farsa. Ele se lembrou da proposta de casamento impulsiva de Sofia. Na época, pareceu algo saído de um filme. Uma advogada famosa e um estranho. Ela
o dia. Então, ele fez o impensável. Ligou para Carlos e anunciou sua aposentadoria. Vendeu seu apartamento luxuoso em São Paulo
do o fazia, o tratava com uma polidez distante, como se ele fosse um empregado eficiente, não seu marido. As noites eram solitárias. Eles não dormiam no mesmo quarto. Ela dizi
uando encontrou uma caixa de sapatos escondida no fundo. Curioso, ele a abriu. Dentro, não havia sapatos, mas um santuário. Dezenas de fotos de
iam felizes, jovens e apaixonados. Aquela caixa era a prova. Sofia nã
raco, uma conveniência. Ele aprendeu com as fofocas e com as poucas coisas que a mãe de Sofia, Dona Lúcia, d
vro na cabeceira dela era uma biografia do músico. Uma vez, no aniversário de casamento deles, ele preparou um jantar romântico. Ela chegou tard
. Ela agradeceu educadamente e o guardou em uma gaveta. Semanas depois, ele a viu usan
itava que seu amor e dedicação poderiam, um dia, curá-la daquele fantasma. Ele pensou que, com o tempo, ela o veria. Mas
idas. Seu coração estava morto para ela. Ele não era tão masoquista a pon
ita coisa. Apenas roupas e alguns livros. Tudo o mais naquela casa pert
osto pálido e inchado pela ressaca e pelo
azendo?", ela perg
bora", ele dis
or ontem à noite? Eu bebi demais, eu não sabia
ia uma frieza no olhar dele q
o que estava dizendo. Pela primeira
nfusa. "Honest
lmente não percebe, não é? Você acha que eu estou fazendo as
eu tão normal quanto a imagem dele com um aspirador de pó. Ela não o via como um parc
os era assustadora. Pela primeira vez, Sofia sentiu um pânico real. Aquele ho