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tora de Fado, vivia uma guerra fria com Hugo Gordon, o meu marido. Éramos o casal
me restava. Desesperada por paz, liguei a Hugo, a implorar por uma trégua. Mas a sua voz fria, seguida pela risada sarcástica da minha melhor
uma gravação para fazê-lo crer que eu era uma caça-fortunas, levado depois à falência a adega da minha família – recusava-se a ver a verdade. Ele exibiu C
pósito de tanto sofrimento. Porque é que eu estava a pagar por uma mentira arquitetada pela minha suposta amiga, e porque ele, que outrora me amava, ago
queria viver os meus últimos dias em paz, mesmo que essa paz fosse uma ilusão. Ele não existiria mais para mim. Para esquecer

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