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Encontrei a felicidade de um jeito inesperado

Encontrei a felicidade de um jeito inesperado

5.0
578 Capítulo
11.1M Leituras
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Sinopse

Índice

Foi um grande dia para Camila. Ela estava ansiosa para se casar com seu belo marido. Infelizmente, ele não compareceu à cerimônia. Assim, ela se tornou motivo de chacota aos olhos dos convidados. Num acesso de raiva, ela saiu com um estranho naquela noite. Ela pensava que era só um caso de uma noite. Mas para sua surpresa, o homem se recusou a deixá-la ir. Ele tentou conquistar seu coração, como se a amasse profundamente. Camila não sabia o que fazer. Ela deveria dar uma chance a ele? Ou apenas ignorá-lo?

Protagonista:

Camila Haynes e Isaac Johnston

Capítulo 1 O ato de maior rebeldia

Na sala de plantão do hospital, Camila Haynes vestia o seu uniforme de médica. Embora aquela fosse a sua noite de núpcias, mas quando uma colega lhe pediu para trabalhar no turno da noite, ela se dirigiu ao hospital sem qualquer hesitação.

Observando o próprio reflexo no espelho, Camila endireitou o seu jaleco e esboçou um sorriso amargo. De qualquer maneira, ninguém se importava mesmo em saber para onde ela tinha ido.

Subitamente, a porta foi violentamente arrombada pelo lado de fora, batendo com um estrondo contra a parede. Antes que pudesse erguer o olhar para ver o que estava acontecendo, ela ouviu o clique do interruptor de luz, e toda a sala ficou imediatamente escura como breu.

Apavorada, Camila estremeceu e sentiu um calafrio que a deixou de cabelo em pé. "Quem está...", mas antes que pudesse dizer qualquer outra palavra, ela foi repentinamente empurrada sobre a mesa. Com isso, os objetos que estavam em cima do móvel caíram ruidosamente no chão.

Sentindo o contato frio de uma lâmina afiada sendo pressionada contra o seu pescoço, Camila ouviu uma voz dizer num tom firme: "Quieta!"

Seus olhos se ajustaram gradualmente à escuridão, de onde ela mal conseguia distinguir o rosto do homem, embora seus olhos se destacassem. Mesmo na obscuridade, era possível perceber que eram argutos e frios.

Foi então que o odor metálico de sangue invadiu as suas narinas. Ela se deu conta instantaneamente de que aquele homem estava gravemente ferido.

Talvez em consequência da sua formação como médica, ela estava bastante habituada a permanecer calma e equilibrada mesmo em situações extremamente assustadoras e estressantes como aquela. Camila então ergueu a perna sutilmente com a intenção de chutar o homem, mas o seu movimento foi imediatamente percebido por ele, que pressionou a sua perna inquieta com força para baixo.

"Eu vi ele correndo nesta direção!", uma voz soou à distância.

Camila então ouviu o som de passos apressados se aproximando deles. Parecia que eles iriam irromper porta adentro a qualquer momento agora.

Em um instante de desespero, o homem inclinou a cabeça subitamente e pressionou os seus lábios contra os de Camila. Com os olhos arregalados pela incredulidade, ela lutou para se livrar do intenso beijo, empurrando o homem para longe. Felizmente, ele não a feriu com a faca afiada que empunhava.

Como em uma espécie de transe, Camila tocou os lábios, incapaz de compreender o que havia acabado de acontecer. Só então, ela ouviu o som da maçaneta sendo girada e, em uma decisão absolutamente inusitada, cerrou os dentes, passando os braços em volta do pescoço do homem. Sem qualquer hesitação, ela ergueu a cabeça e o beijou.

Sua voz estava trêmula quando ela sussurrou: "Posso te ajudar..."

O homem engoliu em seco audivelmente, se movendo para mais perto no instante seguinte. Camila pôde sentir o hálito quente dele junto à sua orelha quando ele se pronunciou em uma voz baixa e sexy: "Vou assumir a responsabilidade por isso."

Mas aparentemente ele a tinha interpretado mal. Afinal, Camila pretendia apenas fingir nesta situação. No momento em que a porta foi aberta, ela gemeu o mais alto que pôde, procurando imitar os sons que tinha ouvido assistindo a cenas de sexo em vídeos.

Por um segundo, o homem ficou completamente atordoado. Ela era extremamente fascinante e sedutora.

As pessoas paradas na porta também ficaram estupefatas ao ouvirem os seus gemidos. "Que porra é essa? Tem um casal simplesmente transando aqui dentro! Jamais poderia imaginar que eles teriam coragem de fazer isso em um hospital."

A porta então foi um pouco mais aberta, fazendo com que a luz que vinha do corredor iluminasse o corpo de Camila. Movendo rapidamente o seu corpo, o homem tentou bloquear a visão daqueles olhos curiosos. Em meio à penumbra, as pessoas do lado de fora podiam apenas vislumbrar que os dois estavam se abraçando e se beijando ali.

"Definitivamente não é o Isaac. Ele está gravemente ferido, e por mais sexy que essa garota seja, ele não teria forças para fazer isso."

"Certo, mas você tem que admitir que a garota é muito boa em fazer sons de sacanagem."

"Cale a boca e se mexa! Se não conseguirmos encontrar o Isaac, estamos ferrados!"

Segundos depois, o som de passos foi gradualmente se afastando. Embora soubesse que os seus agressores haviam partido, o homem se deu conta de que não conseguia se afastar da mulher. Ele passou a língua pelos lábios, a lascívia turvando completamente a sua razão.

