FA
re o que poderia acontecer se eu simplesmente me entregasse ao momento e deixasse as barreiras caírem. No entanto, a racionalidade tentava manter o controle, e eu continuava a rir e trocar brincadeiras. Mas meu inconsciente persistia em me trair com pensamentos ardentes, intensificando a dualidade entre o que eu expressava e o que verdadeiramente pulsava dentro de mim. À medida que a noite avançava, as palavras e gestos tornavam-se mais carregados de significado. Cada troca de olhar casual parecia ter um peso maior. Eu me perguntava se
moso? — Ana indagou, sua curio
a; o único detalhe que sei é que o nome dele é Gael! —
de você, e você também não desvia o o
pressão sua! — Tentei desconversar, fi
ura intrigante para o encontro casual. Ao longo da noite, percebi os olhares furtivos trocados entre Gael e eu, alimentando uma conexão que eu tentava negar. A bebida em nossas mãos tornou-se uma espécie de elixir, aguçando a atmosfera carregada de flertes. Ana, observadora como sempre,
*
da passo que ele dava aumentava a tensão no ar, e meu coração batia descompassadamente. Pude sentir a energia eletricamente carregada entre nós. O silêncio ao nosso redor era quase palpável, quebrado apenas pelo som suave dos passos dele e pela minha respiração nervosa. Foi quando seu rosto finalmente se aproximou ao ponto de nossos narizes quase se tocarem, criando uma proximidade que desafiava a lógica. Seu hálito fresco de menta envolveu-me, fazendo-me experimentar uma mistura de nervosismo e excitação. A sensação de que deveria fugir persistia, mas uma atração inexplicável me mantinha ali, imóvel. Seu olhar parecia sussurrar segredos que eu ansiava por descobrir, enquanto a tensão entre nós crescia. Foi um momento em que o tempo pareceu congelar, e o universo conspirou para nos unir naquele instante, criando uma atmosfera carregada de expectativa e mistério. Continuamos nos encarando intensamente. Por um breve momento, desviei meus olhos dos dele e fixei o olhar em sua boca. Nesse instante, ele mordeu levemente o lábio inferior e deslizou o polegar sobre meus lábios. Um arrepio percorreu minha espinha, meu coração palpitava forte, como se quisesse escapar do peito. Fui transportada para um mundo mágico, observando seus dentes perfeitos morderem aquele lábio sedutor. Minha diva interior dançava uma valsa, enquanto eu testemunhava aquela cena magnífica. Era como se o tempo tivesse congelado naquele instante, e cada detalhe daquele gesto tornou-se uma lembrança eternizada em minha mente. A suavidade do toque do polegar, a textura delicada de seus lábios e a intensidade do olhar que trocamos criaram uma atmosfera carregada de eletricidade. O ambiente ao nosso redor desapareceu, e éramos apenas nós dois, envolvidos nessa dança silenciosa de atração. Cada respiração
or encontrar uma bebida era irresistível, e acabei dirigindo-me à cozinha com a intenção de pegar uma. Ao atravessar a porta, dep
tempo que não te vejo! — Disse ele, visivelme
pensei que você não se importaria — expliquei, completamente sem jeito. “Com certeza sou a p
minha casa! Sinta-se à vontade! — A educação excessiv
Peguei a bebida e, ao me retirar da cozinha, escutei
a ferver. Era como se um balde de água fervente tivesse sido despejado sobre mim. A vergonha consumia-me, mas eu não pretendia entrar no jogo dele. Não obstante, “Ele não vai con
nta, Bruno! — Rosnei entre dentes, tentando recom
lar minha confiança. Enquanto caminhava pela sala, pude sentir os olhares curiosos sobre mim, mas mantive a cabeça erguida. Encontrando um grupo de conhecidos, juntei-me a eles, tentando deixar para trás o incidente desagradável. No entanto, a sensação de vexame persistia, e eu sabia que teria que lidar com as consequências desse episódio inesperado. A festa continuava ao meu redor, mas a atmosfera havia mudado. As
a gestos obscenos com seus braços e quadris, tentando ser engraçado. Não me surpreendi com tamanha ignorância e falta de respeito vi
eu despejei a bebida, como se estivesse me libertando de todas as humilhações passadas. O olhar chocado dele enquanto a bebida escorria por sua roupa era quase reconfortante. Sentia-me justificadamente impulsiva, uma rebelião necessária contra a toxicidade que permeou a relação que tivemos. O silêncio tenso que se seguiu era uma pausa necessária para ambos absorvermos a magnitude do que acabara de acontecer. A partir daquele momento, a dinâmica da nossa conversa m
te matar, Rafae
e você desejava ir para a cama comigo, não é mesmo? — No final, perdi toda a co
ia deixado marcas profundas em nossa relação. O silêncio subsequente era pesado, carregado com a compreensão de que as feridas verbais eram tão penetrantes quanto as físicas. Pareceu que eu fiquei uma eternidade encarando-o. Ele não esperava por uma reação como aquela, vinda de mim; na verdade, nem eu mesma esperava. Observava seu rosto ficando vermelho de raiva, e isso me proporcionou uma satisfação enorme. Sentindo alguém pegar meu braço e me puxar, olhei para o lado e vi Ana. Desesperadamente, ela tentou me tirar da cozinha. Segui com ela para fora da casa; definitivamente, eu precisava ir embora daquele lugar. Aquela festa já havia dado o que tinha que dar. Ana me encarou, seus olhos estavam arregalados. O ambiente fo