cantes, Pedro Costa sorria, segurando o troféu de "Compositor do Ano". Aquele troféu deveria ser meu. A música que acabara de ganhar, "Ecos da Meia-Noite"
perado que tentava pegar carona na genialidade de outro. A internet me destruiu. "Ladrão", "sem talento", "aproveitador". As palavras piscavam na tela do meu celular, dia e noit
vazamento, nenhum hacker. Minhas composições simplesmente apareciam, polidas e prontas, no portfólio de Pedro, sempre
peso. Meu pai, um empresário rígido do ramo da construção, nunca entendeu completamente minha paixão pela música, mas via
de. Ele moveu processos caros contra os maiores portais de fofoca. Foi um erro. A mídia, sentindo o cheiro de sangue, dobrou a aposta. Publicaram
sobre mim. A culpa me esmagou como uma tonelada de concreto. Minha música, minha carreira, meu fracasso haviam matado meu pai. Min
rto de poeira. A depressão me envolveu em seu abraço frio. Pedro Costa, enquanto isso, estav
eza da minha mãe, a traição da minha ex-namorada, Juliana, que me abandonou no pior momento para se aliar a Pedro... tudo girav
o. Eu não estava em um hospital, nem no limbo. Estava na minha cama, no meu antigo apartamento. O
o vai acreditar no que o desgra
data no celular. Era o dia do lançamento de "Ecos da Meia-Noite". O dia do prêmio. O dia que marcou o i