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A Lenda do Dragão

A Lenda do Dragão

5.0
2 Capítulo
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Sinopse

Índice

Quando aquele que eu amava me jogou nos braços da morte, tudo chegou ao fim. Eu morri, de certa forma. As chamas me consumiram, e do fogo eu resci. E encontrei a vida que eu estava destinada a viver. Eu rensci com uma missão: eu devo protege -lo, enquanto ele me protege. Agora eu sei que as lendas são reias.

Capítulo 1 Prólogo

Em uma terra distante, Liam protegia seu povo, qualquer ameaça por menor que fosse era ferozmente eliminada antes que pudesse atingir seus estimados súditos. Ele era mais que um rei aos olhos de seu povo, ele o filho da grande deusa, um Deus vivendo entre eles. Ele era aquele que estava lá antes de qualquer um deles, ninguém sabia ao certo sua idade ou origem.

Tudo o que eles sabiam era o que precisavam saber: Ele sempre esteve lá por eles, com eles. Ele os protegia.

Solaris era um dos quatro reinos, cada reino tinha afinidade com um lamento, Solaris era regido pelo fogo e seus habitantes eram devotos da grande deusa do sol. Eles acreditavam que a grande deusa mandará seu filho para cuidar deles. O Jovem guerreiro era pura bondade, ele não era orgulhoso, nem tinha ambições. Dono de uma beleza incomum e olhos que mudavam de cor de acordo com as suas emoções, ele era cobiçado pelas mulheres, mas estava muito ocupado protegendo e cuidando de seu povo para notar. O rei de Solaris jamais envelheceu, e as lendas sobre ele atravessaram gerações, tornando a teoria de seu parentesco com a grande deusa cada vez mais verossímil aos olhos dos moradores de Solaris.

Uma vez por ano, todos os líderes visitam o castelo e levam consigo presentes como forma de demonstrar seu respeito e gratidão, havia uma certa disputa silenciosa entre, pois acreditavam que o tamanho e valor do presente era uma forma de definir o status da tribo em relação às outras, quanto maior o presente, maior o poder do chefe da tribo. Mas Liam nunca levou isso em consideração. Para o Rei cada comandante era igualmente estimado, eles o ajudavam cuidando de seu povo enquanto ele travava batalhas para defendê-los e por isso eles já tinham tida a sua gratidão. Ele se via como um guardião, não fazia questão de presentes, ou ter seu aniversário celebrado com festas grandiosas, ele preferia que os recursos fossem usados em benefício de seu povo. Mas seu irmão mais velho o convenceu que seu povo se alegrava com as festas e as oferendas, ele dizia que seu povo se alegrava com a ideia de pagar pelo árduo trabalho de seu maior guerreiro.

Boris era irmão e braço direito de Liam. Apenas eles sabiam que aquele dia era aniversário de Liam, para os outros era apenas o festival anual da oferenda.

Cada um dos sete comandantes orgulhosamente deu-lhe um presente que representava o melhor que havia em suas aldeias.

E por último, o chefe da tribo central, a capital do Reino, entrou no grande salão do trono acompanhado de sua filha mais velha. Liam não entendeu de imediato, seu irmão notou sua confusão e orgulhosamente deu-lhe uma explicação a sua maneira.

— Irmão, esse presente eu mesmo ajudei a escolher, o que acha da sua noiva? — Boris perguntou sem esconder seu entusiasmo.

Liam não era o tipo de homem que se agradava com a ideia de usar mulheres. A ideia de uma mulher ser oferecida a ele como um presente não passava de um absurdo para ele. O

Liam não era o tipo de homem que se agradava com a ideia de usar mulheres. A ideia de uma mulher ser oferecida a ele como um presente não passava de um absurdo para ele. O rei se ajeitou em seu trono e aguardou ate que os visitantes chegassem até o fim do tapete vermelho que se estendia da porta de entrada até a grande cadeira de madeira com desenhos esculpidos em locais estratégicos para que um estivesse acima da cabeça do rei e outros dois ao lado de suas pernas.

Naquele dia, Rael foi o último a se apresentar ao rei.

— Meu rei, eu Rael, chefe da grande tribo central, humildemente ofereço a mão da minha filha Agnes. — Pai e filha se ajoelharam diante do trono de Liam e ansiosamente aguardavam por sua resposta.

Liam por sua vez olhou para o irmão e depois observou seu estimado comandante. Ele recebia os presentes de seus comandantes em consideração ao seu povo, seu irmão havia o convencido que eles se sentiam mais próximos do rei dessa forma. Mas “ganhar” uma pessoa? Isso extrapolou qualquer limite.

Ele agarrou o braço do seu irmão mais velho e a tentativa de conversar discretamente falhou devido a sua indignação — Irmão, eu exijo uma explicação imediatamente!

