a Lúcia, uma designer de joias que passava mais tempo curvada sobre uma bancada do que olhando para o céu, precisava desesperadamente daquele fim de seman
o momento em que a porta do passageiro se abriu. Não era só ele. Patrícia, sua ex-namorada, saiu do carro com a mesma fa
a na porta, a mala na minha mão de
im, um sorriso que não
ar. A gente estava passando por aqui, e o P
aqui" . Aquela era a rua da minha casa, a casa que eu dividia com Pedro. Ela se
não é, meu amor?" , ela disse, afagando os cabelos d
al, mas que eu conhecia bem demais. Era a sua cara de "por favor, não
ntos. O que acha? Um fim de semana em famí
u era a intrusa no meu próprio fim de semana. Olhei para o carro, um sedã de cinco lugare
bendo meu silên
a um espaço enorme, você sabe como é. Para a seguran
mo um boneco de ventríloquo. Ele se virou para mim, f
ais rápido, e a gente se encontra lá. Você não
, uma forma de minimizar meus sentimentos antes mesmo que eu pudesse expressá-los. Ele já tinha dec
dizia "minha filha, o que você está fazendo?" . Aquele olhar me deu mais força do que qualquer outra coisa. Senti uma vontade súbita e avassaladora de simplesmente
ra um sorriso fraco, qu
as. Vão na frente, e
liviado. Ele me deu um beijo rápido na testa, um gesto vazio, e correu para ajudar
ioso. A filha dela, já na cadeirinha, olhava pela janela. Enquanto o carro se afastava, notei um detalhe que me fez prender a respiração: pendurado no