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tal, mas, para mim, ele sempre teve gosto de liberdade. Aquele gosto amargo
funcionava. Eu podia andar quilômetros, mas ele continuava lá - grudado na pele, feito sombra. Não havia mais o que fazer, aquilo já estava i
um mais cansado e apático que o anterior. O olhar de quem não espera nada de você é fácil de reconhecer - era o que eu via toda ve
u já sabia que algo dentro de mim tinha quebrado há muito tempo, mas foi naquela noite que percebi que não hav
fato de que, no fundo, eu era um animal faminto. Eu tinha fome de vida, fome de sangue e de dor. Se eu não er
ão era podre. Ele riu, um som curto, como se já soubesse que ninguém ouviria m
jada, mas afiada o suficiente. Eu nunca fui tola. Nasci em um infe
Senti um alívio doentio, como se, pela primeira vez, tivesse controle sobre a
que eu tinha aberto em sua barriga. Não disse nada. Nem precisava. E
o e paredes sem rosto. Mas, daquela vez, levei comigo mais do que uma mala de roupas velhas. Levei a certeza de que não havia volta. Em mim tamb
um dia sonhou ser amada. Mais uma vez... mesmo depois de tantas coisas
ó restav
xatamente quem er
oava como um lembrete cruel de que o mundo continuava girand
s demais, tão limpas que doíam nos olhos. Pessoas tentavam parecer gentis ali. Sorrisos
e eles conseguem ver através do meu corpo, como se vissem todos os m
sangue nas mãos, mesmo depois de lavá-las m
sante demais para ignorar. Algumas cochichavam meu nome pelos corredores, como se fosse uma lenda urbana. Out
do sentiam, mais segura eu me sentia. Ali era o meu lugar, já que não havia outra saída, eu tin
o teto e me perguntei se um dia teria sido diferente. Se, em algum momento, alguém teri
era sempre
para ser
o abafado do orfanato anterior, com o chão frio sob os pés e o gosto metá
unca fui e não fa
como um monstro... talvez fo
anos
inalmente, havia feito justiça. Mas eu sabia a verdade: justiça não
justificar o meu crime, eu não precisava de
a tentar quebrar meu corpo, ma
rimeira a quebra
terceiro assassinato
nt
tei ca
cicatriz invisível que carregava comigo como uma coleção de ossos. Quatorze corpos. Qu
u sabia que ain
ã fria, enquanto o cheiro de café amargo preenchia meu
ns fingiam que a vida era doce. Uma fuga patética. Eu gostava dali porque ninguém olhava por tempo
e apar
se dar ao luxo de confiar. Meus dedos batiam o ritmo do relógio no tampo de madeira enquanto
o, ele
as demais e respostas de menos. Escuros, atentos, curiosos demais para o próprio bem. P
ha. Não me olhou de imediato, mas eu senti. Aquela sensação inc
rriu. Como se o mundo não fosse uma jaula
. - O que você mais gosta daqui? Há cafeteiras
lha arqueou, q
não está em uma
os, levando o c
parecem mais s
mo uma tentativa barata de puxar assunto. Era quase...
ozinha? - perguntei, deixando a
. Um sorriso peque
ocê mente
m mãos que já seguraram uma arma ou abriram um corte na pele de alguém. El
u nome? - e
mpre mentia. Mas, por algum
ili
iu. Como se não soubesse que, naquele instante, estava conve
e você precisa de um motivo pra tomar
ri.
ia de quem estava
a muralha, não era por acaso. Nada era. O mundo não era gentil. Nun
or um segundo, algo
ito que ele não d
do que veria. Ou talvez fosse apenas porque, pela primeira vez em muito t
eixou um guardanapo dobr
recisa cont
ele não sabia o qu
estav
o suficiente para m