as formas.

— Eu não sei se acredita nisso, mas… Um dia, vocês voltarão a se reencontrar. — Amanda disse a Lizzie.

— UM DIA… Mas não será hoje, nem amanhã. O que faço com essa dor que sinto em meu peito, agora? Devo arrancar meu coração para ele parar de ser partido? — Falou Lizzie.

— Assim é a vida! Pessoas morrem e nascem o tempo todo! Temos de nos despedir de quem amamos, cedo ou tarde. Mas você não pode ser fraca. Amor não é fraqueza, é força! Se a ama tanto assim, levante a cabeça, enxugue essas lágrimas e continue vivendo… Por ela, e por você, mesma. — Falou Amanda.

Lizzie encarou Amanda como se de repente não reconhecesse a garota que estava diante dela, mas então, deu um último beijo em Bianca, enxugou suas lágrimas e levantou-se. Séria, com o olhar vazio.

— Você é forte, Lizzie! Lembre-se disso! — Falou Amanda a abraçando. Lizzie não correspondeu ao abraço, absorta.

Na outra sala, Celeste discutia com os outros sobre o que acontecera com Bianca. Mary Ann chegou, empurrando quem quer que estivesse em seu caminho.

— Não é qualquer garota, mas sim a filha da vereadora Dorothy Van Der Woodsen! Portanto, a morte dela não será facilmente esquecida, todos na cidade ficaram de luto por ela. Ninguém pode saber que ela foi empurrada da janela da casa de James ou nosso segredo estaria ameaçado. — Falou Celeste.

— Mas o que podemos fazer? — Perguntou Nellie Simons.

— E a Criatura que fez isso a ela? — Perguntou Jacob Simons.

— E quem a matou da primeira vez? Foi a Criatura? — Perguntou Neal Hanson, sacerdote do Clã Hanson, e melhor amigo de Celeste há anos.

— Não importa como Bianca morreu, mas como os outros pensarão que ela morreu! — Falou Celeste.

— O que está sugerindo? — Perguntou uma bruxa do Clã Celeste.

— Um tulpa! — Falou Mary Ann e todos os olhares se voltaram em sua direção.

— O quê? — Disse um bruxo do Clã Hanson.

— Sim, um tulpa seria perfeita! — Anselmo veio e segurou a mão de Mary Ann. — Dessa forma, “Bianca” voltaria para a casa ainda viva e como morreria, não seria mais um problema nosso.

— Humm… Não é má ideia. — Falou Celeste.

— O que ele faz aqui? — Perguntou Nellie a Mary Ann.

— Você conhece as regras, Anselmo… Espionar um Clã viola uma das leis de nosso tratado de paz entre os bruxos. — Falou Jacob.

— Sim, eu sei, tio Jacob. Mas não estou violando nada porque eu deixei o meu Clã. — Falou Anselmo.

— O quê?! — Disse Jacob surpreso.

— Sim, pai. É verdade. — Falou Mary Ann.

— Mas por quê? — Perguntou Jacob, embora, imaginasse o motivo.

— Por Mary. — Falou Anselmo. — Eu a amo e estou disposto a ser bom por ela.

— Não acredito que Briana tenha chegado tão baixo, usando um MENINO para nos espionar! — Falou Nellie brava.

— Garanto a você, tia Nellie, que não estou aqui para espionar ninguém. Estou aqui por Mary! Se me aceitarem em seu Clã, ficarei feliz, mas se não me aceitarem… Entendo. Só não peçam para que eu me afaste de Mary, porque isso, eu não posso fazer! Sinto muito! — Falou Anselmo.

— Eu não acredito em nada do que diz, rapazinho! — Falou Nellie.

— Senhores, por favor? Roupa suja se lava em casa! — Falou Celeste. — Temos assuntos mais importantes a tratar agora.

— Um espião é algo que merece nossa atenção! — Falou Nellie.

— Madame Perrodon, garanto-lhe que não sou um espião do Damballa. — Anselmo soltou a mão de Mary e se aproximou de Celeste e estendeu sua mão com a palma virada para cima. — Pode me tocar e verá que não estou mentindo.

Celeste não precisava tocá-lo para saber que ele estava sendo sincero, sentia isso, mas, para acalmar o coração de Nellie, o fez.

— Sim… Você é sincero, rapaz.

Anselmo encarou Nellie, esperando um pedido de desculpas que não veio, pois ela virou o rosto, brava.

— E quanto à tulpa? — Disse Neal Hanson mudando de assunto.

— Eu mesma faria, mas não consigo manter uma tulpa sólida por muito tempo. — Falou Mary Ann.

— Eu cuido disso. — Falou Celeste.

— E quanto a Criatura? — Perguntou Jacob Simons.

— Sobre isso… — Disse Celeste e fez uma pausa, escolhendo as palavras certas. — Como muitos de nós suspeitávamos, a Criatura é controlada por um de nossos inimigos.

Todos os olhares pesaram em cima de Anselmo por ele não ser dos Clãs Celeste e Hanson.

— Quê? — Anselmo deu de ombros. — Lembrem-se que estou do mesmo lado que vocês, agora?

