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elaram os acordos deste matrimônio, não nos vimos novamente. Embora a ocasião fosse digna de celebração, meu coração encontrava-se dividido
fiel criada e companheira de longas conversas, na preparação de um doce de leite para a s
tração preciosa, uma forma de escapar das preocupações, ainda m
a, e logo vi Liam, nosso mordomo de maneiras impecáveis, caminhar para atender o visitante. Não demor
s por um mensageiro do Palácio. - Disse Liam, es
r o leve tremor de minhas mãos. - Com vossa licenç
com o brasão real ... Tudo nele exalava um ar de solenidade. Meu coração batia acelerado, como se antecipasse algo importante. Já na bibliotec
alavras cuidadosamente escritas, com uma caligraf
nhorita A
o chá. Não tencionava, de forma alguma, parecer descortês e
o pelos jardins do Palácio na data de hoje, ao soar da quinta hora vesp
evada
Fillipe
pressão estranha que o Príncipe me causara. No entanto, o convite parecia sincero, e algo em suas palavras me fez h
passos ligeiros. Sabia que deveria me preparar com cuidado, afinal, aquele seria meu primeir
um vestido rosa de tom suave, feito de um tecido leve e fluido, adornado com mangas de tule delicadamente trabalhadas e uma sa
je. Escolhi um arranjo de pérolas para o cabelo, cujas gemas brilhavam como gotas de orvalho ao
e no pescoço, um aroma sutil, mas inesquecível. Observando-me no espelho, aj
u rosto iluminou-se com um sorriso de orgulho. Seus olhos brilharam com ternura enquanto
- disse ela com a voz doce e serena que sempre aquecia meu co
lhe um sorriso, embora nervoso. Meu coraçã
rcebeu minha inquietação e, em um gesto de sensibilidade, optou por não falar mais. Sua presença, silenciosa e acolhedora, foi exatamente o
ao nosso encontro, saudando-nos com uma reverência antes de conduzir-nos à sala das damas. A mesma sala onde, dias antes, eu havia tomado chá com o Príncipe pela primeira
companhado de sua mãe, a Rainha. Ambos caminhavam com a postura ereta e a elegância que parecia
m uníssono, inclinando
rriso afável, cumpr
o ela continuava: - Senhora Wall, ficarei aqui convosco enquanto os jovens passeiam pelos
vras da Rainha. O Príncipe, por sua vez, aproximou-se e, em um gesto co
horita Anne. - Disse ele com um tom que misturava fo
ao meu rosto, mas logo aceitei o gesto, repousando minha mão sobre a dele. Seus movimentos eram firmes e seguros, enquanto ele me guiava p
Quando finalmente saímos ao ar livre, fomos recebidos pelo perfume adocicado das flores e pelo canto suave dos pássaros. Os jardins eram um espetáculo à parte: fileira
iava as flores ao redor, espalhando um perfume adocicado que parecia tornar o momento ainda mais íntimo. O Príncipe caminhava ao meu lado com uma postu
Por minha vez, não pude evitar notar sua atitude atenta e, claro, sua aparência. O Príncipe Fillipe era, sem dúvida, um homem muito bonito, digno das histórias que se sussurravam pe
o de um dia perfeito, capazes de capturar e prender qualquer olhar. O rosto, bem desenhado, com traços que pareciam esculpidos com perfeição, era complementa
vel não me sentir um pouco vulnerável sob aquele olhar analítico e, ao mesmo tempo, tão fascinante. Tentei manter o foco
sse tentando entender mais sobre a pessoa que compartilharia sua vida. E naquele momento, entre a belez
que até então parecia quase sagrado. Sua voz era grave e serena, co
u ele, virando o rosto para mim com um leve sorriso, que suavizava os traços d
a voz tinha algo hipnotizante, como se cada palavra fosse escolhida com cuidado.
a meu coração parecesse bater um pouco mais rápido. - O jardim é .
contemplativo, como se pensasse em algo que queria dizer, mas ainda buscasse as palavras. Fina
a, olhando de soslaio para mim antes de continuar. - Conhecer-vos, digo. C
ade em sua expressão, uma abertura que não combinava com a figura impecável que el
esperar deste encontro... mas devo admitir que
esperado à conversa. Era como se, por um instante, ele tivesse deixad
um pouco os ombros. - Espero que este seja apenas o p
em Fillipe do que o Príncipe perfeito que todos viam. E enquanto continuávamos a caminhar, senti que aquela
minha expressão. Queria que ele soubesse que eu estava prestando atenção, então o encarei diretamente. Ele continuou: - Me descu
ovimento de cabeça, rec
sentar no banco de madeira esculpida. Assim que me acomodei, ele tomou lugar ao meu lado, ainda mantendo uma expressão séria, mas introspectiva. O P
seja o momento mais apropriado para isso.
eus olhos, tão normalmente controlados, mostravam um brilho de
quiser. - respondi, tentando encorajá-lo,
Desde que soube desse casamento, tenho carregado um peso que não pude dividir com ninguém. Aceitei esse acordo por pressão de minha mãe
e se virava para me encarar diretamente. Suas palavra
- respondi, com a vo
talvez o que direi não seja do vosso agra
ervosa. - Gostaria de expressar minha gratidão pelo honrado convite para o passeio desta tarde. Enxerguei nesta ocasião uma
ndê-lo, mas ele sorriu ligeirame
r com franqueza um ao outro. Espero, com sinceridade, que tal honestidade se
de silêncio, ele
hos me fitavam com intensidade - a primeira coisa que desejo vos dizer sobre nosso matri
a mistura de confusão e curiosidade. Inclinei-me ligeir
de negócios
mo se ponderasse o peso de sua
recompensado com o título de Lorde Comandante da Guarda Real, posição de grande prestígio, garantindo-lhe um assento no Pequeno Conselho
parecia ecoar no pequeno gazebo. Ele pausou por um
, Sua Majestade, decidiu renunciar ao trono, o que
des que ainda não compreendia por completo. Não obstante, a natureza transacional de nosso matrimônio, ainda que clara, deixava-me inquieta. Ele f
– disse ele, com a voz grave e baixa, como se as palavras fossem lâminas cortando sua alma. – Tratar-vos-ei com todo
uma sensação que mal podia n
e não, nob
que pareciam ser lágrimas prestes a cair. A re
ão... Meu coração