img A Vingança da Cega  /  Capítulo 1 | 18.18%
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Histórico

Capítulo 1

Palavras: 1183    |    Lançado em: 08/07/2025

centro de tudo, como a viga mestra de sua existência, estava Pedro, seu marido. Por ele, ela sacrificou projetos internacionais, noites de sono e, finalmente, a própria visão. Um acide

o de hospital, sua voz embargada de uma emoção que ela acred

es. Maria Clara se agarrou a essas promessas, à sua voz, ao seu toque. A escuridão era suportável porque ele era sua luz. A dedicação dele era tão intensa que ela quase se e

dolorosa e, finalmente, com a nitidez de um mundo renascido. A primeira coisa que ela queria ver era o rosto de Pedro, para surpreendê-lo com a notícia. O médico sugeriu que ela f

mais intensas. Ela pagou o motorista com as mãos trêmulas e caminhou até a porta da frente, a chave pa

chamou, sua vo

ma re

das em silêncio e o surpreenderia. Subiu os degraus que conhecia de cor, o toque da madeira so

Vinha do quarto deles. O quarto principal. Um calafrio percorreu sua espinha. Ela andou dev

Sons de prazer. A voz de uma mulher,

pulmões. Ela se aproximou da porta, o corpo movendo-se por uma força que não

intimidade que revirou o estômago de Maria Clara, estava Sofia. Sua secretária. A jovem e ambicios

espalhados pelas costas. Ela ria, um som baixo e

sua voz carregada de uma satisfação

a que ela conhecia tão bem, m

mãos percorrendo o corpo dela. "A coit

a ele. Não sua esposa, não a mulher que ele amava, mas um fardo, uma pi

cém-recuperada se encheu de pontos pretos. Ela queria gritar, queria invadir o quarto e arrancar os doi

o, gelado, apesar do calor do aquecedor da casa. Ela olhou pela grande janela da sala de estar. Lá fora, flocos de neve pesados e grossos começaram a

no gelo da desilusão. Ela não podia ficar. Não pod

eu passaporte, o dinheiro que guardava para emergências. Seu cérebro funcionava com uma clareza fria. Enquanto arrumava a mala, seus olhos recém-curados capt

ro que não discava há anos. Sua prima, Ana, que vivia em uma pequena comunidade isolada em Minas Gerais,

ria Clara, sua voz

resa! Como você e

ra engoli

para ficar, Ana. Por um t

sa do outro l

. Aconteceu alguma cois

olhando para a porta fechada do seu qua

stá sempre aberta para vo

ra, para a vida que estava deixando para trás. Sem um som, ela abriu a porta da frente e saiu para

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