— Prezados comandantes, um banquete os aguarda no salão ao lado, logo o rei e eu nos juntaremos a vocês. — Anunciou o astuto irmão mais velho.

Boris aguardou a saída de todos os convidados para tentar convencer o teimoso rei a aceitar seus planos.

Ele havia plantado boatos no reino sobre o recente interesse do rei em se casar. Sendo ele a fonte o boato logo tomou força e ultrapassou os limites das terras do reino. Cada comandante de suas tribos com filhas em idades de se casar se manifestaram, informando seu desejo de ter sua filha casada com o grande filho da deusa do sol.

Eles não sabiam, mas a noiva do rei já tinha sido escolhida por seu irmão muito antes dos boatos começarem. Boris e Agnes já tinham um plano muito bem elaborado.

Ele sabia que seu irmão não tinha nenhuma intenção de se casar, a única maneira para isso acontecer seria usar o bem-estar do reino como argumento.

— Meu rei, como seu conselheiro é o meu dever assegurar que seu reinado não seja prejudicado, principalmente por coisas que você faz questão de ignorar. Mas como seu irmão, eu devo prezar pala sua felicidade. — O irmão mais velho sentou-se nos degraus do trono, humildemente. A cena toda tocou o coração do irmão caçula e ele sabia disso.

— Você tem estado sozinho por tanto tempo, está mais do que na hora de se casar e ter seus herdeiros. — Continuou.

— Eu não estou sozinho, irmão. Eu tenho você e meu povo. Além disso eu não pretendo me casar. Disse o rei ainda comovido com as palavras do seu irmão.

— Você escolheu cuidar e defender esse povo e eles lhe escolheram como seu rei e eu escolhi ficar ao seu lado, porém nada substitui certos laços, o vínculo que você terá com a sua esposa e filhos não pode ser substituído por mim, nem por mais ninguém. — Ele soltou um longo suspiro, olhando para a o por do sol além da janela.

— Os outros reinos já tem seus herdeiros, sua teimosia está deixando seu amado povo em uma situação delicada.

— Situação Delicada? Irmão, nós estamos aqui desde as primeiras auroras dos humanos e você sabe disso. Não é como se eu precisasse de um filho para me substituir na minha velhice ou morte. Nós nem mesmo não envelhecemos.

— Bom, as outras famílias estão crescendo em número. Pensei em como seria difícil para este reino vencer uma guerra contra eles.

Boris tinha um ponto. Liam foi convidado para o casamento dos outros reis, ele sabia que era o único que não havia constituído uma família.

— Conheça a moça antes de tomar qualquer decisão. — Boris sugeriu.

Após refletir sobre os prós e os contras, Liam aceitou a sugestão de seu irmão. Com a condição de que passaria um tempo com a filha de Rael durante o banquete e se não desse certo o assunto estaria encerrado. Ele tinha pela convicção que o assunto estaria encerrado antes do banquete terminar. Ele estava sozinho por muito tempo sem se apaixonar, não seria agora que isso mudaria.

Boris seguiu Liam pelos longos corredores do castelo, grandes quadros retratando as maiores batalhas do rei contra as criaturas que ousaram atacar seu povo decoravam as paredes de pedra, o chão era revestido com pedaços bem cortados de madeira que se encaixavam perfeitamente. O rei parou diante da grande porta de madeira esculpida com entalhes. Ele abraçou o irmão e juntos entraram no grande salão, cada convidado reverenciou o rei. Boris não recebia o mesmo tratamento, não naturalmente como acontecia com seu irmão. Ele exigia ser reverenciado silenciosamente com um olhar severo.

Liam não fazia diferença entre as pessoas, ele amava e respeitava o seu povo. Ele estava presente há muito tempo, viu cada família se formar e crescer através de várias gerações. Ele os tinha como sua própria família.

O rei conversou alegremente com cada um de seus convidados, ele ouviu atentamente tudo o que eles relatavam. Saber como seu povo prosperava era uma de suas maiores alegrias. Liam não tinha muitas oportunidades de estar em todas as aldeias. Haviam criaturas que atacavam a noite e reuniões para manter a paz com os outros reinos durante o dia.

Agnes se destacou no grande salão por sua beleza, a jovem mulher era alta e esbelta. Ela tinha longos cabelos ruivos que caiam em forma de ondas volumosas por seus ombros, a pele branca como leite deixava suas sardas em evidência. Havia algo escondido em seus grandes olhos verdes. Sua boca era fina e delicada assim como seu rosto era magro com maçãs bem definidas.

Ser a filha mais velha do líder da aldeia Central trazia algum prestígio, mas era pouco para Agnes. Ela queria mais.

