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,The Rainbow

,The Rainbow

5.0
6 Capítulo
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Sinopse

Índice

A história acompanha a vida de Eric, um adolescente de 17 anos que sofre com os efeitos da sua sexualidade na escola e na família, mas vê sua vida mudar quando conhece um excêntrico grupo de amigos em uma noite paulistana e se apaixona por Henrique Mello, um promíscuo e bem sucedido publicitário, que foge de relacionamentos sérios e vive cercado de seus três amigos: Eduardo, seu melhor amigo do ensino médio, viciado em filmes de terror. Rogério, um escandaloso e afeminado cabeleireiro. E Marcelo, um advogado solteiro e dependente de pornografia. Eric passa a integrar o grupo e vivencia de perto situações de homofobia, abuso de substâncias, sexo casual, bebidas, baladas agitadas e muito glamour ao mesmo tempo em que procura se reestruturar com a família e superar o amor não correspondido de Henrique.

Capítulo 1 O início de tudo

Vestido com um jeans escuro apertado e uma regata justa, Eric termina de secar os cabelos loiros e finaliza com um topete extremamente alto, que favorece a visão do seu rosto juvenil e ainda sem rugas. Passa o lip tint vermelho na boca da marca da influenciadora digital que tanto gosta e esfrega os lábios para que fiquem mais rosados e chamem mais atenção, mas não atenção o suficiente para que seus pais notem, afinal, isso poderia levar suspeitas de que ele não iria dormir na casa da Monica, conforme havia falado.

Colocou a carteira no bolso traseiro e passou perfume, agarrou um tablete de Trident e enfiou no bolso dianteiro, calçando em seguida o vans preto. Estava ansioso pela descoberta da noite paulistana e sentia que esta seria diferente... como seus pais sempre foram bastante controladores, nunca havia aproveitado uma noite sozinho, e ainda mais em alguma balada gay, que tanto sonhou em frequentar. Essa era a noite! Não sabia direito em que balada entraria, mas tinha ouvido falar sobre uma rua de bares e boates bastante frequentada por homens e mulheres gays, era noite de arriscar. Pediu o UBER e desceu as escadas rapidamente, passando por seus pais que estavam sentados na sala assistindo à novela e se despedindo rapidamente, para que não desse tempo que reparassem nas suas roupas apertadas.

O banheiro da balada estava lotado de homens, e Henrique Mello estava dividindo um box com Eduardo, seu melhor amigo desde a adolescência. Henrique é o típico arquétipo que chama a atenção de homens e mulheres por onde passa. Alto, aos 29 anos, esbanja porte de atleta e peitoral definido, possui feições irônicas e um cabelo preto extremamente liso e modelado em um penteado moderno, fazendo com que fios escapem pela sua testa e lhe garanta um olhar misterioso.

- "Vai com calma, Edu. Esse é um pouco mais forte. É puro, da boa". Orientava Henrique ao amigo, enquanto encaixava um canudo no nariz e aspirava com força a cocaína que estava espalhada em cima da tela do celular, apoiada em suas mãos.

- "O cheiro está bom. Quem diria... nós dois ficando 'colocadas' na balada outra vez". Eduardo aspirou também o pó branco e os dois se olharam, trocaram um selinho rápido enquanto se abraçavam. Henrique deu uma risada alta e soltou o amigo:

- "Vamos... vamos sair do banheiro. Vamos para pistar.... Hoje eu quero foder".

Eles saíram do box e notaram a fila de homens esperando para usar o box, Henrique sabia que não seriam julgados por estarem juntos, pois todos os outros homens provavelmente estavam esperando para fazerem a mesma coisa que ele. Sentiu o efeito da droga sendo absorvida e foi tomado pela eletricidade do efeito, lavou as mãos rapidamente e jogou água no rosto, voltando em seguida para a pista.

