Baixar App hot
Início / Jovem Adulto / Para sempre meu amor! (Amor jovem)
Para sempre meu amor! (Amor jovem)

Para sempre meu amor! (Amor jovem)

5.0
5 Capítulo
193 Leituras
Ler agora

Sinopse

Índice

Raissa tem dezessete anos, está no último ano do colegial. É apaixonada por balé, faz aulas desde pequena e sonha em ser uma bailarina de sucesso. É considerada esquisita por sempre usar roupas infantis e agir como se tivesse menos idade. Uma amizade surge com um rapaz cheio de mistérios e reservado, ela promete deixar os dias dele mais alegres e isso pode despertar um sentimento que vai ser impossível fugir.

Capítulo 1 Raissa

Raíssa

Apesar de todos os julgamentos sobre meu jeito de ser, me considero uma pessoa de garra e determinada. Sonho em ser uma grande bailarina de sucesso e também sou apaixonada por literatura. Amo ler, é uma forma de viajar para um mundo paralelo e esquecer de tudo por um tempo.

Minha mãe é uma jornalista renomada, âncora de uma rede nacional de televisão, depois da morte de meu pai, nós nos afastamos, hoje em dia parecemos até duas estranhas convivendo dentro de casa.

Ele faleceu a um ano e era meu maior incentivador. Me apoiava em tudo e nunca vou esquecer do que ele sempre me dizia:

"Nunca desista de algo por ter medo, se o medo aparecer vá com medo mesmo, pois se você não tentar nunca irá saber"

É como se eu estivesse vendo ele na minha frente agora e ouvindo essas palavras, como ele me disse no dia que eu queria desistir do balé, por senti medo de tudo dá errado quando me apresentei pela primeira vez. Sinto um aperto no peito e uma vontade imensa de chorar, mas não o faço.

Levanto e tomo um banho relaxante, me arrumo para mais um primeiro dia na escola. Queria muito sair dessa escola, poder recomeçar em outro lugar onde ninguém me conhecesse. Na escola dizem que sou esquisita e me chamam de atrapalhada. Não acho que eu seja nada disso, apenas tenho meu jeito. Ser sempre alegre pode ser apenas um disfarce para o que se passa realmente em meu coração.

Saio do quarto, arrumada e pronta para insistir mais uma vez para a minha mãe me transferir para outra escola. Chego no cômodo da casa que ela está sentada à mesa.

Nossa casa é média: Nem grande e nem pequena. É uma casa confortável de se viver e todos os cômodos eram considerados meus lugares favoritos, mas, assim como tudo parece sem cor dentro de mim, hoje eu já não vejo graça nenhuma.

Me sento na cadeira em frente a mulher que notou minha presença, mas continuou concentrada em um livro e tomando seu café.

- Mãe, por favor eu quero ser transferida daquela escola. - ontem já tivemos essa mesma conversa e sei que terei a mesma resposta.

- Já falei que não, se contente onde está, quando menos esperar o ano já vai ter acabado, não entendo por que isso agora.

Ela fala ainda sem me olhar, eu só queria que as coisas fossem diferentes. Éramos uma família sorridente e feliz, sempre conversávamos e agora minha própria mãe me ignora.

- Eu não vou mais para a escola então, nem terminar os estudos também. - cruzo os braços fazendo bico. Ela finalmente me olha.

- Que idéia é essa! O que você tem na cabeça menina? Você é uma ótima aluna, não sei por que essa mudança repentina. - exclama irritada.

Sou uma ótima aluna. Ótima bailarina. Sou ótima em várias coisas, mas não vejo mais sentido nenhum em nada disso, eu só não quero ser chamada de esquisita. Só não quero sofrer chacotas e me sentir sozinha o tempo todo, é só isso que quero mãe. Isso que eu queria ter dito, mas simplesmente falo:

- Eu não quero estudar mais lá, é só isso.

- Tire isso da cabeça, não vou mudar você de escola e assunto encerrado.

Ela finaliza a nossa conversa, se levantando e pegando a sua bolsa que estava na cadeira ao lado. Ela não se despede ou fala mais alguma coisa, ela só sai. Ouço barulho de chaves, creio que pegou a chave do seu carro, logo depois ouço a porta ser aberta e fechada em seguida, as coisas realmente mudaram entre a gente.

- Saudade de você papai.

Falo como se ele pudesse me ouvir, mesmo sabendo que não.

Tomo meu café da manhã, depois de terminar organizo a mesa guardando tudo e pego minha bolsa que deixei no sofá. Quando passo da porta fecho a mesma trancando, estou chegando no portão quando sinto uma pancada na minha cabeça.

Olho em volta tentando assimilar o que aconteceu e demoro uns segundos até entender o que me atingiu, até vê um jornal no chão. Pego e saio com ele na mão, quero vê quem foi o atrevido que queria me assassinar logo cedo.

Quando tenho a visão da rua, vejo um rapaz alto e muito bonito até. Ele está em uma bicicleta onde tem um cesta com vários jornais, não sabia que nos dias de hoje ainda saiam jogando jornais na porta dos outros.

- Ei! Eu poderia ter me machucado, ou pior, eu poderia ter tido um traumatismo.

Ele me olha e arqueia uma sobrancelha com meu pequeno exagero.

- Um simples jornal com certeza não iria causar um traumatismo.

Assim que fala, ele vira para frente e pedala sua bicicleta.

- Eeeei!! não vai pedir desculpas? - grito, mas ele já estava longe e não me ouviu. - Que cara irritante e mal educado.

Continuar lendo
img Baixe o aplicativo para ver mais comentários.
Baixar App Lera
icon APP STORE
icon GOOGLE PLAY