Ferr
sitantes. Apenas o bipe rítmico das máquinas e a ocasional pergunta educada de uma enfermeira. Foi uma confirmaçã
ço pareciam mais pesados, mais frios do que nunca. Ao abrir a porta da frente, uma cacofonia de risadas
us movimentos brincalhões e íntimos. Larissa ergueu um ornamento cintilante, rindo, enquanto Ricardo ajustava um cordão de luz
el e inaudível. Queria me virar, corre
e fixo no lugar. "Ah, Alina! Você voltou! Onde você s
forçada, eram uma alfinetada mal disfarç
car o hospital, a febre, a solidão esmagadora. Qual era o pon
ão, uma pequena caixa embrulhada na mão. "Alina", ele disse, sua voz surpreendentemen
sente, uma caixa p
ndo os dele, um contato fugaz que enviou um estranho arrepio pelo meu braço. Era um colar de prata delicado, intrincado e bonito. Era algo que Larissa usaria.
ducado. Agarrei a caixa, uma dor oca se espalhando p
olidão do quarto de hóspedes, por um mome
ou do meu ombro, caindo com um baque suave. O contato súbito me fez recuar, um choque de alarme per
xa, seus olhos se estreitando l
da agulha do soro e hematomas fracos ainda e
lso para trás gentilmente, mas ele segurou firme. Encontrei seu olha
z monótona, quase monótona. "Tive febre, d
sprovidas de autopi
pação em seus olhos. Um flash do antigo Ricardo, aquele que teria corrido
oque de confusão genu
abotara minhas ligações. A percepção foi uma verdade fria e dura. Ela fizera
a faiscando. "Eu te liguei. Repetidamente. Pelo menos uma dúzia de vezes. Mas
muito mesmo! Meu celular deve ter morrido na viagem, e então esqueci de te avisar. Pensei que você gostaria de ficar complet
, uma imagem de arr
lando em suas feições. "Está tudo bem, Larissa. Da próxima vez, Alina, apenas me mande uma mensage
ão da desculpa esfarrapada de Larissa uma dec
lheu acreditar nela. Sempre nela. Não disse nada, simplesmente assenti,
precisava ficar sozinha. Precisava escapar do peso sufocante
o estava na porta, sua silhueta emoldurada contra a luz quente do corredor. Ele pa
mal. "Ela não percebeu que o celular dela bloquearia suas chamadas.
eu passasse três dias sozinha em um hospital, acreditando que não tinha ninguém?
da de uma amargura que eu n
olhos, geralmente indecifráveis, agora continham um lampejo de algo
. "Ou genuinamente preocupada que
rto, procurando por uma
moveu meu celular de trabalho para o outro quarto. Ela achou que estav
ramente justificava suas ações
estava oferecendo uma razão, uma defesa, para algo que dera errado. Era um fiapo d
"Você está sendo imatura, Alina. É exatamente isso que eu quis d
finalmente ficou dormente. Ele nunca me veria. Nunca entenderia. Ele sempre torceria minha dor em imaturidade, minha necessidade em dependê
inha voz monótona, oca. "E não estou fazendo tu
estava dormente. Os últimos resquícios do meu amor por ele, o desespero, a saudade, lentamente se dissolveram em um
a de mim. "Tudo bem", ele finalmente disse, sua voz áspera. "Se você insiste em ser ingrata... eu ia te oferecer para te levar àque
mais, agitou-se dentro de mim. Ele estava oferecendo um fantasma de um gest
u bem. E não sou ingrata, Ricardo. Eu só... não p
eu não conseguia decifrar. "Você não é mais uma criança, Alina." Suas pa
triste tocando meus lábios. "Não precis
me libertar.
ia para casa, optando por longas noites no dormitório da minha amiga, alegando grupos de estudo ou pesquisas noturnas. Quanto menos eu os via, mais fácil era respirar, manter a paz frágil que encontrara na minha dormê
ntidas, minha aceitação na Unicamp confirmada. Meu plano de fuga estava em andamento. Era hora. Hora de dizer
a lá, esparramada no novo sofá creme, um caderno de esboços no colo. Ricardo não estava. Meus ombr
riso, geralmente tão praticado, vacilou ligeiramente. "O qu
rtante. Toda a pretens
rocurando o Ricardo", eu disse, virando-me p
meu braço, seu aperto surpreendentemente forte. "Ah, não, você não
agarrando, não é? Depois de tudo? Você realmente acha que ele escolhe
mando com uma fúria desesperada. Ela queria um
, minha voz suave, quase entediada. "Parece que superestimei seu deco
torno de Ricardo. O rosto de Larissa mudou instantaneamente. Seus olhos se encheram de lágrimas, seus lábios tremeram e, então, com um
as súbitas e teatrais, segurando o braço. "Ela me atacou
raiva. Ele largou a pasta com um baque, correndo para o lado de Larissa, seu
voz um rosnado baixo e p
para mim, seu olhar endurecendo. "Eu te disse para
ato final de sua peça cruel. Encontrei seu olhar, meus ol
Larissa. Você está feliz agora? Isso finalmente é suficiente para s
ê vai fazer? Me mandar para a cadeia? Me deserdar? Ou você fina

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