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Beijos Roubados

Beijos Roubados

5.0
5 Capítulo
47 Leituras
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Sinopse

Índice

Uma história de amor, mágoas e redenção no século XVIII Débora Winter, uma jovem de espírito gentil e coração apaixonado, vive à sombra de sua irmã mais velha, Catherine, cujo egoísmo e frivolidade desencadeiam um escândalo que afeta a vida de Eric Bugmann, um homem íntegro. Após ser humilhado e abandonado por Catherine, Eric parte para a capital, deixando para trás seu irmão mais novo, Arthur, e um coração despedaçado. Débora, com sua determinação inabalável, assume o cuidado de Arthur e, ao longo de um ano e meio, desenvolve uma relação de amizade e proteção com o rapaz. Mas tudo muda quando Eric retorna, decidido a corrigir os erros do passado e a recuperar o vínculo com seu irmão. O reencontro entre Eric e Débora é repleto de tensão, mágoas e segredos não ditos, mas também de uma atração que ambos relutam em admitir. Enquanto os dois navegam entre os desafios do amor, da honra e das expectativas da sociedade, o destino os força a confrontar seus próprios sentimentos. Em meio a beijos roubados, mal-entendidos e momentos de ternura, eles descobrem que o amor verdadeiro é aquele que desafia as regras e resiste ao tempo. Beijos Roubados é um romance envolvente que mistura a intensidade dos dramas de época com a delicadeza dos sentimentos humanos. Uma jornada de autodescoberta, perdão e a busca pelo amor que desafia todas as convenções.

Capítulo 1 Prólogo

Catherine, uma jovem de 18 anos, família abastada, possuía cabelos castanho, olhos cor de mel e uma pele clara, envolta em beleza e graça, sempre atraindo olhares por onde passava. Ela era prometida para um casamento arranjado, um contrato com um nobre de idade considerável, mas que se mostrava interessante por sua posição do que por qualquer outro aspecto. Catherine, no entanto, não resistia ao prazer de ser adorada e observada.

Eu mais novo divertimento era Eric, um jovem vizinho, alto, de 18 anos, de aparência fascinante, com cabelos escuros e ondulados, expressão suave mas intensa, e olhos pretos que a observavam com muita admiração e encanto. Durante semanas, Catherine o cativou com olhares e sorrisos.

- Eric, querido, que bom vê-lo por aqui. – Ela disse, com um sorriso que exibia ligeiramente os dentes, um gesto que era considerado uma maneira encantadora mas também estratégica de se fazer notar. - Você poderia ajudar-me com as encomendas? Creio que exagerei na compras hoje.

- Claro, Srta. Winter. – Eric respondeu, ligeiramente surpreso com a facilidade com que ela o chamava para servi-la, sabendo que sua posição não era suficiente para justificar esse tipo de familiaridade.

- Eric, você está muito bonito hoje. – O elogio, quase ingênuo, parecia mais uma afirmação do que uma verdadeira surpresa, mas ele sentia o peso de suas palavras. Não era apenas o tom de voz dela, mas a maneira como ela se aproximava, o olhar sutilmente provocador, que o fazia sentir-se pequeno e grande ao mesmo tempo.

Eric, com seus 18 anos e sem título de nobreza, sabia que seu lugar era outro. Ele vivia com o irmão mais novo. Às vezes encontrava com Catherine na cidade ao levar os produtos das fazendas da região para venda no mercado. Ele ajudava várias famílias na região e em troca lhe pagavam um bom salário.

Apesar do vento frio de outono, ela sempre estava muito arrumada, com vestidos levemente bordados e maquiagem da moda, destacando-se na multidão.

A Fazenda Winter era bem conhecida na região pela qualidade dos seus produtos como queijo, leite, trigo, milho e arroz. A fazenda estendia-se por amplos campos, pontilhados de árvores e cercado por colinas. O Casarão de pedra, construído há duas gerações, mantinha a solidez de uma construção próspera mas sem a ostentação dos palácios da nobreza. As janelas altas e a madeira escura da mobília eram detalhes que mostravam uma riqueza discreta, conquistada com muito trabalho. Ao redor, dispersos, viam-se os alojamentos dos trabalhadores e o celeiro, onde se armazenava o milho e outros grãos que sustentavam a economia da família.

Eric sempre ajudara sua família com o comércio, especialmente na venda dos produtos da fazenda, além de trabalhar arduamente durante os períodos de colheita. Inicialmente, envolvera-se por interesse, mas, após a morte prematura de seus pais, tornou-se uma questão de sobrevivência. Ainda jovem, assumira a responsabilidade de cuidar do irmão mais novo, Arthur, enquanto colaborava com as famílias da região para garantir seu sustento.

Entre os proprietários para quem prestava serviços, estavam os Winter. Ele tinha trabalhado nas terras deles em diversas ocasiões, ajudando na colheita ou no transporte de mercadorias. Embora conhecesse bem o nome da família, nunca tivera a oportunidade de interagir com as filhas do patrão. Para Eric, as jovens Winter pertenciam a um mundo distante, marcado por luxos e formalidades que não se aplicavam a alguém como ele. Seus encontros eram limitados a vislumbres ocasionais, de longe, enquanto ele e os outros trabalhadores desempenhavam suas tarefas.

Mesmo assim, os Winter eram conhecidos por tratar bem seus empregados, o que lhe fazia nutrir um respeito particular pelo senhor da casa. Mas, ao mesmo tempo, Eric sentia o peso de sua posição. Estava ciente da barreira social que o separava daquela família, especialmente das jovens senhoritas, cujos mundos não pareciam jamais cruzar com o seu.

Certa noite, Eric recebeu uma carta selada, entregue discretamente por um criado. O bilhete, escrito com caligrafia apressada e cheia de curvas, convidava-o para encontrá-la em um recanto isolado e discreto, longe dos olhos atentos da sociedade. Apoiando-se na cumplicidade de suas amigas, Catherine arquitetou tudo com a precisão de quem sabia o que desejava – ou, talvez, de quem sabia o que desejava esconder.

Eric hesitou, mas sua paixão o venceu. Aquela noite, ao luar prateado que banhava o esconderijo escolhido, Catherine o recebeu com um sorriso enigmático e gestos que denotavam uma confiança perigosa. Para ele, cada palavra sussurrada, cada olhar que ela lhe lançava, parecia prometer um futuro ao lado dela. Quando finalmente se renderam ao calor daquele momento, Eric sentiu que havia selado ali um laço irrevogável, uma prova de amor que carregaria como uma promessa sagrada.

Para Catherine, porém, a noite teve um significado muito diferente. Para ela, foi apenas uma escapada, uma rebeldia fugaz antes de cumprir o destino que lhe fora imposto: um casamento arranjado com um velho nobre, rico e de influência, mas pelo qual ela não nutria nenhum afeto. Catherine apreciou o momento, talvez até mais pelo desafio e pela sensação de liberdade do que pelo próprio Eric. Quando a noite chegou ao fim, ela sabia que não haveria continuidade, não importando as esperanças que ele pudesse nutrir. Para ela, aquilo não passara de um capítulo encerrado antes de a página virar.

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Mais Novo: Capítulo 5 Quatro   12-05 05:28
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1 Capítulo 1 Prólogo
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2 Capítulo 2 Um
23/11/2024
3 Capítulo 3 Dois
24/11/2024
4 Capítulo 4 Três
24/11/2024
5 Capítulo 5 Quatro
25/11/2024
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