- "Que demoraaaaaaaaaaaaaaa, gloriosas! Já foram 'se colocar', bichas?! Espero que tenha sobrado para mim". Este é Rogério, magro e extremamente vaidoso e arrumado, faz sucesso e chama atenção por onde passa devido seu humor extravagante e inteligente, os trejeitos afeminados fazem com que ande rápido e seja delicado, ao mesmo tempo que performa com excessos de gestos e caras engraçadas, que às vezes lembram algumas caretas. "Henrique, Henrique... você está chegando aos 30 anos, honey. Logo mais não poderá ficar louca nas baladas dessa forma. Olha seus olhinhos: BRI-LHAN-DO!

- "Com 30 anos ainda vou foder mais rabo que você, com essa voz esganiçada". Henrique não gostava que falassem sobre sua idade, sendo ele o segundo amigo mais velho do grupo, antecedendo apenas Marcelo, o advogado que havia recém completado 36 anos.

- "Não fica nervosa, honey! Ainda temos o Marcelo, que vai morrer antes de você". Os três gargalharam alto enquanto Marcelo se aproximava, segurando uma taça extremamente grande de gin. Marcelo é um homem mais sério, com feições tímidas e as entradas avançadas de sua calvície denunciavam sua idade. O mais sério do grupo, sempre demonstra preocupação com seu futuro e não enxerga muitas possibilidades de ainda encontrar um homem para dividir a vida... e a cama.

- "Do que estão rindo? Acabei de ver um menino delicioso na pista de dança, vocês não vão comprar bebida? Vamos para a pista!"

A atenção de Henrique já estava voltada a um outro garoto que o reparava, parecia ser mais novo que ele e os cabelos ruivos chamavam atenção conforme a iluminação dos globos de luz passeavam pelo seu rosto. Trocaram sorrisos:

- "Bom, meninas... melhor vocês irem para pista. Acho que encontrei alguém para me divertir". E se afastou do grupo, indo de encontro ao ruivo e pegando diretamente em sua mão, arrastando-o para o dark room da balada, um espaço escuro e reservado que era usado pelos casais para praticarem sexo sem ser interrompidos.

O UBER encostou e Eric desceu, guardando o celular no bolso e olhando para as baladas em volta, demonstrando certo deslumbre pelas luzes das fachadas da balada e a quantidade de pessoas que andavam pelas calçadas, em seus mais variados estilos: travestis, casais de lésbicas, casais de homens gays, drag queens e até mesmo alguns casais heteros aguardavam nas imensas filas. Parecia um pouco perdido, mas sentiu que havia se encontrado: aquele lugar alternativo e iluminado era o que queria para sua vida, aquela parecia ser a sua vida. Encostou no poste e um homem mais velho se aproximou:

- "Perdido na noite, garoto?"

- "Na verdade... estou decidindo para onde ir. Não conheço muito essa região, mas estou em busca de curtir."

- "Bom, se quiser drogas, você pode ir para o 'The Hoods'. Pra encontrar homens mais velhos, o 'Bottons'. Se gostar de couro e queira curtir alguns fetiches, o 'DomXxX", e se quiser tudo isso e mais um pouco, a 'The Rainbow' é a melhor opção. 'The Rainbow', sabe? Madonna... essas coisas da época que você não tinha nascido".

- "Entendi... bom, é minha primeira noite aqui. Não sei..."

- "Você parece um bebê, o melhor lugar para você seria a Disneylândia. Acha mesmo que vai entrar em alguma dessas boates? A fiscalização aqui está cada vez mais pesada. Se não procuram por drogas, procuram por lugares que deixam menos entrarem. Mas tem um lugar que você entraria com facilidade, e curtiria bastante a sua noite".

- "Onde?". Eric, que havia se desapontado anteriormente, abriu um largo sorriso.

- "Minha casa. É aqui na rua de trás... posso trocar sua fralda!"

- "Eu acho que consigo fazer isso sozinho, mas obrigado pelas dicas". Ele se afastou rapidamente do homem e pareceu estar um pouco assustado, olhou para os dois lados e atravessou a rua, ainda sem saber qual seria seu destino.

