com o corpo entrelaçado ao de outra mulher, a Lívia. A visão é clara, cruel, aterrorizante. O lençol cobre apenas o essencial, deixando à mostra o toque íntimo de suas peles suadas, co
m conseguir sequer gritar, ela sente a dor. Uma dor que não é só emocional, é física, violenta, esmagadora. Algo entre a
tica. É como se estivesse assistindo à própria morte em câmera lenta. O coração, antes cheio de planos e promessas, agora lateja como um tambor desc
futuro sonhado, agora jaz ali, desmoronado entre lençóis sujos de prazer e mentira. Aquela era a cama ond
relaxado, sereno, um retrato de satisfação pós amor. Lívia, tão à vontade, repousa nele com a intimidade de quem já pertence a ele e a
o mundo explodir. Mas sua voz não sai. A garganta está selada por
m. Dormem. Dormem como se
os ao chão. Um tremor sobe por suas pernas, alcança os braços, toma conta da pele. As lágrimas finalmente es
se falasse para a parede, para Deus, para qu
no dia da min
tar ao lado dela. O dia em que jurou
ser o início... ag
o que viveu com ele. Depois se vira, atravessa o corredor, com as pernas fracas e os ol
. A bolsa de Lívia jogada displicentemente sobre o sofá. Tudo ali testem
stouro. Uma ruptura. Como se fosse arrebentar as úl
. O vestido longo ainda está molhado da chuva. A maquiagem desfeita. Os pés descalços
nua a mesma, mas Beat
a não se importa. Caminha sem rumo, sem direção, como se o seu corpo estivesse em pil
vi
e Felipe tempo demais. Que ela sempre desconfiou... porque Felipe dizia que e
plode, mas se acumula como lava,
, ela s
sa
e como um eco n
a, Beatriz. Abra os olhos
estava com ciúmes. Achou q
as dele soam co
. Os planos. A vida a dois. O apartamento. A rotina
tir
delo que se recusa a acabar. O choro forte misturado com soluços. A chuv
migo, será que não fui
logo com
e just
tanta
cidade está nublada, borrada, girando ao redor dela. Cada passo a le
motor. Rá
arão
eio t
o, o i
Por um momento, ela voa. Um segund
tudo des
a por completo, um pensamento fin
i apenas u