a possível, quem pudesse enxergar como me sinto por dentro, poderia me confundir facilmente com a obra "O grito", de Edvard Munch. Tenho vontade de gritar bem alto
radamente um travesseiro para afundar o rosto, gritar até q
ado com a campainha ecoa
ima. – diz Abigail, sempre em seu tom baixo, calmo e vagaroso, jogando palavras ao
ado com algo que lê no livro. Ele não faz nem um pouco o tipo que gosta de ler, de
mas que não demonstre tanto assim meu medo. Em poucos segundos sou capaz de pensar em cem frases,
aio mentalmente o qu
tempo que falo com ele, observo a sala ficar cada vez mais vazia e Jack continua entretido com algo que remexe dentro de sua mochila. Preciso sair sem chamar a atenção do lo
– ele nem se mexe, s
as de leitura que nem percebe que não estou atrás dela, e a sala agora conta apen
solvo ser mais direta diante a
notado que todos
ando para mim com um sorriso fechado e forçado, ao passo que também
m, pondo sua mochila nas costas e vindo em nossa direção. Ajo com rapidez e irrit
passar,
nstrando que se eu realmente quiser passar, terei que aceit
até estar ao nosso lado. Nem tive temp
Jack sai tão sarcástica que meu estômago embrulha na mesma hora, minha garganta seca como um desert
de Jack. Ele não parece muito ligar para nada, apenas acompanha Jack no que quer que ele faça.
r contato visual, me levanto da cade
a de aula, observa de longe Jack
endo que já co
nte, ele vai de um sociopata macab
scola pra gente, não é, Lia? – ele me abraça de lado e enfat
a que Abigail deduza que ele fala a verdade e que
ir, alunos não podem ficar dentro da sala depo
a tamanha falsidade que ele utiliza para lidar com o dia de hoje, que foge completamente do personagem que ele cost
o eu permaneço com Jack com o braço direito ao redor do meu pescoço e Taylor anda
ra mais ciente do que tudo de que a gangue a qual eles pertencem não está para brincadeira, pois foram capazes d
ntenção fazer vocês perderem...
carmos ideia. Ele fala baixo mediante os poucos alunos que passam ao nosso lado, ao mesmo tempo que sorri
Taylor, no mesm
falta pouco até que sejamos donos dos nossos narizes. Se tá achando que viemos te perseguir... sim, também faz parte, mas só se tornou um plano a
ontades, só queria mesmo que ele se desgrudasse de mim, sua energia
o tive intenção de... – tento explicar, com muita força n
ometida e inteligente. Vai saber o que fazer. Só não demora tanto, agora que somos amigos, pode-se dizer que temos um ano todo de espera, ou pelo meno
na, provavelmente andando sozinhas com os braços cruzados po
como se me xingassem de vadia, aposto que pensam que estou me jogando para
har o andar das meninas, Jack final
se presentão... – ele aponta para mim com as duas mãos
e caminha ao lado de Taylor para irem a qual
de escapar que, no final das contas, percebo que nenhuma tem validade. E o pior de tudo é que eles se mostraram outras pessoas, os alunos da turma compraram as facetas de bons moços, descolados e extrovertidos, ou pelo menos Jack fingiu perfeitamente, enquanto Taylor bastava sorrir de lado das
a pouco alguém possa sofrer o mesmo que Kurt quando não pagar as contas, ou pior. Afinal, s
istanciando, de costas, conversando como dois alunos normais, com
o bem v
endo na me
. Merda
atuasse para um filme de suspense, e que ele certamente seria o vilão dessa história ridí
disso, o loiro apenas solta sua mão direita que segurava a frente da alça de sua mochila, acaricia minha bochecha
do, e ele aproveita para aproximar os
chei que seria pior, mas adorei estar aqui, e não vou sair tão cedo. O pessoal amou nossa presença. Vai s
vão, infelizmente n
rar um ombro amigo, que a essa altura deve estar numa mesa rodeada de leitor
não desabar em lágrimas, consigo sentir minha g
iados em mais de treze grupinhos diferentes espalhados por todos os cantos. Em meio a toda bagunça e sons d
s d'água dos olhos num rabisco profundo de lápis preto. Eles costumam odiar qualquer um que não seja do meio deles, e apesar de n
egre algo sobre Gatsby. Em outra ocasião, adoraria pergun
eressante troca de conhecimento, e isso não gera uma boa impressão dos outros quatro sentados à
ia e surpresa. -Foi mal, já ia atrás de você, mas é q
de me acompanhar? – d
não é para menos, nos conhecemos desde que
lhasse com um fio potente de eletricidade que só ele consegue ver, sem falar dos olhos dele tão arregalados que parece até que eu interrompi a conversa mais importante de toda a história da humanidade. Eu o te
r em particular com a Lia. Será que eu posso faltar a reu
ha opinião, deveria ser um dos mais interessantes da escola, mas só acolhe um
squerda em círculos consecutivos, como quem respon
dia depois do almoço. Engulo em seco, não consigo pensar direito, na verdade, analisando com cuidado, nem sei ao certo por qual motivo estou puxan
gunta, pegando em minhas duas mãos e sentindo meu nervosismo resultar em trêmu
mais alguém para esse caos que eu mesma criei, porque sou burra e me meto onde não sou chamada, mas agor
é...
