-se perdida, no meio de uma temp
que estou mudando
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a trilha sonora de ação o tempo todo, nem aquele glamour que o pessoal de fora imagina. A verdade? É uma
elho estivesse tão cansado quanto eu. Levantava, calçava as botas ainda com os olhos semiabertos, e seguia o protocolo: alongamento, c
, era sempre o mesmo
minha kitnet, que ficava a três quarteirões dali. O caminho era rápido, e eu gos
o cozinhava, fazia um suco de morango daqueles de pó. O cheiro de morango artificial tomava o pequeno ambiente enquanto eu
a frente, e o copo vermelho do suco ao lado. Às vezes comia em silêncio. Outras vezes ligava a TV pra ouvi
bom, as noite
um banho morno e algo rápido pra jantar. A maioria das vezes acabava comendo um pão com manteiga e café com leite. Q
emana... tudo
lho de macarrão, que o telefone fixo da minha sa
nha até a central agora -
ara a panela, o mol
. Temos
O cheiro de tomate ficou pela cozinha, misturado
do crime, o déjà
s... o mesmo padrão. Mas o que mais me arrepiou foi o detalhe q
e macarrão ainda em cima da mesa, já frio. Não consegui comer
bafados de vítimas que nunca tive a chance de salvar, o olhar do homem que prende
ormir. Rolava na cama, encarando o teto. O ventilador fazia um barulho irrit
a ser só um copo de
ha inquietação, mas ninguém tinha coragem de tocar no assunto. Alguns at
. Passei a tarde inteira na sala de arquivo, com uma pilha de pastas na minha frent
ipo de a
o de estra
tipo
do estampado nos
omo se isso fosse me devolver o mínimo de normalidade. O suco de moran
nha antiga chefe do mercado, a Dona Ci
m, menina? -
respondi, olha
.. mas eu tinha certeza de qu
atingiu feito uma facada: o som do carrinho de ferro batendo na
da, uma nova vida... eu estava de
a tempestade e