cia exatamente como Elana se lembrava. Casas simples, mas bem cuidadas, cercadas por jardins floridos e cercas baixas. Algumas bicicleta
a, como se pertencesse a outra vida. A fachada azul-claro ainda tinha as mesmas janelas com cortinas brancas rendadas, mas a pintura estava gasta, descascando em alguns ponto
seu nome, os gritos das brigas, as noites em que se trancava no quarto para fugir do caos que aquela casa abrigava.
sou que um dia voltaria, muito menos assim, sozinha e cheia de incertezas. Seu olhar se desviou para o lado e encontrou a casa vizinha, onde a velha
m protesto ao ser empurrado. O barulho fez seu peito apertar, como se estives
ual. Pequenas flores ainda tentavam sobreviver em meio às folhas secas que se acumulavam nos canteiros. Seu olhar
leve estalo, e a porta se abriu com um rangido baixo. O cheiro do interior da casa a atingiu imediatamente: um misto de poei
r lençóis brancos que acumulavam poeira. O sofá, onde sua mãe costumava sentar-se com uma xícara de chá, estava no
a à janela. Passou os dedos pela superfície do tecido, sentindo a textura desgastada. Seu olhar perc
les. Copos antigos, pratos que resistiram ao tempo, e talvez até algum resquício da última refeição feita ali antes da casa ser abandonada.
e ao girar a maçaneta. O quarto era um reflexo do passado: os pôsteres desbotados nas paredes, a cama ainda feita com o
cobriam os móveis, abriu as janelas para deixar o ar fresco entrar e varreu o chão coberto de poe
ira antiga e papel envelhecido. A luz fraca que entrava pela pequena janela em
ras trêmulas. Seu coração acelerou. Com as mãos trêmulas, ela puxou a caixa para mais perto e a abriu.para abri-la. Ela desceu as escadas apressadamente até o seu quarto e tirou
ao ser levantada, revelando um amontoado de cartas, todas cuidadosamente amarradas com um pedaço de b
**
o quarto, segurando um travesseiro contra o peito. O barulho vinha da cozinha, onde seus pais discutiam mais uma vez. O t
a voz da mãe era embargada, com
e mesmo ficar longe! - o pai rebateu, e um estrondo fe
batalha. Foi então que ela pegou um pedaço de papel e uma caneta e começou a escrever. Escreveu sobre seu medo, sua tristeza,
uidadosamente a carta. Ela nunca mostrou a ninguém. Apenas a escond
*
vívidas, traziam de volta um passado que ela tentou esquecer. Com a respiração entrecorta