a a verdade só de ter lido minha expressão, seria o auge da i
vio. Em resposta a isso, sorrio em agradecime
onta à sua pergunta, mas quando se trata de menstruação e nada para conter o fluxo dess
re contra o tempo, como se o problema fosse todo dela, encontra
verde, mas Natan aparece na nossa frente num piscar de olhos, se espregu
ntra como um verdadeiro trio. Pra on
ranca básica, sinto uma espécie de proteção que afaga meu coração
que ela responde na mesma entonação "TPM!". É nessa hora que Natan parece compreender perfeitamente e me abraça tão apertado quanto, e por um mo
mo todo nesse abraço, o amasso cada
itar toda a comida que engoli agora há pou
uco mais aliviada. Me distancio dele na
você odeia a
rocura uma resposta rápida ao ser pego no flagra, mas tudo o que consegue é um gaguejo desco
ra o outro lado do balcão onde as cozinheiras, e a auxiliar mais esperada, servem a
ve empurrão sem força no peito de Natan, que
não sei qual o motivo, talvez seja... Não sei
o do time, alisando a careca que reluz à luz do dia, e ao ver Natan parado
o?! – o rapaz careca levanta a mão para que Natan bata numa espé
ir vergonha alheia, r
men
arelo, ao que tenta muda
uele nosso rolê? A
abeça como quem deixa o ass
os arregalados, ao lembrar do nosso assunto antes de Natan
quero aproveitar mais a presença de Natan, uma vez que nós nos encontramos tão pouco tempo, a campainha toca, anunciando a nossa volta às salas, no en
ele vem aprendendo a passo de tartaruga, dando ênfase nas pala
ais essa semana. Por isso ando bastante sumido, mas semana que vem v
firo assim. –
um beijo em nossas test
sair, porém, com a presença de Natan e Susan tudo melhora, parece até que consigo cultivar flores num jardim inó
lema, já que tenho remedinho pra isso. – tagarela Susan, me puxando pelo braço corredor a fundo, e hoje parece que as pessoas se apressaram p
dos remedinhos
da. – responde el
de cinco minutos até estarmos lá, a escola é grande, s
distância, escutamos alg
E
a passo de Megan chacoalhando uma garrafa de refrigerante, abrindo a tampa e despeja
pés, já que Megan fez questão de n
ãos em seus encaracolados fios ruivos, e eu sei exatamente o quanto
, ela ri vitoriosa, entrega a garrafa seca para Diana
olhando toda minha roupa manchada e ainda s
cho melhor você dar o seu jeito pra eu sair desse inferno de auxiliar de merenda, por
furecida, e antes que ela possa terminar, Megan a interrompe num tom ma
car a vagabunda da escola e já se atirar nos novat
do momento em que Jack estava me ameaçando no corredor, enquanto Diana e Ch
longe dos novatos, eles não são pro seu bico. – Megan dá uma risada provocada, e fi
boas cadelinhas obedientes. As três somem pelo corredor, provavelment
inga Susan, num pranto silencios
da, afinal, Susan não deveria t
pa, se não fos
ra lavar o cabelo hoje de novo. -...vem, vamos. Direto pro banho, eu não queria fazer educação fí
mos uma muda de roupa nova. Nos é aconselhado a, em dias de educação física, trazermos uma rou
as ao exigir que fizessem cem polichinelos e, em seguida, vinte abdominais. Certamente ela nos liberaria ao nos ver to
esvaia de mim todo o líquido pegajoso que grudou na
a, juro que não sobra nem uma
reia, galinha ou c
nham pelo menos um pouco arrumados, já que ela jamais os lavaria na escola e correria o risco de alg
oalha em torno do corpo ensaboado, pisando no chão deslizante
banheiro, cons
reciso que o senhor venha me buscar... sério?... A quanto tempo mais ou menos?... NÃO! NÃO! EU JÁ TÔ INDO. ME ESPERA AÍ, NÃO SAI DAÍ
teceu alguma coi
estacionado aí na frente. Não vou correr o risco de ir a pé pra casa
ir com ela, mas lembro que prometi um piqueni
s pra fazer depois daqui. – expl
cer
sol
jinho. – ela se despede com um beijo em minha te
os de lavagem tirem, além de todo o açúcar, a maré de azar que me ronda, ultimamente, principalmente as mais p
an me proporcionaram um momento de distração,
stro, busco minha toalha e com cu
rava que tinha deixado: em cima de um extenso banco retangular e compri
o de qualquer jeito do caderno, com os dizeres: "Já que quer ser tão amigui
har dentro de mim um tipo de água fervente que adoraria ser derrama
numa única alternativa: meu celular está lá dentro, se
m o nó da toalha acima dos meus seios para que
pois enquanto relaxava debaixo do chuveiro, as pessoas iam embora, ou seja, vai ser mui
eminino apenas alguns metros, não demora muito
o vapor da água quente que utilizaram ao mesmo tempo. Os espel
a em cima da banqueta extensa que, pelo visto, os
o do caminho ao ver Taylor me olhando de longe, apenas com uma toalha enrolada que cobre da cint
steja presente, mas depois que não escuto aquele
está entendendo nada, desvio meu olhar e seguro forte no nó
situ