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bra de anjos. Seus olhos, grandes e cintilantes, reluziam qual pedras preciosas – esmeraldas emolduradas por longos cílios negros que os tornavam ainda mais profundos. Sua pele alva, tão alva quanto a mais fina porcelana, tinha um leve rubor nas faces, como se houvesse sido beijada pela aurora. Os lábios, fartos e primorosamente delineados, eram de um vermelh
ecia leve em seus dedos longos e esguios. As páginas, levemente amareladas, eram delicadamente folheadas enquanto ela lia com atenção. Sua expressão
ois diante de mim se encontrava, sem dúvida, um an
r... Encontro-m
ostes encontrado ferido, à deriva, e e
tivesse falando de algo distante e sereno. Olhei para ela, confu
e perecido... confu
e iluminasse. Sua expressão me pegou de surpresa, e senti minhas bochechas
u apenas Anne Wall. Nada
to corando ligeiramente. Eu não pude d
a mulher de grande coração. Eu sou Hen
ncia, com uma graça que só
é meu, mons
e o desconforto desapareceram. Eu não sabia o que o destino me reservava, ma
, com a intenção de buscar meu repasto. Meus pensamentos se tornam entã
uzido até ela, uma jovem tão gentil, tão p
nto em que ela retorna, trazendo consigo uma grande bandeja
saborear o prato, o silêncio que se segue é quebrado apenas pelo som suave de talheres tocando o prato
ada, o calor do caldo se espalhando pelo meu corpo cansado. - Nunca provei alg
e colhi ontem. Não sei se o senhor gosta, mas costumo usar um pouco de tomilho. - el
to enquanto eu me concentro na comida, mas logo volto a falar, tentando puxar conversa. - A senhorita sabe, o que mais me impressiona é que, apesar de tudo, o prato tem um toque... quase como se tivesse sido p
ente, visivelme
orma de carinho. Cada prato carrega algo de mim. - ela diz com um brilho suave nos olhos, o que m
- comento, mais pensativo. - De fato, algo tão simples quanto uma sopa po
mento é visível. Então, olho para a bandeja, onde
ando um pedaço macio e o levando à boca. O sabor fresco e a t
es, mas sempre me lembram de tempos felizes. O pão é como um abraço
nção. - Lembrei-me de minha mãe enquanto saboreava o pão. Ela também co
s dela. - Anne responde, com a voz mais suave,
te tal de Éclair. - sorrio, levantando o doce para
eparo para dar a primeira mordida. Ao sentir o sabor doce e suave
ando cada pedaço com prazer. - É, sem dúvida, a melhor sobremesa que já provei. A textur
gio, e o brilho em seus olhos é como o de um
e é a parte mais importante de qualquer refeição. O que é o fim da jor
rca na alma. - respondo, sorrindo com ela, sentindo que as palavr
o devoro o Éclair e o calor da refeição
as receitas parecem ter vindo de uma época distante, com uma
arecia mais... real. - responde Anne, e seus olhos se perdem por um momento, como se estivesse revivendo a memória de tempos passados. - Aprendi com ela que cozinhar é
cozinham para sustentar seus corpos, mas poucas cozinham com o coraç
faço. Quando alguém saboreia uma refeição e sente que ela não é só comida, mas uma experiê
air, a sensação de bem-estar preenchendo meu ser, e c
compaixão e habilidade, tens o poder de fazer um homem sentir-se em casa, mesmo nas mais
mente, seus olh
la seja acompanhada de momentos de alívio e carinho, ao menos por um tempo.
nós, e o som da refeição compartilhada parec
ita, que me chamei
altiva, hesitou a
seria próprio tratá-lo assim, Mounsieur... – começo
sse, ergui minha mã
ermos a sós, q
ma mistura de surpresa e indecisão. Então, respirou
s, chamai-me apenas Anne,
lor estranho me tomando ao ouvir meu no
os e graciosos, tão silenciosos quanto a brisa da noite. Foi quan
grisalhos, bem penteados, sugeriam autoridade e experiência. Vestia-se com a sobriedade d
tudo em ordem? - indagou ele,
no respeitoso e voltou a
os olhos sobre mim, est
eio-me Oliver Wall. – disse,
radeço profundamente por vossa hospitalidade. – repliquei, apertando sua
me a meus aposentos, meu pai. Se de algo precisardes, lá estarei. Estimo-vos uma boa noite. – di
eveis estar fatigado após vossa provação no mar, mas preciso vos i
nstante, mas man
enhor. Estou
o acaso ou obra
um golpe. Meu rosto permaneceu inalterado, mas dentro de m
rugia com fúria. Um navio surgiu no horizonte, uma sombra
u-se para fren
guíssemos avistá-los plenamente. A tripulação correu em desespero, gritos ecoavam pe
ia do navio? Nenhuma marca que
cabeça, fin
ação antes que pudesse ser vista. O segundo tiro atingiu nosso mastro principal, e logo
oderia ser atribuída ao trauma. Oliver me fitou por um lo
é uma de muitas. Levarei tais informações ao Palácio. Se vos recordardes de al
m, s
ia cada vez mais incomodado pela quietude da conversa e pela cre
ser de alguma utilidade em mais alguma questão, por mais pequena que seja.
aliando-me com os olhos penetrantes de um homem que raramente se deixa enganar. S
ção sobre o naufrágio já foi dada, e os corsários... Bem, nossa guarda está em alerta. Mas... – Ele hesitou por um in
les, mas que, naquele instante, parecia carregar um peso imenso. A dor física, o caos, a destruição
ortes sem pestanejar, agora me via diante de um campo desco
embora severa, é algo que deixei para trás nas águas turvas. No entanto, confesso que o mar ... – Fiz uma p
ntasse entender o que estava por trás de meu olhar. Não consegui ocultar por complet
vés de pressionar, falou com um tom mais suav
ue atravessam o mar nunca mais voltam a ser os mesmos. – Ele me fitou por um momento, com um olhar que demonstrava uma compr
esto mecânico, como se tentar reconhecer a sinceri
ndioso baile de noivado de minha filha, e vós sois o nosso convidado de honra. Para vosso
or Wall. Será uma honra partil
posento, eu fiquei ali, so
o parecia maior do que nunca. Recostei-me na cabeceira do leit
pior é que eu não sei se consigo deixar essas marcas para trás. Tudo o que faço é seguir em frente, mas a verdade é que, cada ve
e de meus pensamentos, enquanto a vela
entiroso m
re vítima, não darei outro passo além dos portões de Marsel
como ela reagirá ao ver
o desvelo que ela tem por mim se desfa