começava a fazer nome na cidade. Ele, um arquiteto renomado e charmoso, herdeiro de uma família tradicional, com um portfólio de projetos que estampava as capas das revistas mais
u trabalho, em seus pensamentos. O casamento deles, que para o mundo era um conto de fadas, para ela era um longo e solitário corredor. Ela tentava preencher o vazio com os aromas
ozes alteradas vindo do escritório de Pedro, o único lugar da casa que era seu território exclusivo. A porta gera
o e de sua meia-irmã, Sofia, a bailarina delicada e frágil que Ped
ro era dura, cheia de uma angústia que Maria nunc
ra um sussurro trêmulo, carregado de medo. "As pessoas estão começa
o é nada. Ela é apenas uma fachada, uma ferramenta para que possamos ficar juntos sem que o mund
ou no chão de mármore. O barulho foi alto, mas ab
ra isso. Seu casamento, sua vida, seu amor... tudo uma farsa. Um artifício. Uma
rosto sorridente e esperançoso. Ela se lembrava de olhar para Pedro no altar, tão bonito, tão sério, e pensar que era a mulher mais sortuda do
um olhar frio e um "obrigado" monossilábico. Lembrou-se de todas as vezes que ela tentou iniciar uma conversa, compartilhar
sposa, ele a via como um objeto, um escudo para seu amor proibido. A dor era fís
parte da obra. Ela, uma jovem chef ainda desconhecida, sentiu o coração disparar. Ele era como um deus grego, inalcançável. Mas ela se
o coração na mão, escolhendo a roupa com cuidado, ensaiando o que dizer. Ele era sempre profissional, educado, mas ela via
iada
tinha indiferença. Ele falava com ela sobre o tempo, sobre notícias sem importância. Com Sofia, ele compartilhava segredos em suss
a desempenhado seu papel perfeitamente, sem nunca suspeitar da verdade sombria que se escondia sob a superfície daqu