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O Presente Perfeito do Natal

O Presente Perfeito do Natal

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Sinopse

Índice

Isabella Hayes, uma fotógrafa sonhadora, é convocada para documentar o ambicioso projeto arquitetônico de Dean Sutton, um charmoso arquiteto. O que começa como uma colaboração profissional rapidamente se em uma oportunidade perfeita para fugir do constringimento familiar na época do natal. Então eles decidem encenar um relacionamento de mentira para enfrentar as expectativas familiares. Uma mentira que vira uma grande bola de neve antes mesmo de chegar no Natal, o passado bate na porta do casal de mentirinha e talvez esse amor não seja tão mentira assim.

Capítulo 1 C1

Dean Sutton

A correria que está em minha vida não está escrita. Estou para fazer um dos maiores projetos da minha vida, não, é qualquer coisa. Meu rosto está nos quatro cantos do mundo e até um documentário está sendo produzido. A responsabilidade está sendo grande em ter que revitalizar as estruturas antigas e não esquecer de preservar a herança arquitetônica de um prédio do interior de Manhattan. Não posso fugir dos padrões, mas querem que eu entregue tudo fora dos padrões.

Gente louca, eu sei!

Sou o melhor arquiteto da empresa, sendo conhecido por meu talento e inovação no design de espaços urbanos e o meu nome alavancará novos projetos para esse lugar. Que sorte que sou um dos acionistas e estarei lucrando de todas as formas. Ou se alguém bater na porta e não tenho dúvidas que é o Scott, meu melhor amigo e que trabalha na área financeira daqui. Não nos estressamos um com o outro frequentemente, conseguimos sempre entrar em um acordo quando o assunto é orçar algum projeto. Scott não espera uma resposta minha e entra na minha sala. Sem educação!

— Cara, você está atrasado! — Estica as mãos olhando ao redor. — O que continua fazendo aqui?

Termino de arrumar os papéis, colocando em minha pasta. O trânsito de Nova York está horrível, terei que pedir um táxi porque a chance de conseguir um lugar para estacionar meu carro é mínima. Scott é um homem de boa aparência, um porte físico invejável, os olhos claros e a pele morena chama atenção de muitas mulheres e é o que ele gosta. Temos apartamentos no mesmo prédio, saímos para correr frequentemente e acabamos convivendo mais do que queremos.

— Estou quase pronto. — arrumei gravata em meu pescoço. — Esqueci alguns desenhos e precisei vir buscar. E aí, como estou?

Dou uma volta, mostrando todo o conjunto completo. Sou um homem alto, com os cabelos loiros que tem uma cor incrível refletindo ao sol, os olhos são azuis intensos mostrando toda minha determinação e gentileza. Um sorriso que encanta muito e que dá raiva também, sempre gosto da primeira opção. Estou vestindo um terno preto e a formalidade hoje é grande porque darei uma entrevista.

— Está atrasado! — Repete e vem até mim arrumar meu cabelo. — Sabe quem será a fotógrafa, não é? — sorriso malicioso sujo em seus lábios quando se afasta.

Lá vem! Scott estava dias falando sobre a fotógrafa freelance que contratamos, não tinha ideia de quem estava falando até dois dias atrás. Scott estava todo cheio de sorrisos e lábia ao falar da mulher, até ver a foto dela. Fiquei surpreso ao reconhecer a Isabella Hayes, a nossa família são amigas de longas datas, mas com os anos foi preciso nos afastar e não montamos contato. Pelo menos não eu e ela, nossos pais ainda continuam morando em uma cidade do interior daqui de Nova York.

— Isabella Hayes, sim, sei quem é. — Peguei a minha pasta e sai da sala sendo seguido por Scott.

— Só isso? Sério? — Scott caminha ao meu lado e ergue uma sobrancelha. — Não vai comentar o quanto ela é…

Parei e olhei para ele.

— Olha, o respeito. — Scott me olha desconfiado, suspirei e passei a mão pela testa. — Cresci com ela, fazia um tempo que não havia. É um pouco desconfortável você falar dela como costuma falar das outras mulheres.

— Ciúmes?

— Óbvio que não! — Suspiro, irritado e segui para o elevador. — É que não me sinto confortável ficar falando dela desse jeito. Sei que nós dois tem de dizer o que se pensa sem receio e sempre comentamos sobre as mulheres. Mas com ela não, ok?

Chamo o elevador. Scott ergue suas mãos no ar se rendendo.

— Tudo bem, não falo que a Isabella Hayes é uma gostosa e que você está doido para fazer o que não fez anos atrás. — Olhei para ele abismado. Scott dar de ombros. — Não estou mentindo. Vocês vão conviver bastante tempo para fazer essa chama sem ter novamente.

Entrei no elevador e dou o dedo no meio para o Scott. Esse cara consegue ser bem cuzão e idiota quando quer. Scott dá um tchauzinho e me deseja boa sorte. Continuei, mostrando o dedo do meio até as portas se fecharam.

— Cuzão. — Sussurrei, pegando meu celular no bolso.

Droga! Estou atrasado!

Pegando o táxi só me adiantou na parte do tempo procurar um lugar para estacionar o carro, porque o trânsito continuava horrível e me atrasava mais ainda. Me apresso em entrar no prédio que iria restaurar, havia uma coletiva de imprensa à minha espera. Um raio de flash de alguma câmera me acertou e levei a mão ao rosto.

— Ei! — Eles não poderiam esperar até a hora do discurso?

— Está atrasado, Dean. — A voz meiga e suave chama a minha atenção.

Olhei para ela suavizando meu rosto. Isabella sorri mais quando o caminho até ela.

— Ei, pequena. — Nos abraçamos, o cheiro de flores de jasmim preenche minhas narinas. — Esqueceu de descer foi?

