oporto de Belo Horizonte estava um pandemônio. Acionei minha equipe, pedi silêncio, discrição e uma reserva em algum lugar que me permitisse respirar longe dos Tavares
lugar a anos. Entrei de óculos escuros, camisa preta semiaberta no peito. O cansaço dos últimos dias estava me esmagando as costas. Negócios em São Paulo, uma
quisesse disfarçar um julgamento implícito. Me entregou o cartão-cha
no ar. O quarto era amplo, com uma cama king-size, lençóis perfeitamente esticados, luzes de cabeceira aces
abri a porta,
ar a l
era um trote, uma armadilha, ou só o meu cansaço me pregando peças. Não vi seu rosto, só suas costas. Ela estava d
Tentei pergun
ão diz nada só
me venceu. A
A mulher tirou o sobretudo como quem se desfaz de um segredo, e o que revelou por baixo era simplesmente... luxúria pura. A saia vermel
do. O quarto, agora envolto na penumbra, se transformava em um palco privado, e eu - exau
m sobre minha calça como se soubessem exatamente onde tocar, quando apertar. Eu não disse uma palavra.
do, roçando os lábios no meu pescoço antes de chup
l consegui
va com alguém há meses, e o que vivi com ela foi além do sexo: foi um exorcismo.
ue beirava a crueldade. Seu prazer parecia sincero, e o meu... inevitável, me chupava como se eu foss
té cairmos contra a cama, os seus olhos escuros se abriram como duas onix, ela era linda, seus traços finos bem marcados, a sua boca peque
vesse acordado de um transe. Ficou de pé, ofegante, os olhos arregalados,
ela perguntou, a voz embargada, qua
la correu até o chão onde havia jogado o sob
ama, tentando alcançá-la, confuso, ain
o como uma barreira invisível. - Is
elos bagunçados, com a vergonh
de acontecer. Olhei para a cama. Os lençóis amarrotados, me
o sabia por que estava al
eu não sentia há anos. Tesão de verdade.
mais perguntas do que respo
ava vê-la
ho os olhos e tudo volta: o som abafado dos gemidos dela, a forma como seus quadris se moviam como se pertencessem à noite, não ao mundo real. A res
roía por dentro
ma como e
. Como se tudo que vivemos tivesse sido... errado. E isso me incomodava. Eu não era um homem que costumava ser
ei fundo. Era apenas uma mulher, eu repetia a mim mesmo. Só mais uma no
al escura e sapatos italianos. Cabelos levemente molhados, barba por faze
ção. Parte de mim, idiotamente, esperava vê-la ali. Quem sabe de novo, de
go que me fez endurecer por co
o Da
ando virei, lá estava ele.
l clara, calça de linho, aquele sorriso culpado que ele sempre us
ncelha erguida, retirando os óc
o a gola como quem t
sabia que você
- retruqu
cia nervoso. Mais do que o normal. Olhava para os lados, como
ue você tá aqui... vai ser bom,
os olhos
dessa vez, é? - murmurei,
do bolso do paletó. Era creme, com uma fita dourada amar
guntei, já adivi
me cas
a animado, mas o olhar dele ainda trazia uma sombra d
omper o lacre. Apenas o
om
eus olhos vacilaram por um segundo. - Você va
rív
uanto uma suspeita lenta, de que
ite anterior invadiam minha mente com força. O vermelho. Os cabe
secou, quem era
guntei, tentand
inha mãe está enlouquecida com os preparativos... e bom,
r, tentando ma
a por nada. - Disse
ava de um jeito que não acontecia há anos. Porque uma dúvida
para trás receoso. - Não, tio, porque? Dormi na minha noiva,
os casar em
aroto, era apen