Eduardo já estava alcoolizado e sentindo os efeitos da droga, olhou no relógio e viu que havia se passado muito tempo, olhou para os amigos e também notou que já apresentavam sinais de exaustão.

- "Acho que está na hora de irmos embora... Cadê o Henrique?", perguntou.

- "Deve estar na quarta gozada. Eu já estou des-tru-í-da. Vamos para casa, pelo amor de Deus.", respondeu

Rogério, já não conseguindo dançar com o mesmo ânimo, girando e batendo palmas de forma cômica.

- "Eu vou atrás do Henrique, vou até o dark room."

- "Cuidado para não se perder por lá, Ed... Edu...", Marcelo soluçava por conta da bebida.

Eduardo andou se desvencilhando dos outros garotos que dançavam e bebiam e caminhou até o dark room da balada, um espaço pouco iluminado que cheirava à sexo. Tomou cuidado para não esbarrar em nenhum casal que estava transando, mas logo avistou Henrique encostado na parede, com um homem de joelhos na sua frente.

- "Precisamos ir embora...", Eduardo olhou para baixo e notou que se tratava de um rapaz negro musculoso, que parecia querer sugar toda a alma de Henrique através de sua rola. "Henrique... você não estava com um rapaz ruivo?"

- "Estava... há três horas atrás. Já atualizei o cardápio, e agora estou na sobremesa".

- "Vamos embora! Essa noite já deu, estamos cansados".

Henrique deu um selinho na boca de Eduardo e agarrou o rapaz pelo cabelo, puxando para trás e dando um sorriso sacana: "Você tem mais três minutos, aproveite". Olhou novamente para Eduardo e deu dois tapinhas leve no rosto: "Nós já vamos".

- "HENRIQUE! Se você não for agora, vamos pedir um UBER. Rogério precisa trabalhar cedo, não vamos esperar!"

- "Vá pagando a conta, eu sigo vocês". Henrique entregou a comanda para que o amigo acertasse o que gastaram, e o empurrou para longe.

Os 04 amigos saíram da balada visivelmente alcoolizados e falando alto, enquanto tropeçavam nas pessoas e se desculpavam ao mesmo tempo. Eduardo gargalhava:

- "Quantas vezes você gozou hoje, Henrique? Cinco?"

- "Quatro vezes, e gozei tão gostoso em todas que consigo ficar sem transar até amanhã."

Todos gargalhavam e Henrique procurava a comanda do estacionamento no bolso, ainda com os reflexos lentos, deixou o papel cair no chão e se agachou, no mesmo instante em que foi derrubado na calçada por um garoto que corria, parecendo assustado.

- "Mas que porra... você está louco, filho da puta?"

O menino parou:

- "Me desculpa... É que eu quase fui assaltado ali para cima, e precisei sair correndo. Olha, rasgaram minha camiseta". Agora o menino parecia estar chorando e Eduardo o segurou:

- "Calma... esse horário é perigoso para sair andando sozinho mesmo. Você está machucado?", enquanto Marcelo conversava com o menino, Eduardo ajudava Henrique a se levantar.

- "Não... eu consegui correr, acho que deixei cair minha carteira em algum lugar, mas meu celular está aqui".

Henrique ajeitou a camisa e olhou para o menino, de imediato reparou os olhos claros e os cabelos loiros com o topete já desmanchado por conta do suor, além do seu peito ofegante devido à recente fuga. O garoto também o olhou, e começou a se acalmar enquanto abria um leve sorriso.

- "Olha... calma, garoto. Você é muito novo para ficar andando por aí sozinho. Qual é o seu nome?"

- "Eu sou o Eric... me desculpa de verdade, eu não sabia para onde correr."