Ela ri e se afasta, dando um tapa de leve em meu braço. Isabella está usando uma calça jeans de cós alto e justa em seu corpo e desenhava bem as curvas, uma blusa branca por dentro da calça com um casaco fino preto por cima. Seu tênis são brancos o que combina perfeitamente com seu look, seu cabelo em um tom castanho está preso em um rabo de cavalo e veja as ondas naturais balançarem com o vento. Essa mulher continua linda, os anos apenas melhorou.

— Para, ok? Cresci sim! — Finge estar brava. — Não tenho culpa se você deve estar tomando bomba para ficar grande desse jeito.

Fiquei sério, não gostei do seu comentário e Isabella ri, aproveitando para tirar outra foto minha.

— Depois dou um jeito em você, mocinha. — Beijo sua testa e caminhamos para onde está a pequena coletiva.

Isabela se despede me desejando boa sorte, pisquei para ela e subi no palanque improvisado. Não era bem essa proposta que a empresa queria passar, mas gosto do simples e esse lugar irá mudar totalmente. É bom ter fotos do antes e depois. Agradecer pela presença de cada um ali e comecei a falar sobre o meu projeto.

— Cuidarei para manter toda arquitetura já presente aqui, preservando toda a herança arquitetônica da cidade enquanto vou adicionar elementos mais modernos. — Sorri, olhando para eles. — O projeto estará integrando soluções modernas que ajudará o meio ambiente, além de incluir a criação de espaços comunitários multifuncionais como praças e áreas de lazer para fortalecer os laços sociais e trazer mais visão para essa cidade.

Continuei mais alguns minutos falando e agradecendo novamente a presença de cada um e da minha equipe, não esquecendo de mencionar Isabella que iria documentar todo esse projeto e não apenas com sua habilidade técnica como fotógrafa. Isabella tem se empenhado bastante durante anos nessa área com uma capacidade de capturar beleza e a importância cultural de todo esse processo. O seu currículo é de dar inveja a muitos. Com certeza estou orgulhoso da mulher que se tornou.

Depois de responder algumas perguntas, finalmente estou livre, é legal posar para algumas fotos e não reclamo. Às vezes as perguntas são desnecessárias demais e é o que me irrita, como gastar um precioso tempo que não temos para desperdiçar. A obra é grande e tenho muito trabalho para fazer. Convidei a Isabela para ir em uma cafeteria próxima.

— Quando fiquei sabendo que iria documentar o projeto do grande arquiteto Dean Sutton, eu não acreditei. — Isabella coloca a mão em seu peito de um jeito dramático, havíamos acabado de fazer nossos pedidos. — Quase caí para trás! E tem um avião na mesma hora voltando para Nova York.

Reviro os olhos.

— Ah, para de imitar Tiffany. — Rimos.

Tiffany é uma amiga da infância apaixonada por mim e ser dramática era com ela mesma. Isabella ri e me olha com carinho.

— Estou feliz em te ver. — Coloca a mão por cima da mesa.

— Digo o mesmo. — Segurei a sua mão, passando o polegar pelo dorso da sua mão em forma de carinho. — Quanto tempo se passou?

— Uns dez anos? — Estreita os olhos. — Ou doze?

— Nossa, é muito tempo!

— Sim. — Choraminga. — Estou com os meus 28 anos e a única coisa que pensei durante esses anos é no meu trabalho, resultando em todo final de ano sendo questionada sobre os namoradinhos, quando vou casar e quando terei filhos.

Faço uma careta.

— Tenho 32 anos e sofro o mesmo. — Nossos pedidos chegaram. — Minha mãe me ligou uma vez por mês para perguntar se estou namorando.

— Mentira!

— É sério! E nessas épocas festivas é quanto mais sofro. — Foi minha vez de choramingar. — Sou um homem de 32 anos e me sinto acuado pela minha família parecendo uma criança de 10 anos.

Isabela ri ao colocar um pedaço de bolo na boca e desliza o garfo entre seus lábios, mordendo a pontinha do garfo ao conter a risada.

— Coitadinho de nós, sofremos mais com a nossa família.

Dou gole generoso em meu café concordando com ela, minha mãe já conseguiu me arranjar belas dores de cabeça tentando arranjar uma namorada para mim. Não é que não quero um relacionamento, mas o trabalho tem tomado muito do meu tempo. E fui deixando as coisas levarem, hoje em dia estou muito bem estabelecido, não poderia ter uma família tranquilamente. O que acaba sendo uma coisa boa.

Isabela suspira e acaba chamando a minha atenção.

— Posso ser sincera?

Balancei a cabeça, concordando.

— Sim, claro.

Ela brinca com o garfo mexendo em seu bolo, antes de me olhar.

— Não estou nem um pouco empolgada de passar o Natal com a minha família. — Dá um sorriso triste. — Essa situação está bem chata.

Isabelle quanto estava chateada, sua família pode ser bem persistente com esse assunto e acaba nos irritando. Para eles pode não ser nada de mais, mas todo ano é o mesmo. Temos que mudar isso, pode ser que um dia casaremos e não temos porque apressar essa etapa.

Um sorriso vai surgindo lentamente nos meus lábios e coloquei o café em cima da mesa sem tirar os olhos da Isabella.

— Ih, você está com cara estranha.

Meu sorriso aumenta.

— Pode ser que eu tenha a solução dos nossos problemas. — Coloquei a minha mão em cima da mesa e mexer os meus dedos pedindo a sua mão, Isabella coloca sua mão em cima da minha. — Bella. — A chamo pelo apelido e recebo seu sorriso em resposta. — E se a gente namorasse de mentirinha?

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Mais Novo: Capítulo 34 Nota da Autora   01-04 14:30
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