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Resistir

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5.0
1 Capítulo
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Sinopse

Índice

Acabei de acordar, baby e você já está na minha mente. O sol nasceu e o céu está azul. Hoje está lindo lá fora e você também. Eu te vejo, a medida que abro meus olhos todos os dias e tudo o que mais quero ver é você! Não em minha mente, não distante, mas... Aqui, próximo de onde posso tocar. Espero que sua manhã seja tão brilhante e linda quanto seu sorriso, minha querida. Que o universo conspira para que você encontre o caminho até mim... Rodrigo Strada.

Capítulo 1 Epílogo

Não importa quanto tempo vai passar! Não importa nada, o que passou... o cheiro adocicado de uma infância feliz sempre vai trazer de volta. As Memoráveis lembranças...

Simone F. de Paula

🌹🌹🌹

Era o início dos anos noventa, o recomeçar de um novo ano letivo deixava a juventude ansiosa para o retorno das suas atividades escolares, reencontrar os amigos estava dentro desse contesto, fragmentados de nostálgicas lembranças. A menina era minúscula estava sozinha se esquivando dos outros alunos, tentava alcansar o folheto que continha a lista dos nomes e suas referentes turmas. Ela ansiava descobrir qual seria sua sala e quais seriam seus mestres. Sempre pensou nisso, em como seria quando chegasse o dia em ela fosse estar em uma faculdade. Seus dias seriam preenchidos de tantos conhecimentos e tantas histórias: lendárias histórias vividas em um campo universitário, como sempre quis. Como sempre sonhou. Estava entusiasmada com tudo, cada um daqueles aluno não lhes passavam despercebidos. Ao fim do dia havia concluído. — Então era isso: jovens doidos que andam grudados, um no outro, correndo descontrolados, falando alto, exibindo seus corpos ao mesmo tempo em que cochicham olhando- na. Ela era a novata; o assunto nas rodas de fofocas. — Grande merdas! Exibicionistas, babacas. — Havia pensado, cada vez que um deles tentava testar sua paciência. Ela não se importava com aqueles alunos riquinhos que dominavam o campo e pensavam ser mais que os outros. Ela, não se importava nem, com suas irônicas risadas e bem menos, com suas curiosidades sobre quem ela era; e o porquê; havia um nome de peso sobre seus ombros. A caloura da turma A: em uma sala de medicina, sentia- se radiante. Tudo que havia sonhado estava acontecendo de fato, nada que aqueles veteranos fizessem para a rebaixar ia fazer diferença. Nem seu trotes e suas piadas sem graça. Ela estava preparada para o que tinha por vir e saberia como lidar com tudo.

Quatro horas haviam se passado, ela nem tinha se dado conta. As metodologias que iam ser aplicada na aquela turma de trinta e dois alunos a manteve intertida, cada mestre apresentado era um brilho intenso em seus olhos doces. Isso a fez esquecesse a turma e o modo em que foi recepcionada por eles. Na primeira carteira da primeira fileira manteve o seu campo de visão protegido de eventuais distrações. E foi assim por três anos que se seguiram na faculdade.

Nina não se envolvia em nenhuma questões de brincadeiras, diversões alheias e nada que a distanciasse da magia do aprender ela queria tudo daquilo, cada vez mais.

Sentiu pena ao despedir dos professores e dos três grandes amigos conquistados naqueles anos. Ansiava pelos retorno e os trabalhos acadêmicos, se fosse permitido ela não abandonaria os laboratórios cheios de informações e mistérios, as férias eram pedras de tropeços para quem amava estar naquele universo. Era tudo tão fascinante para ela. Aqueles muros altos guardavam coisas valiosas de mais e deixa- los escondidos, parado sem vida por quase setenta dias, era simplesmente inaceitável. Ela resmungava por não fazer parte da turma de apoio ao alunos repetentes. Contudo, infelizmente as férias faziam parte, e seus caros colegas de turma ansiava pela paz de não ter o que estudar e bem menos provas para pensar. Eles se despediam um do outro felizes, conquistaram boas notas e estará livres de estudos extras. Ela olhou o grande portão, sendo fechado e disse tristemente. — Até o próximo ano então. Salazar!

Salazar: era como chamava aquele complexo estudantil da cidade universitária de Maringá. Uma homenagem ao professor português idealista e ditador. Gostava dos seus discursos mas não de sua política e sempre que podia tinha um bom texto de Salazar para discutir com alguém que valesse apena ouvir. Nina era era aquele tipo de estudante interessada em uma boa história e um bom nome. Por isso já conhecia Salazar e toda a sua biografia.

"Às almas dilaceradas pela dúvida e o negativismo do século procuramos restituir o conforto das grandes certezas. Não discutimos Deus e a virtude; não discutimos a Pátria e a sua História; não discutimos a autoridade e o seu prestígio; não discutimos a família e a sua moral; não discutimos a glória do trabalho e o seu dever."

(O seu célebre discurso pronunciado em Braga em 28 de maio de 1936...).