— Não quero incitar ninguém ao ódio ou a discriminação, mas Damballa e Lilium têm motivos para desejarem que as trevas dominem. Portanto, a partir deste instante, não confiaremos mais neles! Nunca confiamos, na verdade, mas agora, ainda menos. Não devemos mais falar nada com quem não seja dos Clãs. E sugiro que quem o faça, seja punido. — Falou Celeste. — A escuridão se aproxima cada vez mais. Posso sentir. Está perto… Muito perto.

† † †

Jordana não precisou usar a chave para abrir a porta de sua casa, porque arrombou a mesma apenas com a força de seu pensamento.

Jody Arterton acordou assustada com o barulho e veio correndo ver o que era. Viu Jordana parada, a encarando, furiosa.

— Jordana? O que aconteceu? — Jody perguntou assustada.

— Nada, mamãe. Não aconteceu nada. — Jordana sorriu como um demônio e abriu os braços. — Não vai dar um abraço na sua garotinha… Mamãe?

— Jordana? Está me assustando! — Falou Jody. — O que aconteceu?

— Ah, é assim? Agora, não abraça mais a sua adorada filhinha?! — Falou Jordana abaixando os braços e cerrando os punhos.

Toda a casa começou tremer. Os móveis saíram do lugar e surgiu uma rachadura no teto. Jody tentou se agarrar a um móvel, mas caiu e bateu a cabeça, desmaiando. O tremor passou e Jordana se aproximou de Jody. Agachou-se ao lado dela e passou a mão em seu rosto, dizendo-lhe:

— A partir de hoje, não serei mais a sua filhinha de sempre… Mamãe. Eu deveria te matar! — Jordana apertou o pescoço dela com força, mas soltou em seguida. — Mas não… Vou me transformar no seu pior pesadelo! Vai ver… Jordana Arterton está morta!

† † †

Celeste contou a Lizzie que criaria um tulpa de Bianca para enganar a todos enquanto Neal e Jacob levaram o corpo de Bianca para enterrar em algum lugar na floresta.

Lizzie disse que iria para a casa. Amanda se ofereceu para levá-la, mas Lizzie disse que preferia ficar sozinha. Amanda ficou com seu Clã.

† † †

Quando Marion viu Bianca andando para cá e para lá, soube que era uma tulpa, e se manteve afastada. Para todos que a paravam e perguntavam se ela estava bem, a tulpa de Bianca respondia apenas que fora curada por Celeste e Neal. Como todos que estavam na festa de James, ou eram bruxos, vampiros, caçadores ou humanos que conheciam o segredo dos imortais, não deram muita importância ao que acontecera.

Na manhã seguinte, a tulpa de Bianca, tomaria café com seus pais. Daria um beijo neles, diria que os amava e que eles não tinham culpa de nada, e então, se atiraria da sacada de seu quarto, e todos acreditariam que Bianca cometeu suicídio.

† † †

Uma donzela vestida de branco foi levada até James. Como parte do ritual, ele deveria beber o sangue de uma moça pura diante de todos. A escolhida foi Barbora Wolner, uma garota de treze anos. Ela seria transformada em vampira depois. O pior era que James não poderia hipnotizá-la para que ela não sentisse dor. Barbora passaria pelo mesmo que Maya, uma vez, passara. Maya abaixou a cabeça, aborrecida. Não gostava de se lembrar daquela noite em que foi condenada a ficar eternamente na forma de uma garota de treze anos. Aquilo era um inferno para ela, porque ou ela saía com crianças ou com pedófilos. Como Christopher não era nem uma coisa nem outra, os dois não podiam ficar juntos. Mas seria tão diferente se ela pudesse mudar de corpo, não seria?

Os gritos de dor e agonia de Barbora foram como um deleite para os vampiros, exceto para Maya, Christopher, Henry e o próprio James.

Um cálice grande de prata, cheio com o sangue de Barbora passou de mãos em mãos, pelos vampiros, que tomaram um gole dele.

Bruxos e bruxas dos Clãs Celeste e Hanson não ficaram para assistir a essa parte do ritual, somente os do Lilium e os do Damballa (os poucos que foram, entre os quais não estavam nem Briana nem seu marido, Jared).

Após tomar do cálice, Maya saiu do salão, apressada. Christopher percebeu e a seguiu, para perguntar se estava tudo bem.

Maya parou em frente ao arbusto, respirando pesado, com raiva.

— Maya? — Chamou Christopher.

Droga.

Não era para ele tê-la visto naquele estado.

Maya respirou fundo e sem se virar, disse:

— Sim?

— Você está bem? — Christopher tocou o ombro dela, e Maya se virou.

— Por que não estaria? — Disse ela.

— Talvez… Porque, você tenha se lembrado de quando se transformou em uma vampira. — Falou Christopher.

— O problema não foi ter virado uma, mas estar presa nessa forma para sempre e saber que nunca serei amada por isso. — Falou Maya chorando.

— Não fale isso. Você é uma pessoa maravilhosa! Qualquer um poderia se apaixonar por você! – Falou Christopher.