- "Não se preocupa com isso, que bom que esbarrou em mim. Se fosse outra pessoa, poderia não ser tão bonzinho como eu. Imagina... A propósito, me chamo Henrique. Vem, eu te levo para casa". Ele agarrou a mão de Eric e entrelaçou os dedos, levando em seguida um soco leve de Edu:

- "Henrique... ele é uma criança".

Henrique riu e passou os braços pelo pescoço de Eric, aproximando a boca de sua orelha e falando em tom sedutor:

- "Exatamente por isso... vai ser muito perigoso que ele fique a noite inteira pela rua." Ele olhou para Eric, dando um sorrisinho de canto. "Eu moro aqui perto, na Paulista. Quer ir comigo até você se acalmar, e depois te levo em casa?"

Eric sentiu a mão de Henrique acariciando seu pescoço, sentiu o arrepio levantar seus pêlos e por um momento pensou na sorte que havia tido em encontrar o rapaz, logo quando estava indo para casa da sua amiga, conforme havia contado para sua mãe.

- "Bom... essa hora não vou conseguir voltar para casa. Podemos ir"

Marcelo deu outro soco em Henrique:

- "HENRIQUE!"

Henrique o olhou de rabo de olho, passando o olho pelos três amigos e dobrando o papel do estacionamento:

- "Bem... vocês podem pedir um UBER. Eu vou com o Eric para casa. Até amanhã!", e puxando Eric, foi em direção ao estacionamento.

Os três amigos se olharam, não tão perplexos, pois já estavam acostumados com isso. Rogério rodopiou e, cantarolando, previu:

- "Parece que nosso garoto Henrique vai gozar pela quinta vez essa noite, queridas. E nós, vamos pegar o UBER e dor-mir".

Eric estava no elevador de Henrique e não disfarçava a excitação em estar chegando no prédio daquele homem. Havia ficado maravilhado com o que havia visto até agora, a estrutura de alto padrão era realmente encantadora: fontes de água recepcionavam os visitantes para entrada do hall, e o hall possuía um aquário exageradamente grande, que poderia ser admirado com o conforto de dois sofás requintados estrategicamente posicionados em sua frente. Havia muitos espelhos exageradamente limpos, e iluminárias que provavelmente seriam mais caras que o valor da mensalidade da sua escola, que por si só, já era absurdamente abusiva.

Ele observou Henrique e percorreu os olhos pelo corpo alto e robusto, não conseguindo conter o sorriso nos lábios enquanto seu anfitrião apertava de número 15 do elevador. O homem, que demonstrava sinais de embriaguez e fungava o nariz com frequência, sorriu para ele:

- "Bem-vindo... garoto".

- "Uau, você mora aqui sozinho? É realmente muito bonito... acho que só estive em lugares assim quando acompanho meus pais em jantares do trabalho. Sabe, meu pai é..." Henrique colocou o dedo na boca de Eric, fazendo com que parasse de falar.

- "Não precisamos falar disso agora. Vem". O elevador havia parado e as portas se abriram, Henrique o puxou e o direcionou pelo corredor largo, parando em frente a porta de seu apartamento e selecionando o código da fechadura eletrônica.

Entraram no apartamento e Henrique caminhou até a sacada gourmet, ao lado da churrasqueira, havia um pequeno bar com refrigerador arquitetado para aquele ambiente. Henrique o chamou até a sacada com o dedo:

- "Fiz um fraco para você, assim podemos aproveitar mais a noite".

Eric segurou a taça e ficou extremamente sem graça:

- "Você tem uma coca cola? Sabe... acho que já bebi demais hoje", mentiu.

- "Você não está com cara de quem bebeu". Ele aproximou a boca e o nariz do pescoço de Eric e cheirou lentamente, esfregando vagarosamente o queixo. – "Também não está com cheiro...", levou a boca até seus lábios, encaixando a língua e lambendo lentamente. – "E também não está com gosto".

