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Il sottomesso

Il sottomesso

5.0
2 Capítulo
104 Leituras
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Sinopse

Índice

Quem diria que uma proposta de trabalho mudaria tanto a vida de uma jovem mulher.

Capítulo 1 A submissa

●UMA MESA DE CAFETERIA SENDO SERVIDA●

"Seria ótimo se algo bom acontecesse na minha porcaria de vida, tudo que tenho é um salário mínimo, aluguel atrasado, dívidas acumuladas e um pouco de gente idiota ao meu redor, sim, odeio a minha vida. Há mais tem aquelas pessoas que dizem: Ai Você deveria agradecer por esta viva e existi. Existir o caramba, estaria muito melhor sendo apenas um mísero espermatozoide, confesso."

(...)

— Vai, me trás um leitinho - Um cara chamado Ed, vem todos os dias me atazanar, ele é o rei dos duplos sentidos, já perdi a conta de quantas vezes me imaginei jogando café bem no meio da sua cara, o que me impedi é meu trabalho, ser uma garçonete de cafeteria barata e chefe machista não ajuda muito, mas não nego que espero por esse dia ansiosa.

— Oficialmente minha paciência esta esgotada. - Respiro fundo entregando a nota de pedido para a balconista novata com semblante triste, ela não fala muito, mas todos sabemos que seu sonho era trabalhar na Broadway, afinal, todos temos um sonho.

— Ed não desisti - Josh, meu colega de trabalho, moreno alto de cabelos em um longo topete e sorriso mais brilhante que a luz, as vezes até me cega. Tenho uns colegas de trabalho que as vezes até saio para espairecer, as baladas em Nova York são as melhores que ja frequentei, seu luxo cercado de moda e modelos, ainda sou faltante desse mundo rico.

— Vai com calma ai Becky - Katharine Johnson, minha melhor amiga, uma das balconistas, cabelos curtos e tatuagens pelos braços, muito linda e lésbica assumida, eu amo ela, mesmo com suas dificuldades sempre tem um sorriso cativante em seus lábios vermelhos pelo batom forte de todos os dias, seu jeitinho que contradiz a sua aparência de roqueira, mas vai por mim, disso ela não tem nada.

— Orem por mim! - Digo levando o leite quente para Ed.

"Que homem nojento, em plena NY coçando o saco se insinuando para mim, sobrancelhas grossas parecem que nunca foram feitas, roupa desgastada com cheiro de álcool, certamente passou a noite na farra, mas isso já foi longe demais, já foi."

— Adoraria tirar esse seu uniforme devagarinho - Ouço falar quando me aproximo segurando a bandeja ao seu lado, o cheiro de álcool sobe em minhas narinas e por muito pouco não sinto ânsia.

— E eu adoraria fazer algo, algo bem quente e gostoso, que ardesse no fogo da sua alma - Trago um lado pervertido em minha fala com um toque de ironia dobrando meu corpo para a mesa.

— Diz ai minha linda - Ele se inclina na mesa.

— Quer saber mesmo?

Ele concorda com a cabeça sorrindo de canto ficando despojado sobre a cadeira. Pego o copo de leite quente vendo sair sua fumaça e o levantando no ar, derramo direto em seu colo e em um segundo ele grita se levantando berrando para os quatro lados me chamando de "Maluca".

— Seu otário babaca - Jogo o copo na mesa e todos ao meu redor ficam mais curiosos do que assustados.

— Sua vadia! - Ele estende a mão para me bater, mas meu colega Tom o segura no reflexo.

— Ah, isso não - Tom fala calmo, de seu braço as veias saltam apertando o pulso do seboso em minha frente que.

— O que esta... - Meu chefe John, trajado de um conjunto de terno e calça verde musgo surge no meio do espaço e vê tudo, sua expressão se fecha junto as suas mãos cerradas ao lado do corpo.

(...)

●No escritório:

— Esta demitida! - Ele carimba um papel e joga na mesa.

— O que? - Pego o papel e olho indignada - O que eu fiz demais? Aquele cara é um puta de um assediador, só me defendi - Grito me levantando.

Senhorita Becky, coisas assim se resolvem fora do meu estabelecimento, porque não foi a delegacia? eu já havia lhe avisado várias vezes - Meu chefe, bom, ex chefe.

— Quer saber? Vai tomar no meio do seu Cu! - Mostro o dedo do meio e saio da sala batendo a porta, passo por todos retirando o avental e jogando na mesa de um cliente e passo pela porta, caminho pela calçada até sentar-me em um banco na frente de uma loja de discos antigos, meu ódio disso tudo é imensurável, preciso me acalmar.

Moro em um apartamento alugado no distrito de Manhattan, perto do trilho do metrô, quando o mesmo passa estremece tudo, bom, já estou acostumada, vivo aqui à poucos anos, tenho 20, nascida no Texas de mãe totalmente rígida e religiosa, não queria aquela vida pra mim, então fugir para cá assim que fiz 18 com ajuda do meu pai, um bom homem de poucas regras, algo que não me forçava ou me sufocava.