Por ser mulher, Agnes sabia que a única maneira de atingir seus objetivos seria conseguir um bom casamento. Muitos guerreiros tentaram pedir a sua mão em casamento, Rael estava avaliando a melhor opção para desposar sua filha mais velha. Ele queria ter certeza que faria o melhor para ela e para a aldeia. O casamento de sua filha mais velha com o filho de uma família nobre poderia elevar o status de sua aldeia e trazer muitos benefícios para seu povo. E graças ao convite feito por Boris, ele teria ninguém menos que o próprio filho do sol como genro.

Liam observou pai e filha discretamente, seus olhos encontraram o da bela mulher de cabelos vermelhos algumas vezes, mas ela rapidamente baixava o olhar. Liam ficou intrigado com uma atitude tão submissa vindo de uma mulher como ela.

O alarme da fronteira leste tocou, o rei foi ate o pátio e com um breve assobio chamou seu melhor amigo, um alazão branco. Juntos eles correram para a batalha. Dragões haviam reduzido grande parte da muralha em cinzas. Vários soldados estavam soterrados entre os escombros, Liam ajudou seus homens e depois correu pela floresta seguindo a grande fera. Ele desceu de seu cavalo e se escondeu atrás de uma árvore perto de um grande buraco nas montanhas e observou enquanto o grande dragão negro feito a noite entrava cuidadosamente na caverna rochosa. Liam fez seu melhor para se aproximar furtivamente, uma tarefa difícil em uma floresta cheia de folhas, galhos e animais que poderiam facilmente denunciar a sua chegada.

Para a sua surpresa, quando ele finalmente entrou na caverna não encontrou nenhum sinal do dragão. O lugar estava totalmente vazio. A caverna não possuía nada mais que rochas e areia, porém o teto estava cravejado de pequenas pedras brilhantes. As pegadas das patas do dragão terminavam onde começava as pegadas de pés o que significa que a grande fera agora era um humano. Liam percebeu que estava sozinho na caverna.

A lua cheia brilhava no céu, os sons da floresta ao seu redor trouxe um sensação de relaxamento. Liam chamou seu cavalo e juntos retornaram ao castelo.

Ao entrar na sala do trono Liam se deparou com os outros três reis dos território vizinhos. Kai, Adam e Kaenu. Boris tentava acalmar Rael que chorava inconsolável com sua filha desacordada em seus braços.

— O que está acontecendo aqui? — O rei perguntou.

— Irmão, se não queria se casar com a jovem, bastava me dizer, não era necessário tirar uma vida. — Boris disse.

Liam ficou sem reação, ele nunca havia tirado a vida de um humano antes, não um inocente. Quando voltou a si, ele se viu cercado por Kai, Adam e Kaenu, cada um dos Reis o segurava fortemente.

— Isso é ridículo! Eu nunca toquei nessa mulher. Exijo que me soltem.

— Não podemos fazer isso viemos deter você, Liam. Regras existem para serem respeitadas. Você infligiu a mais sagrada de todas, tirou a vida de um inocente por mero capricho. Ela era sua prometida, não podemos deixar você sair impunemente. Você sabe o qual é a punição para tal ato de crueldade. — Disse Kai, o rei de Hydor.

Liam tentou lutar contra aqueles que o seguravam, eram os únicos homens capazes de tal tarefa. O rei de Solaris sabia qual seria sua punição pelo crime que ele estava sendo acusado, Um século preso e privado do seu elemento.

— Eu não posso deixar meu povo por cem anos, o que será deles até que eu retorne?

— Boris e eu cuidaremos de Solaris. — Respondeu Tenebril, o mago era tão antigo quanto os quatro reis.

Um sentimento que Liam nunca havia sentido o invadiu, o ódio queimava feito brasa e seus olhos dourados como mel agora estavam vermelhos. Adam e Kaenu soltaram seu corpo agora em chamas.

Liam agarrou o braço de Kai e com um movimento rápido arremessou o rei regido pela água para o outro lado do grande salão.

Grandes raízes britaram do chão e se enrolaram em suas pernas.

— Rápido com isso, Tenebril. — Boris gritou.

Tenebril ergueu seus braços esguios, apontando seus longos e finos dedos para o seu ele proferiu as palavras que selariam o destino de Liam para sempre.

— Aquele que do fogo foi criado... Para o fogo voltará... Antes brilhante como o sol... Coberto de escamas será... As chamas que banham seu corpo ele cuspira... Apenas o amor de uma mulher a vida lhe devolverá... Até que o ódio em seu coração seja vencido por um sentimento oposto, homem não será.

Uma fumaça negra surgiu e envolveu o corpo do rei de Solaris, quando a fumaça se dissipou um grande ovo dourado estava no lugar aonde Liam estava.

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