cos a usando como um escudo humano se repetia em um loop infinito, cada repetição apagando mais um pouco de sua alma. Ela estava deitada na cama, o corpo dolorido, quando ouviu vozes do lado
ma tão crua e fria, foi como um balde de água gelada. Não havia mais espaço para ilusões, nem a menor fresta para a esperança de qu
toque", ela disse, a voz rouca, mas firme. Ele pareceu surpreso, talvez até um pouco ferido pela rejeição. "Sofia...", ele começou, mas ela o interrompeu. "Eu ouvi você. Ouvi o que disse ao médico". O rosto dele ficou pálido. A máscara de preocupação vacilou, revelando o homem calculista por baixo. Por um instante,
io. Lá, ela encontrou as cartas de amor que havia escrito para Daniel, guardadas em uma pequena caixa de madeira. Eram cartas de uma garota ingênua e apaixonada. Com um suspiro, ela pegou a caixa e a levou para a lareira da sala de es
uma pequena alça de metal. Era um alçapão. Ela o abriu, revelando uma escada em espiral que descia para a escuridão. Hesitante, ela desceu. O que encontrou no final da escada a deixou sem ar. Não era um porão ou um depósito. Era uma galeria de arte secreta, e todas as pinturas, sem exceção, eram retratos de Lívia. Havia dezenas delas: Lívia sorrindo, Lívia pensativa, Lívia cavalgando, L
fazendo aqui, querida?", ele perguntou, um tom de suspeita em sua voz. "Nada. Apenas... procurando um livro", ela mentiu, o coração martelando contra as costelas. Ele a observou por um momento, os olhos percorrendo a sala, como se procurasse algo fora do
que ele lhe dera, qualquer coisa que a ligasse àquele primeiro amor tolo. Ela jogou tudo no fogo, assistindo as chamas purificadoras destruírem os vestígios de quem ela
locar o colar em seu pescoço. Sofia recuou. "Não quero", ela disse simplesmente. "Mas, Sofia, custou uma fortuna. É para mostrar o quanto eu me importo". "Eu não quero", ela repetiu, a voz vazia de emoção. Ela olhou pa
longe da atmosfera sufocante da mansão. Ela parou em frente a uma livraria, pensando em entrar, quando um carro de luxo parou bruscamente no m
"Aonde você pensa que vai?", Lívia disse, aproximando-se. "Eu quero conversar com você". O aperto em seu braço er
. Que ideia ridícula. Achar que poderia prender um homem como Daniel com tecnologia. E agora, você acha que pode prender Marcos também? Ele só está com você por pena. E porque eu permito". Cada palavra era um golpe ca