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Capítulo 2 Primeiro Jantar, Primeira Mentira

Palavras: 1587    |    Lançado em: 16/07/2025

pra provar um pouco do gosto dele, me divertir e sair de cena intacta. Que estupidez a minha - achar que dava pra brincar com fogo só até onde

o tinha nada de mais. Um jantar caro, uma conversa boa, um sorriso torto. Era só isso - e

é esquecer que o outro lado também sabe jogar. E Fábio... Fábio sempre so

ue eu deveria ter levantado da mesa e ido embora, eu saberi

s. O problema foi o jeito como ele segurou a minha mão quando pediu outra rod

rato verbal de encrenca. E que, diferente dos contratos que e

o metido a chique, no Cambuí. Fábio do outro lado, blazer jogado nas costas da cadeira, camisa bran

Conta mais do teu escritório, Marí

a, pai bancário, bolsista de colégio particular, OAB aprovada de primeira, sócia jú

do em cada palavra. Mexia o vinho na taça, encostava o quei

quecido o aviso mental que dizia: "H

primeira

e assim,

perguntou, inclinando o corpo pra fre

O

do tipo que perde

ra ele,

ogu

. Que enrola. Você é dire

charme me elogiando

de quem elogia muito cedo, de quem parece

sorrindo de volta. E aceita

sto direito. Entre uma garfada e outra, ele começou a sol

eparei faz

do no trab

cados, né? Mas com você... nã

leve." Tradução: "Vou te fazer achar que is

mas porque quis acreditar. É diferente, entende? Às vezes

gar tudo. Eu ainda tentei dividir, como uma mulher moderna, independent

rteira, passou o cartão de metal q

r minha con

-eu disse, m

m aquele canto

e paga. E depois

ado em letra miúda: eu

. Uma noite quente, vento morno, aquelas luzes de poste que de

utra mão encostando de leve no meu cotove

valer mais que meu apartamento alugado. Abriu a port

brigada pelo jantar,

eu edredom, pro meu Cabernet, pro meu mundo

lateral fria do carro, sentindo a po

ebeu. O homem tem

m? -pergunto

-me

te leve em cas

go um carro -ainda t

urto, suave, que e

e deixo na porta. P

lta, como q

Se com

me deu aquele olhar, que

tr

úsica baixa no som - uma playlist genérica de jazz moderno, que eu apost

rto da marcha. Perto demais da minha perna. Eu sentia o calor

u meu endereço - como se não

mesmo? -c

confusão -eu disse, como se fosse uma ir

u num semáforo. E ali, no sinal fechado, virou o

lar uma coisa

Po

tenho vontade de fica

rta, teria respo

e, teria dito "n

linou. Beijou meu queixo, depois minha

dei

tor ligado, minha consciência desligada. Quando me dei conta, a buzi

o de uma palhaçada que sabí

ressa de desligar o carro. Eu, com a mão na maçaneta,

urou me

r? -pergunto

a ter d

ter dito

m na calçada, fumando cig

a boca antes que eu

nte na minha nuca. Eu nem olhava pra câmera do elevador - paranoi

de vinhos, minha playlist de jazz - a mesma que eu

uas taças. Brindou comigo como se a n

m três passos e ne

atento. Cada toque, cada beijo, cada frase s

ada de errado. "Separado." Foi o que ele

Ele ainda estava ali, dormindo do meu l

"Será que é real? Será que é isso m

daquele jeito torto, beij

r minha vida,

met

cred

bem contada, um contrato invisível assinado com beijo

engolida. Primeir

do, eu

o... tem uma cama quente, um sorriso torto, um

sta, diz

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