Armando saiu às pressas em seu cavalo, indo em direção a pequena aldeia que ficava próxima ao castelo. Estava formando uma tempestade de neve e, se não fosse rápido, não conseguiria retornar tão cedo. A neve já formava uma grossa camada sobre toda paisagem e, mais uma tempestade tornaria difícil para o seu cavalo trazê-lo de volta, ainda mais se precisasse dividir a montaria com a senhorita encrenca. Sorriu ao se lembrar da bela donzela que apesar de muito jovem era excelente parteira e profunda conhecedora de ervas e unguentos.
Gostava de provoca-la chamando a de bruxa só pra ver seu rosto corar de raiva. Era a única emoção que conseguia visualizar no rosto bonito da jovem, sempre tão controlada em sua postura, ocultando com maestria o que se passava no fundo dos olhos azuis. Sabia que por ser casado, não era de bom tom aproximar de uma jovem solteira mas, não sabia explicar o que o atraía tanto naquela jovem camponesa. Ela o fascinava e se não fosse plebéia, certamente a teria desposado. Mas além de seu pai, também devia obediência ao rei. Já estava em seu segundo casamento e suas esposas haviam sido escolhidas por ambos. Decidira então, não repetir com o filho o mesmo. O jovem estava apaixonado por Rafaela, neta do conde Antarum, conselheiro do rei e não havia nenhum impedimento para a que o casamento fosse realizado exceto pela teimosia dos jovens que se recusavam