Becky vai para a casa assim que se cansa de observar o movimento, frustrada e com pensamentos sobre suas contas, é só isso que vem em sua mente agora. Após um banho senta no sofá pequeno de roupão, um choro já se estala em sua garganta.

■BATIDAS NA PORTA:

— Becky! - Kate fala assim que abro a porta e sorrio de canto dando espaço para entrar, sua expressão já não é das mais boas.

— Lá vem - Volto para meu sofazinho de dois lugares.

— Dessa vez você foi, nossa... - Se rosto mostra uma admiração que logo se perde para decepção - Perdeu o emprego amiga - Kate deixa a sacola de rango japonês na mesa.

— Já estava por aqui - Aponto o pescoço e faço bico.

— Ok, mas e agora? Como vai pagar esse lugar? - Ela senta ao meu lado travando os lábios.

— Tenho um tempo antes da ordem de despejo expirar, vou da um jeito - Olho o livro na mesinha de abajur ao lado.

— O que? Vai virar stripper? - Sua risada é contagiante mostrando as covinhas fundas.

— Pode ser, com esse corpinho sexy - Cruzo minhas pernas metida.

— Becky você não presta - Se levanta indo para a janela olhar vista do entardecer, o pôr do sol atras dos vários prédios e residenciais da grande metrópole de Manhattan, dando o contraste perfeito de uma invejável vista que se pode ter todos os dias, mesmo de um lugar mais barato.

— É 3 é 2 é 1... - Falo e na certa o metrô passa tremendo tudo.

— Meu Deus! - Kate rir se segurando na parede como fosse escorregar e faz uma cena dramática me tirando risadas.

— Tinha que ver como é transa assim - Digo rindo e tudo para.

— Nossa que horror - Kate se senta tonta. - Mas tenho uma coisa boa - Ela abre a bolsa de lado.

— O que? - Olho torto abrindo a sacola de comida, minha boca saliva com o cheirinho.

— Sabe aqueles coreanos lindos e maravilhosos da minha vida? - Kate fala com brilhos nos olhos profundamente apaixonada.

— Sei, os que me da sono? - Rio baixo.

— Becky!!!! Sua chata! - Ela me empurra.

— Tá desculpa, mas não faz parte do meu gosto musical - Pego uma colher.

— Você não gosta de nada, mas mesmo assim, eles vão fazer um show na Broadway semana que vem e olha conseguir dois ingressos - Ela saltitante me abraça por trás.

— Você é lésbica, devia gostar de Beyoncé não sei. - Olho por cima dos ombros.

— Para Becky! - Ela me bate.

— Tô brincando, mas sério? Eu nem gosto, nem sei as músicas - Sento na mesa com a caixinha de Yakisoba.

— Mesmo assim, vem comigo? - Ela implora com a mão na frente do peito.

— Vou pensar no seu caso, mas qual a probabilidade de eu sair no meio do show por da sono? - A encaro.

— Ah...sua puta, CALA BOCA! - Kate chuta meu pé e rio alto afastando o hashi que levava a boca.

- Me tratou mal, não vou, nem que me pague, assunto encerrado - Olho mal e como.

Kate cruza os braços olhando cerrado.

●UMA SEMANA DEPOIS●

Estamos no meio da multidão, bem na frente, desde às 11:00 e agora são 16:34, tudo pra Kate ver os meninos de perto, apenas observo, sou a única com noção aqui, não nego que são gatinhos pessoalmente e tem uma sensualidade que me deixou surpresa.

— Eu vou morrerrrr!! - Kate me sacode.

— Só não me leva junto - Rio jogando a cabeça pra trás.

— Melhor show da minha vida- Kate canta e rio dela a todo momento, quando viro meu rosto para olhar o palco um deles vem em minha direção cantando rap, ele me encara intensamente e da uma sarrada, ele tem um olhar intimidador que me trava por dentro.

— Ai meu Deus, Suga eu te amo!! - Kate grita.

— Suga? - Olho ele subindo para o palco e cochicha com outro membro olhando em minha direção, bom, eu acho, mas ignoro, foco no telão para os ver melhor.

(...)

O show acaba, nossa estou exausta, assim que chego em casa me jogo na minha cama, Kate faz o mesmo, mas ela ainda esta tão eufórica que não para de falar um minuto, mesmo assim adormeço.

Acordo com barulhos de vasos sendo mexidos, ergo a cabeça para ver e Kate esta arrumando a mesinha para o café, vestindo um blusão meu.

— Tem certeza que quer fazer isso? - Coço os olhos sentando na cama.

— Por que? - Ela se vira.

— Isso. - Fecho os olhos e o metrô passa, com o tremor as coisas da mesa caem.

— Cruz credo! - Kate tenta segurar e evitar que eles caem para fora dela.

— Que piada. - Rio me levantando indo até ela.

— Concordo, você tem que sair daqui logo. - Kate arruma o cabelo.

— E vou pra onde? - Cruzo os braços fungando.

— Sei lá, morar comigo? - Ela senta e me arrasta um olhar fofo mordendo o canto da boca.

— Não, eu gosto de ficar sozinha e você ainda mora com seus pais. - Vou para a pia fazer minha higiene.