Eric sorriu e deu um gole forte no líquido da taça, e sem esperar foi abraçado por Henrique, que o segurou pela cintura e o guiou pelo espaçoso apartamento, ora beijando sua boca e ora chupando seu pescoço. Ele ofegava e sussurrava em seu ouvido palavras que narravam o que ele tinha intenção de fazer nesta noite.

Sendo guiado diretamente para o quarto, Eric se espantou com o tamanho do cômodo e principalmente com a exagerada cama, Henrique o soltou e retirou a taça de sua mão, descansando as duas em um móvel próximo. "Alexa, acender o LED do quarto", ordenou. As luzes do teto rapidamente se acenderam e Henrique o virou de costas, agarrando sua cintura e o encoxando. Sentiu a grossura e a excitação, junto com a boca do homem que voltava a lamber seu pescoço. As mãos de Henrique percorriam seu corpo e enquanto uma mão abria sua calça, a outra levantava sua camiseta.

- "Me conta... o que você gosta? ", Henrique perguntava, enquanto deslizava os lábios por seu rosto e descia pelo pescoço e peitoral".

- "Eu gosto bastante de 'Stranger Things', estou na última temporada. Também sou viciado em 'Riverdale'. Ah, e "13 Reasons Why"... assisti duas vezes".

- "Hoje você vai experimentar uma noite alucinante, garoto".

Henrique parou imediatamente e o virou, olhando em seus olhos:

- "Você está falando sério? "

- "Você não gosta de '13 Reasons'?"

- "Eu estou perguntando sobre o que você gosta na cama, garoto! Você é ativo, passivo?

Eric sorriu sem graça:

- "Eu sou ativo..." – olhou a cara de desconfiança de Henrique, e continuou. – "E passivo".

Henrique riu e fechou a boca, apertando a mandíbula:

- "Gosta de beijo grego? "

- "Nossa, eu adoro! ", mentiu novamente.

- "Então comece! ".

Os dois ficaram parados se olhando e Eric não sabia o que dizer, pensou no que esse homem estava dizendo e se arrependeu de não pesquisar sobre isso no google antes de sair de casa, xingou os pais mentalmente por cria-lo de forma tão conservadora, e também por matriculá-lo naquela escola na qual o sexo era um tabu.

- "Você já trepou na sua vida, garoto? ", Eric sentiu a espinha esfriar.

- "Na verdade... não. "

Henrique o afastou de seu corpo e procurou pela camisa com as mãos, sem deixar de encará-lo:

- "Quantos anos você tem? "

- "20", mentiu mais uma vez... estava se acostumando com isso.

- "Em que ano você nasceu? "

- "Ok, tenho 19".

- "Então imagino que esteja na faculdade. Em qual semestre você está?

- "Eu tenho 18. Você está desconfiando de mim? "

- "A verdade, garoto"

- "Eu tenho 17".

- "Melhor parar por aí... Cadê seu documento? "

- "Eu fui roubado, lembra?

- "Paramos por aqui! ", esbravejou Henrique, achando sua camisa e vestindo rapidamente.

- "Eu tenho 17, sério. Vou me formar no ensino médio esse ano, nasci em 2005.

- "Se arruma, eu te deixo em casa! "

- "Eu não posso... eu não posso voltar para casa, eu falei para os meus pais que estava dormindo na casa de uma amiga..."

Henrique o olhou demonstrando indignação, e Eric continuou:

- "A Monica, aquela que eu te falei no elevador. Lembra? "

O celular de Henrique tocou e Eric agradeceu aos céus. Ele parecia preocupado, e enquanto falava. Desligou e o olhou:

- "Vai, levanta. Preciso ir ao hospital, você vai comigo, já que você está..." Ele imitou uma voz infantil."Dormindo na casa da Monica"

- "Hospital? Você está bem? Aconteceu alguma coisa? ", Eric parecia assustado.

- "Eu estou ótimo. Precisamos ir à maternidade, meu filho acabou de nascer. "

- "Filho? ", arregalou os olhos. Oh merda, pensou.

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