as. Ele se moveu em piloto automático, seu corpo um invólucro vazio enquanto sua mente se recusava a aceitar a re
uma sala de metal. Com um movimento mecânico,
Fe
o cabelo escuro e rebelde que ele sempre tentava domar. As mesmas sobrancelhas grossas. O filho que ele tinha ensinado a
o sem vida de seu filho, quebrou a últ
va lá, um nó apertado e ardente que parecia queimar suas entranhas. Ele apoiou as mãos na louça fria, o corpo tremendo incontrolavelmente. Olhou para seu reflexo n
r de um pai que perdeu seu único filho, seu orgulho, seu futuro. Ele socou a parede, uma, duas ve
nis gastos perto da porta, o livro de física aberto sobre a mesa da cozinha, o cheiro fraco do perfume
is sem ver nada, até que uma imagem o fez parar. Era um noticiário local, uma matéria so
fi
que Ricardo nunca tinha visto, joias discretas que brilhavam sob as luzes da reportagem. Ela parecia feliz. Realizada. A imagem durou apenas
que por um momento Ricardo pensou que estava alucinando. Mas não estava. A imagem de
nte e violenta. Era uma traição de uma magnitude que ele não conseguia c
a foto da família. O vidro se estilhaçou no chão, o som ecoando pela casa silenciosa. Ele chutou uma cadeira, que bateu contra a parede
alquer coisa, que fizesse sentido. Talvez uma apólice de seguro, os documentos de Fel
escondida no fundo, debaixo de velhos lençóis. Ele não s
controu o de
cantes. Havia milhares e milhares de reais ali. Depósitos regulares, vultosos, de uma fonte que ele não identificou. E as retiradas... eram ainda mais assustadoras. Pa
que ela usava na frente dele. Ele o ligou. Não tinha senha. A galeria de fotos estava cheia de imag
nas ausente; ela estava vivendo uma vida dupla. O dinheiro que ele e Felipe ganhavam com tanto suor, as horas extras, os fins de semana trab
porque acreditava em uma mentira. Ele morreu trabalh
e pela prova irrefutável da traição de sua esposa. A dor do luto