a esquina, trazia a imagem daquela cena de volta: Ricardo, com a camiseta suja de carvão, a meni
o parecia uma mentira. O porta-retrato na mesinha de centro, com uma foto nossa do casamento, sorrindo como dois idiotas. A can
e eu não sabia que possuía. E então eu encontrei. Uma pequena pasta azul. Dentro, não havia passaportes ou vistos. Havia uma certidão de nasc
as da esposa. Vasculhei mais fundo e achei um recibo de uma joalheria. Um anel de noivado. Comprado há seis anos, um ano ant
guei a primeira coisa que vi, um vaso de c
da sua avó!", eu g
ncioso. Eu caí de joelhos no chão, no meio dos cacos, e chorei. Chorei por minha ingenuidade, por cada "eu te amo" que acredite
om a mesma roupa, o rosto pálido e os olhos arregalados de quem foi pego. Ele viu os cacos de vidro,
o explicar. Não é o qu
molhado de lágrimas, mas
u rouca, quase um sussurro. "Eu vi, Ricardo. Eu
mãos levantadas, como se estivesse
r isso, você va
ntei-me, trêmula, e apontei para a pasta azul jogada na cama. "Você a registrou,
rou. Ele não tinha mais como negar. Ele apenas ficou lá, parado, o
carregada de um veneno que eu não sabia que po
com aqueles olhos que um dia eu am
! Enquanto isso, você já tinha uma! Você me usou! Usou me
por fa
Você não tem esse
i o marido que eu amava. Vi um estranho. Um mentiroso. Um monstro. E naquele momento, em meio aos