— Ah, claro! Uma criança ou um maníaco! Mas não é isso o que eu quero para mim! — Falou Maya. — Eu quero alguém como… Como… Você, Chris! — Maya o beijou.

Emma, Jeremy, Kentin e Harriet chegaram de repente e viram Maya beijando Christopher.

— Nossa! A casa caiu! — Falou Jeremy rindo, já visualizando o barraco.

— Emma? – Disse Christopher recuando ligeiro e a encarando. — Não é o que parece! Posso explicar!

— Não. Por favor? Continue! — Falou Emma brava.

— Você entendeu tudo errado, amor… — Falou Christopher se aproximando dela.

Emma deu um tapa na cara dele.

— Eu não sou cega! Você estava beijando ela, que eu vi! Não tente negar! — Disse Emma distribuindo tapas pelo corpo dele. Ele segurou os braços dela e ela deu uma joelhada nos países baixos dele. Ele a soltou com uma careta, mas não reclamou.

Maya olhou para Emma, rindo, e Emma teria partido pra cima dela, se Kentin não a tivesse segurado.

— Vai rindo, vadia… Vou empalar você e deixar no meu jardim como decoração no Halloween! – Falou Emma.

— Quando você quiser, baixinha… — Provocou Maya.

— Ah, olha quem fala? O que você tá fazendo aqui? Volta para a creche, bebê! — Falou Emma arranhando os braços de Kentin enquanto tentava se soltar.

— Foi ela quem me beijou, Emma! Juro! — Falou Christopher.

— E você estava fazendo o que aqui com ela? — Perguntou Emma e empurrou Kentin, livrando-se dele.

— Só vim ver se ela estava bem, porque ela parecia triste… — Christopher disse.

— Hum rum. E aí, você a consolou com um beijo? Vamos? Confesse! — Emma estalou os dedos, furiosa e empurrou Christopher.

— Você está muito nervosa. Melhor conversarmos depois… — Falou Christopher com medo dela.

— Não! Não tem depois! Vamos conversar agora! Eu tô calma! — Falou Emma. — Eu só quero saber por que você tá me fazendo de palhaça? Só isso.

— Você não tem de explicar nada para ela, Chris. — Falou Maya.

— Você cala essa boca porque a conversa ainda não chegou na porta do galinheiro! O que é seu tá guardando! — Falou Emma encarando Maya com ódio.

— Eu já disse… Quando quiser! — Falou Maya e riu.

— Ah, sua desgraçada! — Emma tentou avançar nela mais uma vez, mas Christopher a deteve a tempo. — Me solta!

— Maya? Vai embora! Por favor? — Pediu Christopher nervoso.

— Só porque você tá mandando, Chris! — Falou Maya e piscou para ele antes de ir.

Christopher soltou Emma e levou um soco.

— Eu confiei em você, te convidei para entrar na minha casa e é assim que você retribui? – Falou Emma chorando.

— Só que você entendeu tudo errado. Por favor? Me deixe explicar? — Falou Christopher.

— Não! Não fale mais comigo e ande sempre olhando para trás.... — Falou Emma.

— Você está me ameaçando? É isso mesmo? — Falou Christopher desapontado.

— Isso serve para sua amante também! — Falou Emma.

— Ela não é minha amante! Mas que droga! Eu amo é você! — Falou Christopher e a puxou e a beijou. Emma o empurrou e deu outro tapa nele.

— Não faz assim, Emma? Por favor? Ruivinha? — Falou ele.

— NÃO me chama de ruivinha! — Falou ela e se aproximou de Kentin e encarou Christopher. — Ninguém brinca comigo, Chris! Ninguém! — Emma agarrou Kentin e o beijou.

— Mas… O quê? Você ficou louca! — Falou Christopher bravo e puxou Emma.

— Tá sentindo? Foi isso que eu senti quando te vi beijando aquela infeliz! — Falou Emma.

— Droga! A Jordana vai me matar! — Kentin balançou a cabeça, contrariado antes de ir embora.

— Eu não beijei a Maya! Foi ela quem me beijou! — Disse Christopher. — Eu nunca beijaria ela porque amo você, Emma! Só você! Entende isso? — Christopher a agarrou e a beijou. Emma resistiu no começo, mas depois se entregou.

— É… A gente nunca vai brigar. — Harriet disse a Jeremy.

— Espero que não. — Ele engoliu em seco e apertou a mão dela.

† † †

Iris ouviu um barulho e levantou-se. Quando chegou a sala, viu Eva revirando tudo, furiosa.

— Mãe? O que tá fazendo? — Perguntou Iris assustada.

— Não sou sua mãe! — Disse Eva a encarando com olhos azuis brilhantes, antes de arremessar uma estátua de fênix em direção a ela. Iris voltou para o quarto correndo.

Eva foi até a cozinha, pegou uma faca e foi atrás de Iris, assobiando uma canção.

Continuar lendo
img Baixe o aplicativo para ver mais comentários.
Baixar App Lera
icon APP STORE
icon GOOGLE PLAY