o de hospital, sua voz embargada de uma emoção que ela acred
es. Maria Clara se agarrou a essas promessas, à sua voz, ao seu toque. A escuridão era suportável porque ele era sua luz. A dedicação dele era tão intensa que ela quase se e
dolorosa e, finalmente, com a nitidez de um mundo renascido. A primeira coisa que ela queria ver era o rosto de Pedro, para surpreendê-lo com a notícia. O médico sugeriu que ela f
mais intensas. Ela pagou o motorista com as mãos trêmulas e caminhou até a porta da frente, a chave pa
chamou, sua vo
ma re
das em silêncio e o surpreenderia. Subiu os degraus que conhecia de cor, o toque da madeira so
Vinha do quarto deles. O quarto principal. Um calafrio percorreu sua espinha. Ela andou dev
Sons de prazer. A voz de uma mulher,
pulmões. Ela se aproximou da porta, o corpo movendo-se por uma força que não
intimidade que revirou o estômago de Maria Clara, estava Sofia. Sua secretária. A jovem e ambicios
espalhados pelas costas. Ela ria, um som baixo e
sua voz carregada de uma satisfação
a que ela conhecia tão bem, m
mãos percorrendo o corpo dela. "A coit
a ele. Não sua esposa, não a mulher que ele amava, mas um fardo, uma pi
cém-recuperada se encheu de pontos pretos. Ela queria gritar, queria invadir o quarto e arrancar os doi
o, gelado, apesar do calor do aquecedor da casa. Ela olhou pela grande janela da sala de estar. Lá fora, flocos de neve pesados e grossos começaram a
no gelo da desilusão. Ela não podia ficar. Não pod
eu passaporte, o dinheiro que guardava para emergências. Seu cérebro funcionava com uma clareza fria. Enquanto arrumava a mala, seus olhos recém-curados capt
ro que não discava há anos. Sua prima, Ana, que vivia em uma pequena comunidade isolada em Minas Gerais,
ria Clara, sua voz
resa! Como você e
ra engoli
para ficar, Ana. Por um t
sa do outro l
. Aconteceu alguma cois
olhando para a porta fechada do seu qua
stá sempre aberta para vo
ra, para a vida que estava deixando para trás. Sem um som, ela abriu a porta da frente e saiu para