servava o monitor que indicava os sinais vitais dele. Os últimos dias pareciam uma neblina de emoções confusas e doloro
mples toque naquelas alianças trazia à tona a ideia de um futuro que poderia estar ameaçado. Antônio estav
de trabalho, trouxe Clara de volta ao presente. Mariana estava ao lado dela, uma pr
orriam o rosto adormecido de Antônio, ela se lembrou de todos os momentos que haviam compartilhado recentemente: os passeios, as r
bem, aqui comigo - Clara murmurou
na mente de Clara. A imagem de Lucas, aparecendo em sua porta na noite do acidente, voltou à sua cabeça. Ele parecia preocupado, mas tamb
à dor que ela sentia. O sol brilhava, como se nada tivesse mudado. Mas para ela, tudo estava d
avemente, e Clara se virou pa
eira perguntou gentilmente.
u, mas manteve o silêncio. Quando a enfermeira saiu, ela
ontinuar aqui. - Sua voz era b
sabia que não seria fácil. Mas Clara estava disposta a lutar por eles, pelo futuro que quase tinham constr
ha de veludo, guardada em sua bolsa. Havia tantas coisas nã
a pronta. E, no fundo do seu coração,
quele quarto de hospital, enquanto o mundo ao redor seguia indiferente. O bip constante da máquina que monitorava os batimentos dele era um som que, a princípi
livros para ler, tanto para si quanto para Antônio. Sentava-se ao lado dele e lia em vo
olhava com a certeza de que haviam encontrado seu lugar no mundo..." - Clara lia uma passagem romântica, sent
eram tão familiares. Aqueles traços que ela aprendera a amar, e que agora pareciam distantes. Segurou a mão dele, suas voze
o, os próximos dias seriam cruciais. Clara tentava não pensar nos pio
Clara voltou ao quarto com uma nova energia. O enfermeiro
nder a estímulos - disse o e
do, temendo ter esperanças, mas incapaz de evitar o otimism
ssurrou, inclinando
, mas o suficiente para Clara sentir uma onda de emoção tomando conta de seu corpo. Os olhos de
, amor. Não vou
scia. Antônio começava a se mover levemente na cama, virando a cabeça ou movendo os dedos, e as equipes médicas estavam confiantes de
tiu algo diferente. Seus olhos estavam cansados, e as palavras começaram a borrar na
lar
estava olhando para ela, seus olhos abertos e confu
tremendo enquanto segurava a dele.
la acariciava o rosto dele. Ele piscou algumas vezes, s
- ele murmurou, sua
avalanche de emoções. - Você sofreu um acidente...
ando processar as informações. Sua mão, ainda fraca, move
o - ele disse
lágrimas. - Eu também te
a voltar à sua vida normal, e Clara estava ao seu lado em cada passo. Eles riam juntos de pequenas coisas, como quando ele tentava segurar
brincando, enquanto fazia mais um exercício de fisiotera
, ela sabia que o amor deles estava mais forte do que nunca. Não im
o deles estava se reconstruindo, tijolo por tijolo, como o centro cultural que ele sonhara, e ela
olada. Conforme ele ganhava forças, a verdade começava a emergir: o acidente talvez não tivesse