bolsa de estudos em Milão para ficar ao seu lado. Casei com vinte anos, cheia de esperanças, achando que o amor poderia curar tudo, até o transtorno d
surtos, quando ele me mordia e arranhava, deixando ci
a canto da nossa mansão, e eu tinha me acostumado a ele, assim
pena e curiosidade. Eu sorria, servia a todos e tentava manter a aparência de um casamento normal, uma tarefa que se tornara minha especialidade. Pedro esta
erer, abri uma transmissão ao vivo que estava acontecendo. Um aplicativo de terapia online que eu mesma instale
gelou meu sangue. Gemidos. Gemidos altos, eróticos, inconfundíveis. Todos na mesa se calaram, os
a a câmera. As veias de sua testa e pescoço saltavam, os nós dos dedos brancos de tanto apertar a pedra fria. E atrás dele, uma mulher se esfregava em suas costas, a saia levantada, as mã
edro pigarreou, o rosto vermelho de vergonha. O pai dele desviou o olhar, fingindo um interesse súbito no padrão do tapete. A humilha
io que se seguiu foi mais alto do que os gemidos. Ninguém disse uma pa
nha voz saiu como
imava dentro de mim. Sete anos. Sete anos de solidão, de cuidado, de sacrifício. Sete anos sendo a esposa-e
o. A bolsa de estudos em Milão, a carreira que deixei de lado, tudo voltou à minha mente. Eu tinha uma escolha. E
era uma jovem estudante de moda, cheia de vida. Ele era o chef misterioso e brilhante que todos admiravam. Fui atraída por seu talento, por sua aura d
a mim mesma que o amor era mais do que contato físico. A carta de aceitação da bolsa de estudos para o Instituto Marangoni em Milão chegou uma semana antes do casamento. E
ou os próprios braços até sangrar e me olhou com pânico, como se eu fosse uma ameaça. Naquela noite, eu chorei em silêncio na nossa cama de casal vazia
Eu não sentia mais pena dele. Sentia raiva. E sentia pena de mim mesma, da jovem que desistiu
de jantar, mas direto para a porta de entrada. Peguei minha bolsa e as chaves do carro. Eu nã