to. A traição de João doía, mas era uma dor surda, distante. A pr
e Sofia, minhas pernas tremiam. Respire
riu o portão sem fazer perguntas. Subi
a barreira intransponível. Eu podia ouvir vozes lá dentro. A voz d
quebrou algo
om força. Uma, d
pararam.
, usando o p
EU SEI QUE VOCÊS ESTÃO
sta. Era João. Ele estava sem camisa, o cabelo b
á fazendo aqui?
ça. Ele foi pego de surpresa e cambal
a curto, que mal cobria suas coxas. O cabelo dela também esta
al de Clara.
rguntei, a voz
braços, tentando
está falando, Maria? Vo
TA, SOFIA! CADÊ A MI
colocou
! Vai embora! Nós vam
diga agora onde está a nossa filha." Olhei para ele, para o peito nu
a a minha gritaria. A raiva no rosto dele
depende de mim pra tudo. Agora, saia da ca
nha direção e me empur
AI
ti contra a parede. A dor física n
e bateu a porta na minha c
do lado de f
Completamente surtada", o
ela. Não se preocupe." A voz dele era suave, cheia de uma ter
. E depois, a ris
edaços. Eles não se importavam. Para eles, Clara era um in
ir. Minha casa não era mais meu lar. Minha filh
lante. As lágrimas que eu segurei por tanto tempo fina
o meu cel
u. Olhei para a tela.
lto. Podia ser alguém
a voz em
lô
ia da Luz, mãe d
sculina, gra
tem notícias dela
ro lado. Uma pausa que
s precisamos que a senhora venha ao IML do centro. Encont
ituto Méd
ram sentido no iníci
quê? Ela s
vítima de um acidente de t
não..
a. O telefone escorregou da minha mão e caiu no chão do carro. O mundo a
. Minha Cla
Sofia disse que ela estava bem. João disse que eu era neuróti
saiu da minha garganta, uma mistura de soluço e ris
do chão. Disquei
eu, a voz
, Maria? Eu não
estranhamente calma, quase robótica. "El
lado. Um silênci
que eu nunca vou esquecer
o r
. Foi um riso baixo, in
trote. Alguém querendo se aproveitar da situação. A Clara está bem, eu
filha como se fosse um aborrecimento, uma inconveniência. A negação dele era tão abs
l. E o sorriso estúpido que eu podia imaginar no rosto de João enquanto el