"Senhorita Bessie, hoje é seu aniversário. Portanto não deveria pagar, mas sim Trevor", Bernard argumentou.
"Um homem deve pagar para a mulher ou não pode ser considerado homem."
Ao ver que Trevor não se mexeu para pagar, a recepcionista o encarou com olhos condescendentes.
"Mas..." Bessie olhou hesitante para Trevor.
Ela estava ciente de que o homem ganhava pouco mais de mil dólares por mês para sustentar a si mesmo e aos seus estudos.
Se ele pagasse pelas garrafas de água agora, não teria mais dinheiro algum para passar o resto do mês.
"Não se preocupe, senhorita Bessie, vou pagar."
Trevor puxou o cartão e o entregou para a recepcionista.
Estava claro para ele que Bernard queria fazê-lo de bobo.
No passado, teria desistido e sofrido essa humilhação em silêncio.
Mas agora era diferente.
Já não era mais o Trevor que deixava os outros o intimidarem porque temia passar fome pelos próximos dias.
O cartão que tinha em sua mão possuía um limite de cem milhões de dólares.
Não precisava mais passar dificuldades ou se acovardar pelas miradas zombeteiras de outras pessoas.
A recepcionista passou o cartão dele.
A máquina apitou e os mil e duzentos dólares foram pagos com sucesso.
"Nossa! Realmente tinha dinheiro nesse cartão!"
A expressão de desdém da recepcionista se suavizou um pouco e pensou que o cartão daquele perdedor na sua frente talvez só tivesse aquela quantia mesmo. Ela pegou o cartão e o colocou na mesa sem olhar duas vezes. Então falou friamente: "Pronto."
O rosto de Trevor escureceu diante dessa atitude, mas ele controlou seu humor. Apenas pensou consigo mesmo: 'Todos os estabelecimentos aqui pertencem à minha família. A atitude desta recepcionista é terrível. Contarei para minha irmã o que aconteceu assim que chegar em casa. Funcionários assim são péssimos para os negócios. Garçons que desprezam os clientes precisam ser demitidos!'
Trevor apanhou o cartão e o colocou de volta na carteira. Então pegou as garrafas de água e saiu.
"Esse idiota comprou água com o dinheiro que tinha para comer. Vamos ver como ele vai se virar nesse próximo mês", Bernard comentou, rindo com seus amigos.
Corrie balançou a cabeça. Não conseguia acreditar no quão estúpido e descuidado Trevor tinha sido. Ele desperdiçou todo seu dinheiro suado só porque o incitaram a fazer isso.
Enquanto colocava a carteira no bolso, Trevor pensou consigo mesmo: 'De qualquer maneira, esta loja é da minha família. Tudo que eu gastar aqui acabará voltando para a conta dos Sandersons.'
"Preciso de dois caddies para buscar as bolas para nós", Grant pediu, gastando mais de dez mil para contratar dois caddies.
Entre os serviços ofertados pelo Kisas Tennis Club, um deles era o de caddies que ajudavam seus hóspedes a pegarem as bolas de tênis durante o jogo. O custo de cada um era cinco mil dólares.
A recepcionista respondeu se desculpando: "Sinto muito, senhor. Temos muitos convidados jogando hoje, portanto só há uma caddie disponível."
"Está bem, então a mande para nós."
Grant pagou e a caddie foi providenciada imediatamente.
A caddie era uma jovem de aparência inocente com a pele bronzeada. Um par de pernas fortes, bem delineadas e lisas saltavam para fora da sua saia curta de tênis. Não era tão bonita quanto Bessie ou Corrie, mas tinha seus méritos também. Era compreensível por que custava cinco mil dólares.
Grant levou todos até as quadras de tênis.
O lugar era muito grande e cobria pelo menos dez mil metros quadrados.
Eles alugaram duas quadras e se dividiram em dois grupos para jogarem. Bernard e Grant ficaram em um e Corrie e Bessie no outro.
As quadras ficavam ao ar livre e era cercadas por gramados, não havendo ninguém ao redor além deles mesmos. Era um lugar bem privado e exclusivo.
Bernard jogou contra Grant e Corrie contra Bessie.
Ambas as duplas jogaram várias partidas seguidas.
Toda vez que Bernard ou Grant batiam na bola e a jogavam para longe da quadra, a caddie corria para buscá-la. Mas no jogo de Corrie e Bessie não havia ninguém para pegar as bolas.
Bernard sugeriu: "Trevor, como você não tem nada para fazer, te darei quinhentos dólares se você trabalhar como caddie para Corrie e Bessie."
"Ah, basta disso, Bernard! Trevor veio para jogar conosco, não para ser nosso caddie!", Bessie retrucou. Estava farta da grosseria dele com Trevor. Simplesmente não aguentava mais seu bullying.
"Só queria ajudá-lo, senhorita Bessie. Afinal, ele acabou de usar todas as suas economias para nos comprar um pouco de água", Bernard argumentou.