— Eu sei, mas se quiser é só falar, meus pais te amam - Ela sorri fechado.

— Pode deixar. - Escovo e sorrio para o espelho antes de guardar a escova.

Os dias passam, não consigo emprego, a ordem de despejo esta próxima, confesso que começo a ser tomada por um desespero.

Certo dia Becky está dormindo, sonhando que é dona do café qual trabalhava, vendo seus amigos trabalhando felizes passando por ela e seu ex chefe esta com faxineiro, tão satisfatório que lhe causa sorrisos em meio sono, é quase meio dia e meio quando batidas na porta a desperta tirando do sonho maravilhoso.

— Boa tarde. - Ele fala em inglês olhando para seu corpo sexy e o cabelo da mesma sai do coque frouxo.

— Pois não? É o cara do despejo, se for não é a hora - Ela fecha a porta, mas ele bota o pé. - Esta surdo? - Ela abre irritada.

— Podemos conversar? Me chamo Yoopan Kadija - Ele sorrir.

— Sobre o que? - Becky franze o cenho.

— Pode ser de interesse seu - Ele.

— Entra! - Dou espaço.

Yoopan entra olhando meu quitinete, ele usa terno e é um senhor bem elegante segurando uma mala preta.

— Senta. - Aponto a cadeira e ele senta, faço o mesmo em sua frente depois de checar meu hálito.

— Pode falar. - O encaro.

— A senhorita deve conhecer o grupo de kpop coreano BTS certo? - Fala sereno e calmo, sua voz quase soa como algodão saindo de seus pequenos lábios.

— Sim, por quê? - Relaxo na cadeira.

— Também pelo que consta você esta passando por grandes dificuldades financeiras. - ele abre a mala.

— Tá, mas como sabe? Eu nem o conheço - Hesito inclinando para a frente.

— Fontes. - Ele pega um papel de dentro da mala e já penso em manda-lo ir embora.

— Melhor o senhor falar logo o que quer ou vou chamar a policia - Becky olha cerrado.

— Somos uma grande empresa e estou aqui para lhe oferecer um emprego bem simples - Ele fecha a mala.

— Emprego? Que emprego? - Fico reta.

— Senhorita Becky, você é uma moça muito linda e isso chamou a atenção de nossos idols do grupo - Ele põe a foto do grupo em cima da mesa, pego para olhar, eles de terno sentados em um sofá.

— Não entendi ainda - Nego.

— 50 mil dólares por mês, viagens pelo mundo na companhia deles por 1 ano. - Ele fala e arregalo meus olhos incrédula.

— Eu não sou prostituta se é esse emprego que esta me oferecendo. - Me levanto alterada e jogando a foto deles em sua cara.

— Tudo bem, eu não esperava por essa reação - Ele pega a foto surpreso.

— Sai da minha casa agora! - Vou até a porta e abro furiosa.

— Becky.... - Yoopan tenta falar.

— Você pode ser muito bem um traficante de pessoas, acha que coisas assim acontecem de repente? Logo comigo? Saia já de minha casa - Grito.

— Não sou nenhum criminoso Becky Morgan, apenas estou exercendo meu trabalho, me dei de vim pessoalmente até você porque eles pediram, são 50 mil dólares por mês e tudo aos seus pés, não vai lhe custar nada, acredite, aqui meu cartão se quiser conversar melhor e trate essa conversa como confidencial. - Ele deixa em cima da mesa e me olha de canto quando passa por mim, bato a porta e fito o cartão.

— Quem ele pensa que é? Vem aqui me fazer uma proposta absurda dessa, só pode ser uma piada, sequestrador de quinta. - Sento em frente ao computador e mexo no mouse, relaxo meu corpo jogando a cabeça pra trás.

— 50 mil dólares por mês...será que é verdade? - Becky pensa alto e vai no Google para pesquisar mais sobre o grupo. Cada foto parece interessante, eles aparentam ser fofos, mas a dualidade a deixa curiosa, um deles foi eleito o homem mais bonito do mundo e outro também, todos são os caras mais desejados do mundo. Becky fecha o mesmo e pensa - Por que eu? O que eu deveria fazer? - Becky com milhões de coisas na cabeça anda pelo espaço e pega o cartão.

— NÃO! - Ela joga o cartão que vai para baixo da cama e decide esquecer isso.

Mais dias se passam, nenhum emprego, nada, ela esta a um pé de voltar para o Texas e morar com seus pais, mas não é isso que ela quer, talvez seria loucura pensar em como sua mãe reagiria.

Depois outro dia cansativo entregando currículos se depara com suas coisas fora do apartamento, tudo praticamente e um aviso na porta.

— Mas...mas o que? Não! - Ela corre desesperada arrancando o papel. — NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL DE DESPEJO?...Droga, não acredito, minhas coisas - Ela amassa o papel e joga longe. Chorando ela se senta no meio das tralhas ou o que sobrou, o lugar era mobiliado.

Seus olhos cheios de lágrimas alcançam o cartãozinho do seu lado junto ao sujo que foi varrido. Ela pega com certas dúvidas, mas digita o número ligando.

— Yoopan? - Sua voz chama após ouvi-lo atender.

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