img Treze Anos de Suas Mentiras  /  Capítulo 2 | 28.57%
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Histórico

Capítulo 2

Palavras: 3125    |    Lançado em: Hoje às 11:26

ala de reuniões, seu rosto uma máscara de compostura forçada. Ele me viu, congelada na alcova, e seus olhos se arregalaram de surpresa, depois se estreitaram com um lampejo de pânico. S

voz um murmúrio rouco. "O

da de qualquer emoção. Observei seu rosto se contorcer, a cor sumindo de suas bochechas. Sua mandíbula se contra

visceral que surpreendeu até a mim mesma. "Alina, meu bem, eu posso explicar", ele i

que eu penso,

se uma rota de fuga. "Eu... eu sei que parece ruim. Mas a Carla, ela estava s

genuinamente angustiado, tão digno de pena. Por um segundo fugaz, uma pontada do meu antigo afeto se agitou, u

e, minha voz ainda estranhamente calma. "Você inventan

s um pouco de tempo. Eu vou consertar isso, eu juro. Vou falar com a Carla. V

empo? Depois de cinco anos? Depois de cem sabotagens deliberadas? Quanto mais tempo ele poderia pedir? Meu si

a vez, uma mancha escura se espalhando na manga de seu terno caro. Ele havia aceitado sua "punição". Um corte profundo, sangrando livrem

um reflexo, apesar d

ilhando em seus olhos. "Está

dimento médico. Meu cérebro de advogada entrou em ação, distante

Bruno. Um médico limpou e suturou a ferida, aplicando uma vacina antitetânica. Sentei-me em uma cadeira

imas, entrou correndo. Ela usava uma blusa de seda frágil, seu cabelo escuro desgrenhado, como se tivesse acabado de

o em direção a ele, alheia ao aviso do médico.

usando em mim como um dardo venenoso. "Você! Foi vo

ua suposição imediata da minha

e inflexível. "Carla, pare. Isso não tem nada a v

a aberta, lágrimas brotando em seus olhos. A imagem

u estava tão preocupada com você. Você não voltou para casa

asa", ele afirmou, a voz fri

uno, depois para mim, seus olhos cheios de uma mistura de coração partido e ódio puro e adu

a, talvez, por sua angústia óbvia. Mas principalmente, uma clareza arrepia

na, eu juro, ela fica assim às vezes. Ela não quer

, as palavras com gosto de veneno

é. Ela está apenas... com medo. Ela perdeu os pais cedo,

lar", afirmei, não como uma pergunta, mas como um fa

ertar isso, Alina", ele disse, sua voz cheia de uma seriedade desesperada. "Vou man

romessas não cumpridas. Mas era tarde demais. As palavras da minha tia, o nome de Diogo, j

preso. Um homem cuja fraqueza se tornou uma arma contra mim. E eu soube, com uma certeza que se

se, minha voz mal um sussurro, mas qu

m medo cru e primitivo. "O quê? Não! Al

se perdendo na janela, nas luzes da cidade pisca

pela eficiência estéril do hospital. Eu simplesmente me virei e

rnacional do meu escritório. O choque da traição de Bruno foi tão profundo que quase me entorpeceu, permitindo que eu lidasse com a logística com uma calma que eu realmente não senti

ndo de súplicas a desespero. Ignorei todas. Eu es

íaca. "Alina! Ótimas notícias! Meu braço está cicatrizando perfeitamente. E eu tenho uma s

risada amarga escapou dos meus lábios. Ele estava comple

n de luxo de Bruno parou. Carla estava no banco

ha voz plana, enquanto

no rosto. "Ah, ela só queria nos de

us olhos. "Sim, Alina. Estou tão feliz por vocês dois.

fixo na paisagem que passava. Eu nã

agora parecia uma metáfora sinistra.

e. Que diferença fazia? A cegueira era meram

ar estava frio, carregando o leve cheiro de fumaça de cigarro

vam no único feixe de luz que se filtrava por uma janela suja. Uma faixa desbotada, pendurada de

costumávamos fugir das funções de família, onde ele me disse pe

a por mim. "Eu sei que é um pouco rústico, mas e

do, barateado por seu estado

ar nossa música. Um único holofote iluminou uma mesa posta para dois, adornada com rosas

osamente. "Como nos velhos tempos. Alina, meu a

endo rígidos. "É... adorável, Bruno.

ta. Estava tudo errado. Não era uma celebração. Era uma reencenação mal executada de um passado que não exis

iu. "O que é isso? Estas não são as rosas que eu pedi! E a faixa está torta! Quem arrum

as a Sra. Monteiro, sua irmã, ela insistiu em fazer alguns... ajustes.

e estava encostada em uma pilha de caixotes, lixando as unhas casualme

o rosnou. "O

o, seus olhos brilhando maliciosamente. "Você disse que a Ali

a situação. "Alina, me desculpe. Ela semp

s fixos nas tristes rosas murc

itaria de vários andares. No topo, uma noiva e

pando dos meus lábios. O bolo estava adornad

ado?" Bruno perg

voz vazia. "Eu sou extrem

Ele se virou para Carla. "Carla! Você sabia!

rincando em seus lábios. "Ah, eu sabia? Meu erro. Sã

dos seus joguinhos!" Ele marchou em direção a ela, seu ros

a. Ela tropeçou, depois fincou os calcanhares. "Não!

no trovejou. "Não com vo

ando pelo galpão vazio. Eu os segui lenta

problema?" ele exigiu, sua voz tremendo de fúria. "Por que você sempr

que eu te amo, Bruno! Você não vê? Eu só quero que você sej

vras, cruas e desequilibr

me ama! Sempre amou! Lembra de todas aquelas vezes, Bruno? Qua

rla, pare. Você é minha irmã. Minha

ê só se recusa a admitir!" Ela se aproximou, sua voz caindo para um sussurro sedutor. "Você s

. "Carla, pare com isso! E

nfante no rosto. "Por que você sempre me escolheu em vez dela? Por que você aceitou as

avras dela o atingindo com força.

rada. "Porque eu me sentia responsável! Porque eu pensei q

ixos nele. "Que você é fraco demais para escolher?

osto dele. "Me beije, Bruno. Só uma vez.

, cruzou seu rosto. Meu coração martelava contra m

r todas as vezes que me sacrifiquei por você." Ela fez uma pausa, um brilho em seus olhos. "É meu a

aniversário. Ele havia esquecido. Ou talvez,

le se inclinou, um toque leve de seus lábios nos dela. Foi u

ava um curativo, foi para a cintura dela, puxando-a de encontro a ele. O beijo se aprofundou. Tornou-se longo, demorado, uma t

os frágeis fios do meu amor, se romperam com um estalo ensur

iunfo, um sorriso de escárnio brincando em seus lábios. Os olhos de Bruno, no entanto,

Bruno me viu, parada como uma estátua na porta, meu rosto uma máscara em bra

ada, obviamente mentindo. "Eu a mandei embora. Ela não vai mais nos incomodar." Ele

só tivemos uma conversinha. Eu disse à Alina que sentia muito pelo bol

ramente me mostrava. O homem que agora estava mentindo descaradamente, acobertando-a, defendendo-a. Minha v

ndo dos meus lábios. Esta era a minha história de amor. Uma co

saparecido. Meu rosto era uma lousa em branco. Minha voz, qu

cabou. Nós terminamos. E só para você saber, eu aceite

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