os fixos em lugar nenhum - mas claramente longe dali. Ela. A garota do corredor. A aluna apressada, com os cabelos desalinhados e o cheiro de café barato. Ele tentou afastar a imagem da ment
comparecia pessoalmente, mas naquela tarde decidira ir. Por tédio. Por curiosidade. Por educação. E agora... estava completamente distraído. Deitou o corpo na cadeira e passou a mão pelos cabelos escuros, já cansado de si mesmo. Não era o tipo de homem que se deixava levar por encontros casuais. Tinha controle. Sempre teve. Aos 32 anos, já era conhecido por sua frieza. Um estrategista nato. Comandava uma empresa de capital fechado avaliada em mais de meio bilhão. Ninguém subia até onde ele chegou sem criar uma couraça - e a dele era de aço. Mas ali, naquele corredor de piso gasto, foi como se a armadura tivesse rachado. Talvez tenha sido o olhar dela, surpreso, mas não encantado. Ela não o reconheceu. Não soube quem ele era. E, de algum modo, isso o intrigou. Estava acostumado com mulheres que se moldavam ao seu dinheiro, ao seu poder. Que se maquiavam de promessas e intenções. Mas Rebeca... Rebeca apenas pediu desculpas e saiu. Como se ele fosse só mais alguém. Ele não sabia se queria rir ou se irritar com isso. Lembrou do momento exato em que a segurou pela cintura, da leveza do corpo dela e da tensão em seus ombros. Era como se ela estivesse sempre à beira da fuga. Sempre pronta p