ntuário dos Lobos, um lugar de aprendizado e poder para os mais talentosos da nossa espécie. Era uma honra que deveria ter cimentado meu lugar na alcateia, mas a falsa acusação a rou
para Serafina. Serafina, vestida com um esvoaçante vestido branco que a fazia parecer um anjo inocente, quebrou o silêncio. Ela deslizou em minha direção, seu rosto uma máscara perfeita de preocupação. "Elara, irmã", disse ela, sua voz escorrendo falsidade. "Estou tão feliz que você pôde vir. Eu estava tão preocupada com você." Ela estendeu a mão como se fosse tocar meu braço, mas eu me afastei sutilmente. Seu sorriso não vacilou. Ela se virou para Kaelen, seus olhos brilhando com lágrimas não derramadas. "Alfa Kaelen", ela começou, sua voz ganhando um tremor teatral. "Para o meu presente de maioridade, peço apenas uma coisa.Desejo que você reafirme sua promessa.Sua promessa de me proteger, sempre." Era um desafio flagrante e provocador, direcionado diretamente a mim. Ela estava lembrando a todos, especialmente a Kaelen, da mentira que os unia - a história fabricada de ela ter salvado a vida dele. Um nó frio e duro se formou em meu peito. "Não serei testemunha desta farsa", eu disse, minha voz baixa, mas clara. Os olhos de Serafina se arregalaram em mágoa fingida. Ela imediatamente mudou para a Língua Antiga, o idioma formal e ancestral de nossos antepassados, reservado para cerimônias sagradas e assuntos de alta importância. "Ah, mas querida irmã, isto não é uma farsa. É um juramento de honra.Por que você me negaria este pequeno conforto?" Meus pais correram para o lado dela, seus rostos marcados pela preocupação. Meu pai colocou uma mão reconfortante em seu ombro, falando com ela no mesmo idioma antigo. "Não se importe com ela, pequena. Os anos na masmorra a tornaram amarga." Minha mãe acrescentou, sua voz afiada com