inhava sem rumo pelas ruas, o cheiro do crematório ainda impregnado em minhas roupas. Em apenas um ano, enterrei três pessoas. Não, nem mesmo enterre
ra um caso raro, que precisava de tratamentos caros e experimentais. Para pagar as despesas médicas exorbitantes, nossa família vendeu tudo. A casa modesta onde cresci, as
e a cirurgia era arriscada e cara. Vendo o nosso desespero, ela decidiu não ser mais um fardo. Numa manhã, a encontrei na cozinha, um cop
ndo e descendo andaimes sob o sol forte. Em um dia de calor insuportável, ele sofreu uma insolação e caiu do vigésimo oitavo andar. A empres
minha vida. Com a família desestruturada e sem dinheiro, viramos alvos fáceis. Traficantes de pessoas a sequestraram, pensando que poderiam arrancar um
asfalto me tirou do torpor. Um carro esportivo vermelho freou bruscamente, mas tarde demais. A pancada me jogou no chão. A dor na minha perna foi aguda, mas meu primeiro refle
. Em vez disso, o vidro escuro de
inteir
al, lutando pela vida. Ela estava sentada ao volante, perfeitamente maqu
s no banco do pas
de coma e até sua habil
da do banco de
sa armadilha para testar a famí
minha família. Ela tirou um maço de notas da bolsa, notas de cem reais,
a distraído, q
sabe se eles não estão de olho na m
rtir, ela disse uma última frase, que ecoou
ra passar no teste, eu
disparou, desapa
s espalhadas, agora profanadas pelo dinheiro sujo dela. O coma era falso, a doença era uma mentira, o
es, escorrendo pelo meu rosto e pingando no asfalt
ado atrás do carro de Juliana, buzinou levemente. A porta se abriu e um homem de terno caro e sapatos brilhantes
para me ajudar a le
e disse, com uma voz suave, mas com um
me significasse algo. Vendo minha confusão, e
arido
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