Sofia De Santis
Talvez eu estivesse atraída pela sensualidade de seu corpo ou pela forma como suas covinhas no rosto se formavam quando ele sorria para mim. Era como se o pecado em pessoa estivesse diante de mim, algo que eu abominava, mas que, estranhamente, me envolvia. O desejo me queimava de dentro para fora, uma contradição entre o que eu sabia ser correto e a intensa atração que sentia. Eu me questionava como algo tão proibido poderia despertar tanto em mim. Era como se uma batalha interna estivesse acontecendo, entre a minha moralidade e a tentação irresistível.
- Eu perco completamente o sentido quando você sorri assim para mim, Sofia! - confessou, com os olhos fixos em mim - deixe-me me aproximar, preciso te analisar mais de perto.
Acenando com a cabeça, eu afirmei. Seu rosto era esculpido como uma obra de arte, com traços simétricos e viris. Os olhos, profundos e intensos, pareciam guardar segredos insondáveis. Sobrancelhas marcantes enquadravam aqueles olhos hipnotizantes, enquanto seus cílios longos e espessos conferiam um toque de mistério ao seu olhar penetrante.Sua postura era impecável, com ombros largos e uma altura impressionante que o destacava em qualquer ambiente. Seu porte atlético era realçado pela maneira confiante como se movia, deixando claro que ele estava em sintonia com seu próprio corpo.
Com passos lentos e firmes, ele se aproximou de mim, me deixando trêmula e ansiosa, na mesma intensidade que eu ansiava pelo toque daquele homem em mim. Sua mão grande e firme tocou meu rosto, enviando uma onda de calor pelo meu corpo, me fazendo fechar os olhos imediatamente.
- Quero que olhe para mim, princesa - disse em um tom autoritário, com o indicador ele levantou meu queixo para eu o olhasse nos olhos - você acha errado o que estamos fazendo?
- Totalmente! - afirmei trêmula.
- Então porque ainda continuamos aqui? - seu hálito quente soprava em meu rosto, enquanto sua mão ainda estava em mim - me responda!
- Eu não sei... - tentei desviar o olhar, mas ele arqueou mais ainda minha cabeça para o encarar - me diz você, mesmo tão errado, porque parece que estou fazendo o certo?
- Por que você gosta disso - afirmou - o proibido te atrai. Devo confessar que amo que você goste, e não importa o quão errado e proibido seja, estamos aqui, nós dois. Não podemos mentir, Sofia... - seus lábios se aproximou dos meus, com poucos centímetros separando ambos, ele sussurrou - sei que me quer, tanto quanto eu te quero. E negar isso seria inútil.