H
o estava gravada em minha memória desde a primeira vez que provei um gole da xícara dele. Eu era adolescente e pensava que beber café fosse me fazer parecer sofisticada e produtiva. Meu pai
dade, para enfrentar as aulas de manhã cedo e as longas noites
mpo, eu não queria que esses pensamentos desaparecessem. Sentia muita falta dele, pensando em todas as vezes que havíamos bebido café juntos e conversado sobre a indústria à qual ambos nos dedicávamos. Seguir os passos dele e
preexistentes, soubemos que restava pouco tempo. Era horrível pensar nisso, e nunca cheguei a assimilar o que estava acontecendo. Mesmo após sua partida, não consegui aceitar a situação. Não conseguia acreditar que ele não entraria em casa ou
ue ele estivesse lá para me ver. Em algum lugar dentro de mim, eu sabia que ele e
disse Juniper do o
libertou dos pensamentos me
nto me levantava para pegar a
meu cereal favo
m rodelas.", falei, passando a tigela por
nos lábios, mas o cansaço em seus olhos indicava que ela não dormira muito. Isso acontecia de vez em quando. Em algumas noites, não ter meu pai ao
a todos os dias e eu, provavelmente, dependia dela mais do que ela de mim. Mas eu sabia que estar ao meu lado e ter minha filha em sua vida eram coisas que a mantinham animada. Tecnicamente, ela era a herdeira da empresa, e, de fato, cuidara dos negócios com força e dignidad
cidir que queria me mudar para um estado completamente diferente e simplesmente fazer isso, sem nenhuma preocupação. Tudo mudou quando Juniper nasceu. Ela transformou minha vida mais do que eu poderia ter imaginado ou previsto. Trouxe-me incríveis doses de alegria, mas tamb
do. Algo que eu não contara a ninguém, nem à minha mãe. Eu o escondia de um homem que ocupava uma posição importante na cultura da cidade e que exercia muita influência sobre diversas pessoas. A mudança para Chicago significava ficar perto dele o
o nos desafios à minha frente. E, entre todos esses desafios, o maior era aquele que eu nem sequer revelara a ninguém ainda. Eu havia passado cinco anos juntando meus cacos e tentando organ
aria longe dele e esconderia Juniper a todo custo. Era um plano de merda, mas era necessário, e eu não tin
aos poucos, até que eu estivesse no comando. Sua morte me obrigou a assumir o controle a passos largos, mas o acor
rativos para a viagem a Chicago e enquanto nos instalávamos. Naquela manhã, cumpr
pações desde o momento em que eu entrara no caminhão de mudanças, mas eu, definitivamente, não começaria com ele. Estávamos em uma transição, e eu precisava fazer tudo
tensamente e passei todos os meus momentos livres com Juniper. Minha filha era extremamente tímida e tinha dificuldade em se acostumar com coisas novas. Minha mãe e eu nos esforçamos ao máximo para ajud
ue eu sentia que estava chegando ao meu limite e, exatamente quando eu precisava, ela conseguia dizer coisas que pareciam ter sido ditas pelo meu pai. Já tínhamos passado nossas primeiras três semanas em Chicago, e, até então, as cois