Quando o Salazarismo tomava conta de uma era: Ela, deixou as lembranças do que estudou naquele último ano fechado em suas excelentes notas. Pensando no discurso de Salazar, mais uma vez. Os seu amigos tinham dificuldades de entende porque ela seguia aquela linha de raciocínio sobre um político que usava seu discurso monárquico pra conquistar o poder. Não discutia, pois; eles não entenderiam as coisas que conhecia... focou apenas em seu caminho, tinha uma festa para organizar e uma listagem grande de obras sociais para administra juntamente com Stella. E, isso era o que ia mante- lá ocupada nos próximos vinte e cinco dias que antecedem o Natal... As empresas filantrópica da família Strada havia alcançado mais fronteiras nesse ano e o tempo era curto até a próxima viagem para Espanha, para a Mansão Strada, onde Marianna a aguardava para mais lições ancestrais da antiga linhagem wilccana. Em breve ela receberia o batismo e tinha que estar pronta.

Nina fechou a porta atrás de si ao entrar na sala da família que a acolheu, sentiu aquele cheiro amadeirado do ambiente e sorriu. Correu as escadas a cima cantarolando ia tomar um banho e descer para o jantar, animada para o que estava por vir não fechou a porta do seu quarto e tão pouco a do seu banheiro e com isso a água caia em seu corpo pequeno enquanto rebolava sua canção favorita, foi quando saiu de lá enrolada na toalha que veio um grito repetindo uma antiga sena passada. Dessa vez ela não correu e tão pouco caiu. Mesmo surpresa ela o encarou. — Inferno Rodrigo! O que faz aqui em meu quarto.

— Estava aberto e tive curiosidade de saber que espécie de pássaro cantava tão bem no chuveiro.

Ela abriu a boca surpresa e jogou nele sua escova de cabelo. — Não acredito! Cretino, você me espionou!?

— Bem, por mais louco que eu estava para ver a sua nudez, me contentei em apenas ouvir sua voz, baby. — Ela pôs a mão em seu peito e deixou o ar sair aliviada. Mesmo sabendo que ele jamais a espiononaria no seu banho.

— Okay, Rodrigo a música acabou, agora me da licença. Preciso me vestir.

— Eu me sinto bem aqui. Não vou olhar. Prometo...

Nina cruzou os braços em protesto e o apontou para porta. — Não seja idiota!

Rodrigo levantou- se de onde estava e seu tamanho quase dobrou, Foi inevitável não reparar o quanto ele estava mudado fisicamente. Havia se passado quase dois anos desde, quê: se viram pela última vez. Seu coração aumentou o ritmo e sua voz calou- se quando ele estava bem próximo.

— Você não é mais uma menor minha menina. Já posso te ensinar alguns segredos de como funcionam certos órgãos no corpo humano. — Ele segurou o rosto frágil em uma de suas mãos, contornou os lábios com o polegar.

Uma corrente elétrica havia percorrido o seus sistemas, deixando a pele arrepiada. Ela tentou em vão afasta- lo, não queria permitir que ele continuasse com aquela sedução traiçoeira ao mesmo tempo em que desejava aquilo. Os seus olhos se cruzaram, os deles tinha um desejo contido. Os dela havia fogo, paixão e saudades. As glândulas salivares preencheram sua boca e teve necessidade de engolir.

Rodrigo aproximou o rosto, sugou o cheiro do recente banho, a pele ainda úmida o fez querer saber que sabor ia encontrar nela. Os lábio se tocaram levemente, rápido demais. Em segundos recebeu um comando mental e a deixou se vestir, ele saiu praguejando.

Um mundo de sentimentos invadiram a mente brilhante de Nina, embora quisesse afasta-lo, desejou experimentar o que ele oferecia. Havia sido fácil se tivesse continuado com sua indiferença toda vez que tinham que estar no mesmo ambiente. Ela já estava acostumada a ignorar esse comportamento, já havia esquecido seu toque e suas insistência de estar colado em seus lábio. Aquele retorno, o toque a audácia de entrar novamente em seu quarto a fez retroceder a antigas lembranças, ainda estava paralisada sem saber como devia se comportar, não pensou que Rodrigo voltaria a insistir em tê- lá em seus braços, como antes. Nina não sabia se dessa vez conseguiria resistir a ele. Nem mesmo ele, sabia se conseguiria manter a distância por mais tempo.

Olhando sua imagem no espelho, pensava... como seria se tivesse deixado ele ir além dos beijos ardentes. Agora, seu corpo já havia adquirido uma nova forma, mais sensual e adulta. Ela se sentia mais madura e há tempo não pensava mais como uma menina inocente, apenas o tamanho de um metro e cinquenta e um, deixou a desejar nessas mudanças homoniais. Naquela altura da sua recente vida juvenil qualquer lembranças dele a fazia ter um aquecimento desconhecido em uma parte sensível entre suas pernas.

Ela olhava seu reflexo, mais vezes do que queria. Corrigiu a maquiagem e repetiu a escovação nos cabelos. Ela tinha fome, mas também ânsia em estar com ele. Testar a sua resistência.

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