Com a crise aparentemente solucionada agora, Camila tentou afastar o homem. Mas no instante em que as palmas das suas mãos pressionaram o peito dele, ela subitamente pensou em seu casamento.

Não apenas isso, mas toda a sua vida vinha sendo controlada por terceiros. Seu pai, um homem completamente governado pela própria ganância, a tinha forçado a se casar com alguém da família Johnston. O avô dela costumava ser o motorista de Robin Johnston, o patriarca daquela família. Por obra do destino, ele havia morrido salvando a vida de Robin em um terrível acidente.

A pequena empresa administrada pela sua família havia acumulado enormes dívidas que a tinham colocado perigosamente à beira da falência. Com isso, o seu astuto pai sabia que, se pedisse dinheiro para a família Johnston, o favor que eles lhe deviam estaria pago. Foi assim que ele elaborou um plano cruel para induzir a sua filha a se casar com Isaac Johnston, neto de Robin. Dessa forma, a sua família finalmente poderia estabelecer uma conexão mais sólida com a poderosa família Johnston — uma ligação selada por um casamento. Além disso, inevitavelmente a riqueza daquela família iria lhes proporcionar inúmeros benefícios no futuro, e uma recusa por parte dos seus membros era algo impossível, já que significaria o risco de perderem a reputação, de uma forma ou de outra.

Extremamente insatisfeito com aquele casamento arranjado, Isaac havia pedido que a sua nova noiva jamais contasse para ninguém que era a sua esposa, solicitando também que ela mantivesse o seu nome de solteira. O problema era que, em meio a tudo isso, ninguém havia perguntado para Camila qual era o seu real desejo.

E para piorar ainda mais a situação, o seu noivo não deu as caras durante o banquete, embora não houvesse a presença de convidados por parte de nenhuma das duas famílias. Deixada sozinha no banquete do seu próprio casamento, Camila tinha o rosto lívido como um lençol. Isso a fez se sentir profundamente humilhada! Ela se recusava a aceitar!

Talvez fosse por causa da tensão na atmosfera, mas naquele momento, toda a sua rebeldia reprimida subitamente veio à tona. Completamente controlada por terceiros, a sua vida mal valia a pena de ser vivida. Assim, ela decidiu que iria resistir ao seu destino, assumindo as rédeas à sua maneira!

Foi dessa forma que, sem muita resistência, Camila entregou a sua primeira vez para aquele desconhecido. Depois de terminado o ato, o homem beijou gentilmente a sua bochecha e disse em uma voz baixa e rouca: "Vou voltar para buscar você", depois disso ele saiu apressadamente.

Camila ainda permaneceu um bom tempo sem conseguir se levantar. A intensidade com que aquele homem a tinha possuído havia deixado a sua virilha em chamas e ardendo de dor.

Subitamente, o silêncio foi quebrado pelo toque do seu telefone. Estendendo a mão, ela o pegou para atender a chamada. Do outro lado da linha, uma voz ansiosa se pronunciou imediatamente: "Emergência, doutora Griffith! Venha imediatamente para cá, por favor!"

Ajustando a voz, Camila respondeu calmamente: "Está bem, daqui a pouco estarei aí."

Depois de desligar, ela permaneceu observando o telefone com o olhar perdido. A visão das suas roupas desalinhadas e a sensação pegajosa entre as pernas lhe diziam que aquilo não tinha sido um sonho. Tudo realmente havia acontecido. Ela tinha feito sexo com um desconhecido em sua noite de núpcias. Aquele havia sido o ato de maior rebeldia em toda a sua vida!

Mas Camila não tinha tempo para pensar nisso agora. Havia um paciente à sua espera. Cerrando os dentes, ela se vestiu rapidamente e correu para o centro de emergência.

Durante o restante da noite, ela permaneceu ocupada, até que finalmente retornou à sala de plantão, descobrindo que o local continuava uma completa bagunça.

Um tanto aflita, ela não pôde deixar de correr os dedos pelos cabelos emaranhados ao se lembrar do que havia acontecido ali algumas horas antes.

"Obrigada por ter assumido o meu turno, doutora Haynes", com um sorriso grato no rosto, a colega de Camila, Debora Griffith, entrou subitamente.

Forçando um sorriso para ela, Camila respondeu prontamente: "De nada."

"Posso assumir a partir de agora. Você deveria ir para casa e descansar um pouco", só então Debora notou a bagunça na sala. Com as sobrancelhas arqueadas, ela perguntou incrédula: "O que houve aqui?"

Virando a cabeça para ocultar o pânico em seus olhos, Camila respondeu: "Derrubei as coisas da mesa acidentalmente mais cedo. Bem, de qualquer forma, já que você está aqui, vou para casa agora."

Debora sentiu que Camila parecia um tanto estranha, mas não se importou. Dando de ombros, ela se abaixou para começar a recolher aleatoriamente os objetos no chão.

Assim que Camila deixou o local, o diretor do hospital surgiu na porta acompanhado pelo assistente de Isaac, Willie Calderon.

"Ela é Debora Griffith, a médica que estava de plantão na noite passada", o diretor disse.

Entrando na sala, Willie passou os olhos pela placa no jaleco de Debora com o seu nome. "Venha comigo, senhora, por favor."

Confusa, Debora ergueu os olhos. "Para onde estamos indo?"

"Você logo irá saber. Apenas nos acompanhe", Willie respondeu inexpressivamente. O diretor do hospital, por sua vez, não gostou muito da hesitação dela. Ele a puxou em um movimento brusco e sussurrou: "Não deixe o senhor Johnston esperando."

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