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A prostitua

A prostitua

Autor: Nicotina
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Capítulo 1 A postituta

Palavras: 2751    |    Lançado em: 18/02/2021

uic

dade mórbida dos seres humanos em si já é um tipo de insanidade, tudo isso acontece inconscientemente, as pessoas não se dão conta da lógica nem da razão, an

si. Que loucura! Esse homem deve ser um desses loucos que andam por aí sem rumo na vida. Ninguém em seu estado normal comete suicídio, pelo menos é esse o parecer nada científico do senso comum. Pensa uma senhora de idade mediana, que também tem fi

pois se são comuns, são porque se encontram a esta hora a passar por um centro comercial, pessoas que não raro se deslocam em busca de garantir seu pão diário. Port

oa humana e comum como os demais. Contudo, quem o faz é um senhor bem vestido, que pelo traje e vocabulário podia ser um advogado, um professor, ou mesmo um doutor da área médica. No entanto ele silencia. C

ngas, que olhava o morto sem demonstrar nenhuma confusão mental ou interesse

istória trágico-urbana. Esse cão, que mesmo sendo incomum nas suas atitudes e gestos, além de uivar podia chorar, levando em conta que o contexto nos daria razão para supor ser normal, um cão que chora, todavia não é esse cão o cão das lágrimas de outros tantos romances famosos e incomuns, como se apresenta este nosso Ensaio Sobre a L

no mundo da razão. Embora existam aqueles que apregoam que a razão deve nos conduzir a um estado natural de aceitação, e que a decadência física deve ser encarada como algo normal - a morte sendo um fim para dar à luz a outra realidade menos dolorosa. Contudo, isso pode ser uma bestial ide

símbolos daquilo que antes desconheciam. Mesmo depois da evolução da linguagem, ainda continuamos a viver como que em uma espécie de Torre de Babel, continuam

dade, luxúria, desejo, maldade, sorte, felicidade. Enfim, é uma profusão de confusões produzida

r a atenção do leitor para este universo que é ainda mais caótico do que o estado fí

dali, enquanto uma multidão de transeuntes se ajunta para ver o corpo que caíra de uma altura de trinta anda

s queimado pelo sol. O homem era pedreiro, a mãe dona de casa, e os filhos eram crianças pobres que não sabiam ainda dos perigos das ruas, nem conheciam a tragédia de perto, só sabiam da pobreza honesta que viviam com os seus pais, num subúrbio qualquer de uma grande cidade, de algum lugar sem importância geográfica para nossa história, onde as pess

ma em grau de parentesco, pessoa anônima como são todos os excluídos. É um

algum moribundo andarilho, pessoa sem lar, sem amor nem pátria, que se despedaça ao cair no chão de uma rua larga, no centro de uma gran

ia no prédio mais alto da cidade grande, pessoas comuns não sabem o porquê, mas os jornais são proibidos de noticiar fatos dessa natureza. Há quem diga, portanto, que sendo noticiados os suicídios aumentariam vertiginosamente e que logo chegaria a uma demanda tão alta que o Estado não daria conta de fazer gratuitamente tod

e capital, talvez por isso logo chegassem os bombeiros para limp

m chamados, pois não atendem a esse tipo de ocorrência factual, eles não socorrem suicidas, e os bombeiros, assim como os santos, tam

sses indivíduos, que fossem diagnosticados como futuros suicidas poderiam, por foça de lei serem internados para tratamento regenerativo da razão. O perigo seria incorrer em equívocos como os registrados no “* Alienista”, talvez não ficasse ninguém à solta para contar a história e suas consequências. Esse fracasso revela

am que as pessoas se matam, não raro como forma de protesto, para chamar a atenção do mundo em sua volta. Todavia, se nos aprofundarmos neste tema árido, encontraremos outras respostas, talvez menos dogmáticas. Contudo, o mundo das ideias nos permite averiguar os subterrâneos da alma. Todavia, pensamos, não raro, sobre muitos eventos aos quais nunca poderemos experimentar. Esta viagem sem volta nem objetivo, que é a morte involuntária, permanece há incontáveis eras sem elucidação. Loucos dizem que morrer é bom, ao passo que outros, talvez mais loucos, digam que a vida tem algum objetivo. No entanto, nem sempre conseguem explicar. O que sabemos de concreto é que ninguém jamais voltou do had

enção das nossas próprias dores, para lamentar as dores dos outros. Há uma explicação para esse fenômeno psicossocial, que pode ser até certo ponto relativa. Os homens são solidários, geralmente na dor, já no prazer são supra egoístas, ao passo que não há hipocrisia em seus desejos, pois não se convida, por exem

fazer antes uma reflexão sincera. Talvez pelo amor ao próximo, por compaixão. Na verdade, pensamos em nós próprios, diriam que isso acontece de forma inconsciente. Eu, porém, digo que pensamos mesmo de forma muito consciente. A dor alheia é, sobremodo, o prelúdio de nossas próprias dores, sinais naturais de que também trilharemos o mesmo caminho, logo esta memória coletiva, de que a dor é o fim ou a ausência do prazer nos assusta, e, a aparente preocupação altruísta com nosso próximo nos permite esquecer ou mesmo dividir a nossa dívida, a culpa de uma consciência agonizante. O qu

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