Lívia Marine – Das Ruas às Passarelas

o cobertor fino e se arrastava até o banheiro compartilhado com mais três casas. O espelho rachado sobre a pia era sua primeira plateia do dia. Nele, a menina de doze anos tentava imaginar-se dife

o, quando ela ainda tinha dois anos. A mãe, apesar da vida dura, fazia de tudo para que a filha não sentisse o peso da pobreza. Era gu

afé preto e dividir um pão amanhecido en

tua luz. Mesmo quando o mundo for es

buracos na calçada e das poças de água da última chuva. O trajeto até a escola pública demorava quase uma hora, e era nesse tempo qu

m de suas roupas simples, de sua mochila remendada e, principalmente, da sua mania de falar sobre

osto que a passarela dela é a c

r o momento em que poderia voltar para casa e mergulhar nas revistas de moda antigas que a vizinha lhe d

Lívia... menina, tu

aimento, a copiar modelos com os olhos. Juntas, improvisaram uma "passarela" no quintal de terra b

udo ao redor parecia querer pará-la. Cada risada debochada, cada olhar de desprezo, cada vez que ou

rever redações e criar histórias que sempre envolviam personagens que se transformav

com imagens de modelos e recortes de tecidos. Falou sobre estilo, expressão e beleza com ta

eguir carreira na moda? - pe

o sei se isso é pra mim. Eu não tenh

orriu, estende

curso gratuito de passarela e expressão corp

bilhete dourado para outro mundo. Q

ir, mais duas pra volta

hos da filha br

caminho, filha, entã

mprovisadas e uma vontade gigante de vencer, L

sformações. Ali, entre espelhos, instrutores exigentes e outras meninas tão determin

se abrir - e ela estava pronta para camin