mento em que a realidade
icava na sala. Um dia, por curiosidade, eu a observei de longe. Ela tirou da mochila um pão se
eu sentia dela deu lugar a uma pontada de compaixão. Por
ate na minha lancheira. Eu não estava com muita fome. Olhei para Ana, que n
o pote com o bolo. "Minha
desconfiança, o
os" , ela disse, com o nariz em pé. "Meu médico
té para aceitar um pedaço de bolo e
e fez. E não é todo dia que você vai
no bolo. A fome dela era quase palpável.
gistrada. "Só porque você insiste. Não gosto de desperdíci
para o meu lugar, balançand
lado dela todos os dias, era impossível ignorar. Era um odor azedo, de roupa suada e falta de banho, qu
io. Colocava um pouco de perfume no meu pulso e
biologia estava especialmente abafada,
ura exasperação, e
de Deus, você n
A sala inteira não ouviu, mas o garoto da frente se
do é meu perfume novo. É uma fragrância francesa, caríssima. Obviamente, algu
ncrédula. Ela e
suor. Lave suas roupas, tome um banh
cou, a voz embargada, virando o rosto
se instalou entre nós, mais denso que o ar abafado da sala. E eu,