Rezend
o escuro. Era um vídeo, enviado de um número desconhecido. Meu polegar pairou sobre a noti
eu o
ara de fúria. Alguns caras do time de futebol estavam encurralando Amanda Magalhães, rindo e provocando-a. Então João Pedro explodiu.
luçando. "João Pedro, para, por favor," ela chorou, sua voz um gemi
ariciando seu cabelo. "Não é sua culpa, Amanda," ele murmurou, sua voz suave com uma ter
expressão mortalmente séria. "Me dá seu
Sempre. Era a frase exata que ele usara comigo dois anos atrás, depois que me perdi em u
a estava da
r um abrigo para outra pessoa. Meu coração, que eu pensei já ter sido estilhaçado, encontrou uma nova maneira de se partir. Parecia um golpe fís
scrições para a moradia da universidade. Eu não fui. Não consegui. Apenas fiq
o chão come
s caíram das minhas prateleiras. Uma rachadura profunda e rangente dividiu o teto acima de mim. Um desabame
oram projetadas para suportar. Meu primeiro instinto foi ligar para João Pedro. Meus dedos já estavam discando seu número
o pesado de gesso caiu do teto, atingindo minha perna. A dor foi aguda e cegante,
mento coerente foi amargo e irônico. O João Pedro do Futuro havia a
se certo. Talvez e
voz de um socorrista, abafada e distante, me tirou dos escombros do
dor surda e latejante irradiando dela. Uma enfermeira com olhos gentis verificou meus sinais vitais. "Você
rolado. Médicos e enfermeiras se moviam com um propósito sombr
ão eu
inha me visto. Sua camisa cara estava rasgada e coberta de poeira. Ele parecia f
um patético pu
seu braço, parecendo pálida, mas de resto ilesa. E ao lado deles, um fant
z carregada de impaciência. "Apenas alguns arranhões. Ago
u, seus olhos examinando a sala
eu um passo em minha direção, sua boca se abrindo para dizer meu nome. O aperto de
edro voltou para ela. Meu momento de
que eu conhecia - ou pensava conhecer - do garoto com quem cresci. Ele viu meu gesso, meu rosto machucado, e seu olhar era tão frio
à agonia de ser olhada daquele jeito. Deitei-me novamente, puxando o
edro perguntar à enfermeira, sua voz tensa com
eira explicou calmamente. "Ela ficará de rep
oão Pedro imediatamente, um
do João Pedro do Futuro. "
r, mesmo debaixo do cobertor. Ele estava sendo divid
odas. "Tudo bem, Srta. Rezende. Vamos levá-la pa
de fora da emergência se intensificou.
estava crua de fúria. "Olhe para ela! Ela e
oblema temporário. Amanda é quem importa. Ela é o seu futuro. Clara é o s
or um grunhido de dor. João Pedro o havia ati
lampejo de satisfação. Mas foi extinto quase
s. Deitada no escuro, com a perna latejando e o coração em pedaços, ouvi o garoto que eu amava lutar com o
espaço para esperança, que não importava q

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