Não andando muito bem sobre a altura, e sendo tão desastrada quanto sabia que era, Alyssa pensou se a reunião da tarde naquele dia era tão importante assim. De outro modo, teria até se vestido formalmente, mas com certeza não colocaria saltos.
- Tomo o café da manhã agora? Ou Desço depois? - Se perguntou depois de olhar na agenda cheia de seu chefe.
Mas antes de ter tempo para si responder, ouviu o barulho de objetos sendo arremessados ao chão no escritório do CEO.
Mais do quê depressa, Alyssa abriu a porta e se assustou com um telefone que quase acertou seu joelho.
- Senhor! - Gritou mostrando ao chefe que estava presente.
O CEO cessou com a destruição, mas sua cara alterada e a maneira como sua respiração parecia desenfreada acionou o alarme de perigo dentro da secretária.
- Saia agora, Srta. Bauer. - Se dirigiu a ela ainda em tom neutro.
- Têm certeza senhor? Talvez possa ajudá-lo.
- Saia!
A rispidez do chefe a deixou ofendida, Alyssa se retirava da sala, mas retrocedeu não aguentando engolir desaforo.
- Olha aqui... - Parou no meio da frase o vendo apertar a mão contra o peito e não parecendo nada bem. - Senhor?
De repente Christopher Hemsworth , o CEO mais imponente que conhecera, era uma muralha derrubada.
- Senhor! Senhor! - Bateu sobre a face do homem desmaiado no piso frio de mármore.
Nada, sem reação alguma.
[...]
A verdade, era só uma. Christopher enfrentava uma dura realidade por trás do homem frio de negócios. Agora está mesma pena lhe afligirá, e sem poder desquitar a frustração que lhe caia em cima, o pobre coração já não aguentará.
Passou um breve momento sentindo o peito doer, a falta de ar tomá-lo, mas por fim passou. Quando seus olhos se abriram de novo estava em casa, na cama e sua irmã, Louise, andando de um lado a outro.
- Ise, o quê aconteceu? - Questionou a irmã, ainda atordoado.
Os sentidos não estavam em cem por cento, mas pelo menos o peito já não lhe doía.
- Você quase teve um infarto! - A irmã lhe gritava. - E quase nos matou do coração também!
Pensou no quanto Louise conseguia ser exagerada, mas percebeu o quão sério era o assunto depois de ouvir melhor a conversa fora de seu quarto.
Reconheceu a voz e tinha a certeza de quê era a secretária, a voz de Alyssa, para ele era sempre muito parecida com a de Louise e de algum modo era mais fácil tolerá-la por isso.
" A novata " assim era como a lembrava, pois Alyssa estava no emprego a um mês e nem se quer terminava o período de prova, mas já se fazia notável em vista da antiga secretária quê havia durado apenas uma semana.
- Claro, ficarei de olho e diminuiremos todo o estresse que pudermos. - Alyssa dizia do lado de fora dos aposentos do CEO.
Estava acostumada a falar com os médicos, tendo em consideração que sua mãe passou por momentos bem difíceis na gravidez de seus irmãos mais novos.
- Ótimo, aqui estão algumas prescrições e cuidados. Mas ainda sim, recomendo que o levem quanto antes para fazer uma bateria de exames mais aprofundados. - O doutor disse antes de ir.
Ela o acompanhou até a saída e voltou para o quarto, vendo seu chefe abatido, mas melhor.
- Como se sente? - Questionou se aproximando e retirando uma cápsula do frasco do remédio, o entregando junto de um copo d'água.
- O quê faz aqui? - A pergunta a irritou.
- De visita... - Murmurou e depois em tom mais audível disse: - Me encarregando de quê o senhor esteja bem. - Sorriu falso, mas bem desfaçado.
- Pode ir.
- Como quiser. - Ela já se retirava do quarto, do contrário perderia o emprego por lhe dizer umas boas grosserias.
Ela já se retirava quando, Louise se entre pôs entre a porta e ela.
- O quê foi?
- Não pode me deixar assim, não posso cuidar do meu irmão sozinha e ainda tem a Char..
- Deixe a ir! - Gritou o CEO interrompendo as palavras da irmã.
- Gostaria de ajudar, mas se o Sr. Hemsworth não se sente à vontade, é melhor eu ir.
İnflando as bochechas, e juntando as sobrancelhas como um adolescente emburrada, a jovem conseguiu convencer o irmão a dar volta em suas palavras.
- Que ótima irmã você é, prefere sair e me deixar assim? - Disse ele repudiando Louise.
- Não faz assim, é claro que sinto muito pelo meu irmão, mas ainda preciso estudar e fiquei o dia todo com Charlotte.
- Já entendi Ise, já quê precisa tanto então vai. - Virou a cara para irmã e o silêncio se faz cortante no espaço.
Cinco minutos, nem uma palavra, e de repente todo aquele silêncio desmontou com o choro inconfundível como o de um bebê.
- O senhor tem filhos? - Alyssa estava tão surpresa, que por um momento cogitou ser loucura.
- É Charlotte, minha filha. - Disse como se não estivesse feliz em revelar.
- Não a mais ninguém aqui, certo?
- Sim, e o que tem haver?
- Não posso simplesmente ouvi-la chorar e ficar aqui te olhando. - Disse Alyssa, em seguida saindo do quarto.
Não esperou que ele dissesse algo, apenas pelo choro, poderia achar a pequena. Depois de chegar ao quarto da bebê, se impressionou com o quanto a menina se parecia a seu pai.
- Oi princesa. - Chamou atenção da bebê, que deixou o choro de lado e ficou curiosa.
- Não toque nela. - A voz do CEO, surgiu no quarto.
- Como quiser. - Levantou as mãos como se estivesse rendida por um policial. - Não me quer aqui, já percebi senhor. Então já estou indo, mas se cuida, esta bonequinha precisa de um pai saudável e eu preciso de meu chefe comandando a empresa como só o senhor faz.
Depois de sair do quarto, Alyssa finalmente respirou, estava tão preocupada pela situação com seu chefe e seus próprios problemas quê pelos últimos minutos no quarto da pequena garotinha, ela prendeu o ar.
Saindo para pegar o táxi, se perguntou se realmente estava fazendo o certo em deixá-lo tão fraco cuidar de si mesmo e de um bebê.
A consciência lhe pegou e ela em fim si deu por vencida.
- Certo, sou uma boa pessoa, e infelizmente não posso ir assim.
Voltou-se para o portão de entrada, Alyssa deu um passo para dentro.
- Por favor universo, que ele não seja tão chato. - Pediu de mãos juntas.
Continua...